Acervo RR

Cobra destila seu veneno dentro de casa

  • 6/08/2012
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A Cobra Tecnologia está picando sua própria gente. Nos últimos quatro meses, a empresa teria dispensado cerca de 50 funcionários, boa parte na Região Nordeste. Nos corredores da companhia, circulam informações de que novas demissões estão previstas para os próximos dois meses. Coincidência ou não, a razia ocorre simultaneamente a  campanha por aumento salarial deflagrada pelos trabalhadores da Cobra. Como seria de se esperar, os cortes atiçaram os líderes sindicais. A CUT e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados têm infernizado a direção da Cobra. Já houve manifestações em três estados do Nordeste e no Rio de Janeiro. Procurada pelo RR, a Cobra não retornou. O episódio vai além da agenda trabalhista. Ele se entrelaça com a complexa reestruturação da Cobra, o drástico processo de corte de custos iniciado no ano passado e a recente e turbulenta troca no comando da companhia. Em fevereiro, Adriano Ricci deixou a presidência da empresa de TI. Para todos os efeitos, ganhou uma estrela em sua farda, sendo promovido a  diretoria de reestruturação de ativos operacionais do BB. Sua saída, no entanto, teria sido precipitada por atritos com seus pares na direção da Cobra. A parte mais intrincada e impopular do enxugamento acabou caindo no colo de seu substituto, Luís Aniceto Silva Cavicchioli. Sua gestão tornou-se sinônimo de demissões.

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