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No sentido figurado, já se sabe que José Carlos Bumlai, o amigo de Lula, é um personagem “incendiário”. No entanto, para um grupo de produtores de cana de açúcar do Mato Grosso do Sul, o adjetivo também pode ser aplicado sem as aspas. Agricultores da região de Dourados estão se unindo para acionar o empresário na Justiça. A Usina São Fernando, controlada por Bumlai, é acusada de ter provocado deliberadamente o incêndio ocorrido em julho de 2013 que devastou mais de 22 mil hectares de plantações de cana no município, nas proximidades da BR-463 e da MS-279. A área em questão equivale a 3% de todos os canaviais do estado. A queimada é considerada a maior da história da cidade. Agricultores da região cobram do grupo sucroalcooleiro uma indenização pelos prejuízos. Tomando-se como base a área atingida e o preço da matéria-prima à época, as perdas são calculadas em mais de R$ 50 milhões – diga-se de passagem, um copo de caldo de cana se comparadas à dívida total da São Fernando, estimada em aproximadamente R$ 1,2 bilhão. Segundo proprietários de terras da região, a Usina São Fernando, à época já em crise financeira, teria ateado fogo em seus próprios canaviais por não ter recursos em caixa para moer a matéria-prima. As chamas, no entanto, alastraram-se por fazendas de terceiros. A Polícia Civil abriu um inquérito criminal para investigar o caso. As autoridades ambientais foram mais rápidas no gatilho: o Instituto de Meio Ambiente de Dourados (Imam) multou a Usina São Fernando em R$ 490 mil. Consultada pelo RR, a São Fernando informa que desconhece qualquer pedido de indenização. A empresa diz que, segundo “informações preliminares da Polícia Ambiental”, o incêndio “teria se originado em uma trilha de motocross, o que, confirmado, isentará a usina de responsabilidade”. A São Fernando nega também que tenha recebido uma multa do Imam e diz que não reconhece o “referido instituto como órgão fiscalizador ambiental”. A companhia afirma ainda que José Carlos Bumlai não é acionista da Usina São Fernando, ao contrário do que dizem toda a mídia e empresários do setor ouvidos pelo RR. Segundo a empresa, o controle pertence aos quatro filhos de Bumlai.
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