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Futuro da Inepar gira na roleta russa das Bolsas

  • 29/04/2010
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Há uma forte expectativa no mercado em relação a  teleconferência que a Inepar Indústria e Comércio fará hoje, a partir das 10 horas. A rigor, o tema principal do webcast vai ser o balanço de 2009. No entanto, no que depender dos minoritários e analistas de investimento, o assunto será um só: o futuro societário da companhia. Nas últimas semanas, a Inepar tornou-se alvo de um intenso tiroteio de informações sobre mudanças societárias ? alguns dos cartuchos, inclusive, estariam sendo disparados por uma gestora de recursos com significativa participação no capital. A troca de chumbo tem provocado bruscas oscilações do papel na Bolsa. No período entre janeiro e março, houve picos de valorização na casa dos 30%. Ressalte-se que no acumulado dos últimos 12 meses, as ações preferenciais caíram 60%. As sístoles e diástoles do papel se intensificaram a partir da saída da BNDESPar do bloco de controle da Inepar, em fevereiro, vista como a peça que faltava para a reestruturação da holding. Chumbo cruzado a  parte, o RR – Negócios & Finanças apurou que Atilano Oms Sobrinho pretende retomar a venda de parte da Inepar para um fundo de investimento, ideia que ficou em banho-maria por conta da arrastada negociação com a BNDESPar. O empresário reduziria a  metade sua participação, hoje em torno de 60% do capital ordinário. Tomando-se como base a cotação das ações ON, Atilano poderia arrecadar quase R$ 400 milhões na operação. Ressalte-se que o empresário também busca um sócio para a subsidiária Iesa a“leo & Gás. O candidato mais forte é a australiana Macquarie Capital ? ver RR edição nº 3.5858. Impulsionada pela própria Iesa a“leo & Gás, a Inepar holding vive seu melhor momento em quase uma década. Entre janeiro e setembro do ano passado, a receita chegou a R$ 850 milhões, alta de 25% sobre igual período em 2008. No entanto, a companhia se ressente da ausência de um sócio com maior musculatura financeira. Além disso, ainda carrega sobre os ombros uma dívida de R$ 750 milhões, a maior parte decorrente de um empréstimo do BNDES e de uma emissão de debêntures.

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