Não há orçamento que segure Rogério Marinho

  • 1/04/2021
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O atentado constitucional ao orçamento federal, feito por políticos que transferiram R$ 26,5 bilhões das despesas obrigatórias para emendas parlamentares, implodiu os planos de Rogério Marinho. O ministro do Desenvolvimento Regional pretendia fazer dessas e de outras emendas um trampolim para o aumento de gastos da sua Pasta. Seriam aportados no Desenvolvimento Regional R$ 10,2 bilhões transferidos das despesas obrigatórias. Marinho é o maior garimpeiro de recursos orçamentários e extraorçamentários do governo. O ministro trabalha desde já para garantir alguma verba do fundo Renda Brasil, que Paulo Guedes pretende criar com o objetivo tríplice de renegociar os passivos dos estados, instituir um programa de renda mínima e abater a dívida pública interna federal.

Marinha atua com o firme propósito de detonar o teto de gastos, ou seja, abrir a porteira para as despesas com obras públicas, principalmente em 2022, ano eleitoral. O ministro pretende driblar o orçamento da União neste ano, através da aprovação do estado de calamidade, o que permitiria capturar recursos para obras de infraestrutura no meio dos gastos com a Covid-19. O argumento de Marinho é que os salvos com a vacina e beneficiários com os programas provisórios de preservação dos postos de trabalho precisarão de empregos à frente. Ele defende tirar os investimentos desse cárcere fiscal.

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