Internacional

Colômbia quer participação de Lula no acordo de paz com guerrilheiros

  • 1/12/2022
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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez chegar a assessores de Lula o convite para que o futuro governo brasileiro participe das negociações para um acordo de paz com o Exército de Liberação Nacional (ELN). Petro está retomando as tratativas com a organização guerrilheira colombiana, suspensas há quatro anos – curiosamente, em sua juventude, ele próprio participou de um grupo similar, o extinto M19. Venezuela, Cuba e Noruega já participam do processo de diálogo. No entanto, a atuação direta do Brasil, maior liderança geopolítica da América do Sul, daria outro peso à condução das negociações. Some-se o fato de que o acordo de paz é do interesse brasileiro.  

Ainda que as principais bases de operação do ELN, última guerrilha ativa na Colômbia, se concentram na fronteira com a Venezuela, a organização tem ramificações no Brasil há tempos investigadas por órgãos de Inteligência. Há suspeitas de ligações com o Comando Vermelho, maior facção criminosa do Rio de Janeiro. Trata-se de um tema que, não é de hoje, mobiliza a Defesa dos dois países. Em novembro de 2019, por exemplo, o então comandante do Exército da Colômbia, general Nicácio Martínez Espinel, reuniu-se, em Brasília, com o general Edson Pujol, à época no Comando do Exército brasileiro. Consta que, entre outros assuntos, discutiram ações conjuntas de enfrentamento do ELN. 

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