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Darby é o nó que amarra a venda da AleSat

  • 21/03/2011
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Há uma pedra no sapato da AleSat e dos candidatos a  compra da distribuidora de combustíveis, uma lista formada por Ultra, Cosan e BTG Pactual. Tratase do fundo norte-americano Darby. Dono de 23,5% do capital, o private equity se revelou um estorvo para a venda da AleSat. Todas as propostas que a companhia recebeu até o momento envolvem a compra de 100% das ações. O fundo, no entanto, está irredutível. Garante que só se desfaz de sua participação no fim de 2012. Para todos os efeitos, os norte-americanos alegam que este é o prazo estimado desde o início para o desinvestimento de seus fundos na companhia brasileira. Conversa para boi dormir. Entre os controladores da AleSat, prevalece o raciocínio de que o Darby está apenas aguardando a venda do controle da companhia para oferecer suas ações com um prêmio maior. Ainda que por uma lógica aparentemente tortuosa, o fundo calcula que, em um segundo momento, poderá arrecadar mais do que se vender suas ações em conjunto com os sócios controladores. Os norte-americanos calculam que sua participação possa valer até R$ 3 bilhões, cifra que os candidatos a  compra da AleSat consideram um desvario. Significaria dizer que o valor integral da companhia passa dos R$ 12 bilhões, montante que, em nenhum momento, passou pela mesa de negociações. A situação chegou a tal ponto que os controladores da AleSat, a mineira Asamar e o empresário Marcelo Alecrim, estudam uma medida drástica e sinuosa para deslanchar a venda da companhia. A saída seria realizar a toque de caixa o IPO da AleSat, na tentativa de diluir a participação do Darby e reduzir seu poder de fogo nas negociações. Só após a abertura de capital, seria efetuada a venda do controle da distribuidora de combustíveis. Não é o ideal, uma vez que os pretendentes a  aquisição da AleSat não levariam os 100% do capital, como querem hoje. Em contrapartida, encontrariam um minoritário bem mais manso, com as asas cortadas e menor poder de barganha para a venda de suas ações.

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