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O samba da Eletrobras atravessou. O Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e seus assessores tiveram uma série de reuniões ao longo do Carnaval preparando-se para uma inevitável batalha jurídica. O governo tem informações de que minoritários da Eletrobras vão entrar na Justiça com o objetivo de anular a assembleia de acionistas realizada na última quinta-feira – quando foram aprovadas deliberações fundamentais para a privatização da empresa. Segundo o RR apurou, o grupo de insurretos é encabeçado pelo Banco Clássico, de Juca Abdalla, dono de 6,2% das ordinárias da companhia, e conta com a adesão de fundos internacionais.
Procurados, Eletrobras e Clássico não retornaram até o fechamento desta edição. O curto circuito gira em torno da decisão de que a Eletrobras assuma R$ 11 bilhões em dívidas das seis distribuidoras de energia federalizadas – valor, ressalte-se, que poderá pular para R$ 19 bilhões por conta de outras obrigações financeiras. Os minoritários alegam que a União não poderia ter votado na Assembleia, notadamente na matéria relacionada à transferência do passivo, por se tratar de parte interessada na questão.
No entendimento dos investidores, o acionista-mor, a União, empurrou para os minoritários dívidas de sua responsabilidade. O RR teve acesso à manifestação de voto do Fundo de Investimento em Ações Dinâmica Energia, administrado pelo Banco Clássico, contrário à transferência da dívida. O Fundo alerta que o passivo representa um valor “demasiadamente alto para que a Companhia dê continuidade às suas operações, ou seja, põe em risco a Eletrobras”.
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