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BNDES vira o ponto final da Busscar

  • 31/08/2011
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O futuro da Busscar – ou talvez a falta dele – virou assunto de Estado. O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, entrou em campo no que talvez seja a derradeira tentativa de garantir a sobrevivência da fabricante de carrocerias de Joinville. Colombo está tentando arrancar do BNDES quase que a fórceps uma solução para a continuidade da empresa. Por solução, entenda-se a entrada do banco no capital da Busscar, mediante a conversão de uma dívida de R$ 30 milhões e, simultaneamente, um aporte de recursos. A dupla operação teria como objetivo transformar o banco em acionista controlador da companhia, em substituição a  família Nielson. Colombo está convicto de que a presença do BNDES viabilizaria, em um segundo momento, a renegociação da Busscar para outra indústria do setor. Neste caso, todos os olhos se voltam para a Marcopolo. Trata-se de uma operação complexa. Há pouco mais de um ano, o BNDES chegou a estudar a compra de uma participação da Busscar, mas a operação teria sido vetada pela área técnica do banco. Colombo vem tentando dobrar a resistência da agência de fomento valendo-se de argumentos de caráter social. O fechamento da fábrica da Busscar significaria a demissão de aproximadamente quatro mil funcionários, o que teria um enorme baque sobre a economia de Joinville. Já há algum tempo a Busscar chegou a um ponto visto pelos seus credores e pelo governo do Estado como de difícil equacionamento. A empresa tem produzido de forma errática desde o ano passado. Os atrasos no pagamento dos salários são constantes.

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