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OAS retorna ao mercado de gás pela porta da frente

  • 20/01/2010
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A OAS prepara seu retorno ao mercado de gás. A empreiteira vai montar uma empresa de participações no setor, englobando distribuidoras estaduais de gás natural e plantas de GNL. Guardadas as devidas proporções, a nova empresa será uma reencarnação da Gaspart, que era controlada pela OAS e acabou vendida para a Enron – posteriormente, foi repassada a  Mitsui. O projeto prevê o desembolso de até R$ 400 milhões nos próximos dois anos. Além do investimento per si, a empresa enxerga neste movimento um combustível extra para a sua principal atividade, a construção civil. Boa parte das concessionárias de gás do país, tanto as de controle privado quanto as estatais, está investindo em infraestrutura, notadamente para a expansão da rede de distribuição. Uma vez no capital destas companhias, a OAS entende que ficará em posição privilegiada para tocar algumas destas obras. A OAS não vai ficar sozinha no negócio. Pretende vender até 49% da nova empresa e, desta forma, ganhar fôlego para a montagem da carteira de participações. Os alvos da empreiteira são distribuidoras de controle ainda estatal. Entre elas estão SCGás (SC), Compagas (PR), Copergás (PE) e Bahiagás. Ressalte-se que todos são estados administrados pelo PT ou por partidos da base governista, como PMDB ou PSB. Mais do que uma coincidência, o mapa de possíveis negócios da “OASGás” revela a ressurreição política de Cesar Mata Pires e sua boa relação com o governo Lula e seus aliados. Durante algum tempo, sobretudo após a morte de Antonio Carlos Magalhães, seu sogro, o empreiteiro teve um período de baixa no tabuleiro político, com impacto direto sobre os negócios da OAS. Nos últimos três anos, no entanto, sua sorte mudou e ele voltou ao jogo com força redobrada. Um dos sinais do risorgimento de Mata Pires foi o estreitamento das relações entre a Previ e a OAS. A dupla, que já era sócia na concessão da Linha Amarela, arrematou a operação do Metrô Rio.

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