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Pem Setal se lança ao mar em busca de um melhor porvir

  • 20/12/2010
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O empresário Augusto Mendonça, dono do Grupo Pem Setal, decidiu voltar no tempo. Seis anos após vender sua participação no estaleiro Brasfels para a Keppel Fels, de Cingapura, Mendonça prepara seu retorno a  indústria naval. Não se trata de um meia-volta, volver qualquer. A rentrée no setor é a grande aposta do empresário para dar uma chacoalhada na Pem Setal, que, nos últimos anos, ficou quase restrita ao binômio redução de investimentos/venda de ativos. O primeiro projeto está prestes a sair da prancheta. O grupo vai construir um estaleiro em São José do Norte (RS). O projeto ficará a cargo da Estaleiros do Brasil (ERB), subsidiária da Setal a“leo e Gás que andava a  deriva, praticamente esquecida, desde a venda do Brasfels. Mendonça pretende aproveitar o empreendimento como trampolim para a venda de parte do capital da ERB, ressuscitando o modelo societário da parceria com a Keppels Fels, encerrada em 2005. Já existem contatos com alguns grupos internacionais. As conversas mais avançadas se dão com a Kawasaki e envolvem a venda de até 50% do capital. Os japoneses oferecem um pacote que inclui transferência de tecnologia, financiamento de bancos nipônicos e a cessão de mão de obra qualificada para a construção do estaleiro no Rio Grande do Sul. A chegada de um novo sócio permitirá a  Pem Setal deslanchar outro projeto já engatilhado: a construção de um estaleiro na Bahia, em sociedade com a OAS. O negócio tem esbarrado nas desavenças entre os dois acionistas, notadamente no que diz respeito a  partilha dos investimentos. Ambos dividem o controle, cada um com 45% o restante das ações está nas mãos de investidores institucionais. A fatia que cabe aos acionistas do estaleiro baiano não chega a ser nenhuma fortuna gira em torno dos US$ 42 milhões. Ainda assim, há atritos entre a Pem Setal e a OAS quanto a  divisão e também a  participação na gestão. Focado na construção de plataformas completas e navios de apoio do tipo AHTS, o estaleiro terá financiamento do BNDES, por meio do repasse de recursos do Fundo de Marinha Mercante (FMM).

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