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Hamburg SÁ¼d lança âncora na construção naval

  • 8/04/2011
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A Hamburg Sa¼d vai atracar na construção naval. O grupo alemão negocia com a Camargo Corrêa e a Samsung a instalação de um estaleiro no Brasil. Trata- se de um movimento inédito. Esta será a primeira incursão da operadora portuária e de transporte marítimo na indústria naval em todo o mundo. O objetivo da Hamburg Sa¼d é o autossuprimento para a sua controlada, a Aliança Navegação. Com a pioneira investida, os alemães pretendem garantir o fornecimento de suas futuras encomendas no Brasil, país cada vez mais estratégico em seu mapa de negócios. O principal alvo do grupo é a construção de navios com capacidade de 9.600 Teus (contêineres de 20 pés), que serão usados não apenas nas linhas brasileiras, mas também em rotas entre a costa leste da América do Sul e o extremo Oriente. Nos próximos cinco anos, a estimativa é que a Hamburg Sa¼d precisará de oito a dez novas embarcações ? o que colocará o novo estaleiro entre os cinco maiores do país. A decisão de entrar na construção naval é resultado de uma série de estudos sobre o custo de encomenda das embarcações. A ideia da Hamburg Sa¼d é ter acesso a recursos do Fundo de Marinha Mercante (FMM), gerenciado pelo BNDES. Desta maneira, os alemães calculam que poderão construir os novos porta-contêineres no Brasil a preços competitivos em relação a  indústria naval asiática, na qual se concentra a maior parte dos pedidos do grupo. Antes das negociações com a Camargo Corrêa e a Samsung, os alemães chegaram a avaliar a encomenda de cinco navios de 9.600 Teus para a Hyundai Heavy Industries. Os investimentos para a instalação do estaleiro e a construção das primeiras embarcações serão de aproximadamente US$ 600 milhões. Pelas tratativas em curso há cerca de três meses, a Hamburg Sa¼d terá uma participação minoritária no empreendimento, em torno de 30%. Camargo Corrêa e Samsung ? que já são sócias do estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco ? deverão dividir igualmente os 70% restantes. Não obstante a prioridade ser o suprimento de embarcações para a Aliança, os três sócios estudam, em um segundo momento, ampliar o raio de ação do estaleiro, atendendo a encomendas de terceiros

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