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Ometto se contenta com as sobras da Cerradinho

  • 28/10/2011
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A trajetória sucroalcooleira da família Fernandes, sobrenome tradicional no setor, está com os dias contados. Pelo menos no que depender do apetite da Raízen. A joint venture entre a Cosan e a Shell promete artilharia pesada para comprar a usina Porto das aguas, em Chapadão do Céu (GO), com capacidade de moagem de 3,5 milhões de toneladas de cana-deaçúcar por safra. Quer também ficar com as plantações de cana da família na região. Para Rubens Ometto, a aquisição é uma questão de honra – embora a concorrência certamente prefira usar o termo -prêmio de consolação-. No fim do ano passado, a Cosan fez uma oferta pelo controle da Cerradinho, holding que, até então, reunia todas as operações da família Fernandes na área sucroalcooleira. O clã, no entanto, recusou a proposta e esquartejou seus ativos. Vendeu as usinas de Catanduva e Potirendaba, em São Paulo, para o chinês Noble Group e ficou com a planta de Goiás. Rubens Ometto jamais engoliu a perda do negócio. Na primeira quinzena de dezembro, após se reunir com integrantes da família Fernandes, o empresário deu a compra da Cerradinho como favas contadas. No entanto, o Noble Group atravessou as negociações e em apenas dois dias fechou a compra das usinas de São Paulo. Não obstante ter perdido a melhor fatia da Cerradinho, justamente as plantas paulistas, a Raízen tem interesse, sobretudo, nas plantações da família em Goiás, terras com ótimos índices de produtividade.

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