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Kraft Foods conta cada centavo no Brasil

  • 4/04/2012
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O ar está carregado na Kraft Foods. Nos corredores da empresa, respira-se tensão, notadamente entre os integrantes do alto-comando. O motivo são as crescentes cobranças da matriz por aumento dos resultados no país. O peso sobre os ombros de Marcos Grasso, presidente da empresa no Brasil, é cada vez maior. A expectativa dos norte-americanos é que o faturamento da subsidiária cresça 40% nos próximos dois anos. Trata-se de uma meta draconiana, a julgar pelo desempenho recente da empresa. Nos últimos cinco anos, o aumento médio da receita ficou em torno dos 10%. A pressão da matriz é proporcional aos investimentos previstos para o Brasil. Até 2014, a Kraft desembolsará cerca de US$ 300 milhões. Dois terços deste valor serão destinados a  construção e ampliação do parque fabril. Procurada, a Kraft não se pronunciou até o fechamento desta edição. O principal projeto da Kraft no Brasil é a fábrica que está sendo construída em Vitória de Santo Antão (PE), orçada em US$ 150 milhões. O grupo estuda a instalação de outro complexo industrial. Pará e Amazonas disputam o empreendimento, que marcará o desembarque da empresa na Região Norte. O investimento no Brasil e a respectiva cobrança são alimentados pelo fraco desempenho da Kraft nos Estados Unidos. O mercado brasileiro se tornou a principal aposta dos norte-americanos para compensar a queda dos resultados em sua terra natal.

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