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Aeromot é um aviãozinho no radar da Embraer e do BNDES

  • 29/01/2013
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Pode parecer exagero, mas o complexo processo de recuperação da Aeromot, uma das mais antigas empresas nacionais do segmento de defesa, tornou-se um assunto de Estado. O governo federal, notadamente o Ministério da Defesa e a Casa Civil, chamou para si a responsabilidade de buscar uma saída para a crise financeira da companhia gaúcha. No momento, as discussões giram em torno de duas rotas. O caminho visto como natural é a incorporação da Aeromot pela Embraer, o que, inclusive, ajudaria na retomada dos planos de criação de uma grande holding nacional da área de defesa capitaneada pela empresa de São José dos Campos. O projeto ensaiou uma decolagem durante o governo Lula, mas acabou empurrado para o fundo do hangar. Uma solução vista como mais rápida, na linha da injeção na veia, seria um aporte do BNDES e sua consequente entrada no capital da Aeromot. Parece uma equação mais simples, isso se a gestão de Luciano Coutinho não desse prioridade a projetos épicos. Melhor apostar na coluna do meio e imaginar um híbrido com a Embraer e o BNDES. Consultado, o presidente da Aeromot, Claudio Viana, disse desconhecer qualquer negociação com a Embraer e o BNDES. Mas afirmou que uma associação com a empresa e o banco de fomento “seria muito bemvinda”. Já a Embraer declarou “não confirmar tal especulação”. O BNDES informou que só se manifesta sobre operações aprovadas. O Alto-Comando da Aeronáutica tem acompanhado o caso de perto. A Aeromot é vista pela Força Aérea como uma peça estratégica no tabuleiro da defesa, sobretudo por se tratar de uma das raras fabricantes do setor de controle nacional. É curiosa a apreensão da Aeronáutica. O maior temor é que a fragilidade financeira da fabriqueta coloque em risco a execução de projetos já engatilhados e a manutenção de equipamentos da empresa usados pelas Forças Armadas. A companhia é fornecedora da FAB e da Embraer há mais de 30 anos. A dívida da Aeromot é brincadeira de criança: cerca de R$ 10 milhões. Quem dera este fosse seu grande problema. A questão é como revitalizar e modernizar a produção da companhia. Hoje, a Aeromot é praticamente uma casca vazia. A empresa não tem contratos relevantes em carteira. Vive quase que exclusivamente de encomendas pingadas e de baixo valor. Ainda assim, com uma transfusão financeira, a companhia poderia retomar projetos importantes, como a produção do aeroplanador Ximango na asia. Desde o ano passado, há conversas neste sentido com a chinesa National Guizhou Aviation Industry, mas falta a  Aeromot dinheiro para passar da intenção a  prática

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