Pacto social é a única saída para Bolsonaro

  • 15/09/2021
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Se o presidente Jair Bolsonaro tivesse a aura de um estadista, deveria estar costurando, junto com o seu principal ministro, Paulo Guedes, a articulação de um pacto social com o Judiciário e o Legislativo em nome da aprovação das reformas e das privatizações, assim como dos programas sociais, que permanecem suspensos absurdamente. O acordo envolveria uma solução para o pagamento dos precatórios que não fosse parcelada em vários meses, mas, sim, nos orçamentos de 2021 a 2023. O “abraço no social” seria dado com a garantia e a responsabilidade dos Três Poderes.

A motivação para o pacto é o Brasil e sua viabilidade. Devido ao comportamento recente do presidente da República, que amplificou as péssimas condições sanitárias e ambientais, o país está sofrendo um ataque triplo dos governos centrais, da mídia internacional e dos grandes fundos estrangeiros. Há uma enorme possibilidade de fuga de capitais, cancelamentos ou adiamento de investimentos e medidas contracionistas das empresas, o que levaria ao desemprego.

Esse cenário incluiria uma recessão já em 2022. Não se trata de apoiar ou não o presidente Bolsonaro, mas, sim, as medidas estruturantes possíveis, assim como a organização das contas para equacionar os precatórios e criar o espaço para os gastos sociais. O pacto entre os Três Poderes é exatamente para isso: aprovar rapidamente soluções já existentes e lubrificar a passagem de outras medidas para o enfrentamento da crise. A situação do Brasil ficou grave demais. O que fazer com Bolsonaro está em segundo lugar. Com um impeachment, o cenário talvez se torne ainda pior. O melhor seria o presidente baixar o facho, mostrar tenência e procurar a costura do pacto. Com urgência.

#Jair Bolsonaro #Paulo Guedes

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