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Don Tartufo Á  procura de um oponente

  • 28/07/2011
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O economista Paulo Guedes, quando ainda era aluno da Universidade de Chicago, chamou o Nobel Milton Friedman para um debate público. Friedman olhou o menino, achou graça e nem respondeu. Anos depois, chamou também o professor Mário Henrique Simonsen para o duelo. Simonsen, que o achava um espalha-brasas, nunca lhe deu maior atenção. Quando estava na Funcex e no Ibmec, Guedes era enviado para embates com estruturalistas implacáveis, como Maria da Conceição Tavares. ?Solta o Paulo em cima deles?, é o que se dizia em ambas as casas. Mas, logo depois, ninguém queria bate-boca com o desalinhado. Atualmente, Paulo Guedes não tem encontrado adversários a sua altura, até porque mudou de postura, passando a seduzir seus potenciais contendores. Henrique Meirelles, a quem ele chama de o ?nosso Paul Volcker?, foi anunciado como futuro sócio. Luciano Coutinho, presidente do BNDES, de certa forma é um sócio indireto, pois parte dos recursos aportados na carteira da BR Investimentos vem do banco estatal. Mantega não deixa de ser um parceiro, pois tem ingerência – no bom sentido – junto aos dirigentes dos principais fundos de pensão. Só resta a Dilma. Pega ela, Paulo.

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