Tag: Usiminas
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Destaque
O novo round na maior disputa empresarial do Brasil
3/02/2025A CSN apresentou judicialmente interpelação criminal contra o ex-presidente da FIEMG-Vale do Aço e atual coordenador da Agenda de Convergência do Vale do Aço, Luciano José de Araújo. Na interpelação no 5002125-73.2025.8.13.0313, distribuída perante à 1ª Vara Criminal de Ipatinga, a siderúrgica requer que Araújo informe quais entidades e empresas listadas no “Manifesto Apoio a Usiminas e ao Vale do Aço” aprovaram o seu conteúdo. O pano de fundo é a contenda societária na siderúrgica mineira, uma das maiores disputas corporativas do país, que teve um novo capítulo no fim do ano passado.
O suposto manifesto circulou em dezembro sob o timbre da “Agenda de Convergência do Vale do Aço”, conforme informou o RR. Até hoje, trata-se de uma história muito mal contada. A própria FIEMG, uma das listadas, anteriormente interpelada, informou que “nenhum representante legal se encontrava presente no momento da reunião em que o ‘manifesto’ foi produzido e lido, razão pela qual não participou da deliberação de aprovação de tal documento”.
Diante do desmentido da própria FIEMG, onde foi realizada a reunião, Luciano Araújo será instado a esclarecer quem participou e aprovou o texto que atacou o Superior Tribunal de Justiça por ter decidido a favor da CSN, em última instância recursal, um ação movida contra a Ternium, controladora da Usiminas. De uma forma irresponsável, o próprio grupo ítalo-argentino vem divulgando que a siderúrgica mineira seria prejudicada com tal ação, o que não condiz com a realidade. A Usiminas sequer é parte no processo.
Na prática, sabe-se lá por que razão, a própria Ternium é quem mais estaria prejudicando e maculando a imagem de sua controlada e, por extensão, dos demais investidores da empresa. Há informações, inclusive, de que o conglomerado ítalo-argentino tem feito chantagens no território da bilateralidade, ameaçando deixar o Brasil. De uma certa forma, pressiona a própria Justiça.

Destaque
Faltou o oboé na orquestra em prol da Usiminas
13/01/2025O oboé é chamado de “afinador de orquestra”. Fica no centro dos músicos e é seguido por todos os demais instrumentos. No início de dezembro, um suposto desagravo intitulado “Manifesto Apoio à Usiminas e ao Vale do Aço”, elaborado sob o timbre da “Agenda de Convergência do Vale do Aço”, criticou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) por ter decidido uma ação em favor da CSN, minoritária na Usiminas, contra a Ternium-Techint, sócia majoritária da siderúrgica mineira.
Segundo o tal “manifesto”, ao se posicionar a favor da empresa brasileira contra o poderoso grupo ítalo-argentino, o STJ colocaria em risco a própria Usiminas. Como se a Ternium-Techint, a única realmente afetada pela decisão e não a Usiminas, não tivesse, somente em 2023, produzido, na América Latina, 14,2 milhões de toneladas de aço, o que lhe rendeu, apenas nesse segmento, US$ 17,6 bilhões de faturamento. Ou seja: tentar macular a imagem do STJ alegando que a decisão afetaria investimentos na Usiminas é, no mínimo, inverídico.
O tal “Manifesto Apoio à Usiminas e ao Vale do Aço” traz 51 empresas e entidades listadas após a datação, no campo de assinaturas. O que deixou a impressão de que todas aquelas pessoas jurídicas, entre as quais a Federação das Indústrias (Fiemg – Regional Vale do Aço), a Justiça Estadual – Fórum de Ipatinga, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Polícia Civil do Estado, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a OAB/MG, a Copasa e empresas privadas, como a Cenibra, fossem autoras de tal posicionamento.
Ou seja: estranhamente o suposto documento dá a entender que os mencionados teriam interesse em se posicionar contra o STJ em uma disputa entre empresas privadas. Respondendo à interpelação da própria CSN, a FIEMG informou que não participou da produção e nem foi signatária do hipotético manifesto. E o coordenador da tal “Agenda de Convergência do Vale do Aço” reconheceu que nenhuma das 51 empresas e instituições assinaram o posicionamento. Uma história muito mal contada. Ou melhor, uma sinfonia muito mal afinada. Como se vê, a orquestração do aludido manifesto não contou com um bom oboísta.

Negócios
Será mesmo que Benjamin Steinbruch vai realizar esse prejuízo?
18/09/2024Caso mantenha a intenção de, enfim, reduzir sua participação na Usiminas até o início de 2025 – conforme informou o Pipeline, do Valor Econômico, no dia 27 de agosto, a CSN realizará um respeitável prejuízo. A título de ilustração: em abril de 2011, quando a empresa de Benjamin Steinbruch montou grande parte da sua posição no capital, a ação da siderúrgica mineira estava cotada ao equivalente a US$ 10,01. Hoje, o papel vale o correspondente a US$ 1,11. Ou seja: a Usiminas perdeu quase 90% do seu valor de mercado em moeda forte.
Mesmo neste ano, a CSN teve momentos muito mais propícios para diminuir sua participação na Usiminas de 12,9% para 5%, conforme determinação do Cade. Em fevereiro, o papel chegou a ser negociado na casa dos R$ 10. Hoje, está parado nos R$ 6. E a probabilidade de um salto até o começo de 2025, o tal deadline da CSN, é ínfima. Resumo da ópera: a não ser que Benjamin Steinbruch tenha alguma carta na manga – o que tratando-se de quem se trata até seria possível -, esse é um caso em que o fígado do empresário tem tudo para fazer mal ao seu próprio bolso. É o preço do fel trocado entre Steinbruch e a Ternium, controladora da Usiminas.

Destaque
Quanto vale a escória da Usiminas para Benjamin Steinbruch?
22/08/2024As tratativas para a redução da fatia de Benjamin Steinbruch no capital da Usiminas seguem uma desgastante dinâmica há quase dez anos: para cada metro de avanço, um quilômetro de retrocesso. Neste momento, em meio às hostilidades de sempre entre a CSN e a Ternium, controladora da siderúrgica mineira, surge uma possível moeda de troca, capaz – quem sabe? – de fazer com que as conversas engatassem.
A moeda em questão é a escória de aciaria produzida pela Usiminas a partir da fabricação de aço – cerca de 600 mil toneladas por ano. Trata-se de um insumo de razoável valor, que poderia entrar em uma composição para a venda de parte das ações de Benjamin na siderúrgica. Nesse caso, o acordo envolveria não apenas pagamento em dinheiro, mas também a garantia de entrega de escória à CSN.
Procurada pelo RR, a empresa não se pronunciou. Ao menos em tese, essa equação parece fazer sentido. A escória é um dos principais insumos para a fabricação de certos tipos de cimento. No caso do cimento Portland Pozolânico, a proporção varia de 15% a 50%. Já na produção do Portland de Alto-Forno, a escória tem um peso ainda maior na composição, de 35% a 75%.
A CSN não divulga publicamente os dados, mas sabe-se que a maior parte da escória usada pelo grupo em suas fábricas de cimento sai da usina siderúrgica de Volta Redonda. No entanto, sua demanda pelo produto tende a aumentar caso feche a compra da Intercement, o braço cimenteiro na Mover Participações, ex-Camargo Corrêa. Com a eventual aquisição, a CSN dobraria de tamanho na indústria cimenteira, pulando de 17 milhões para mais de 34 milhões de toneladas por ano.
Seriam ao todo 23 plantas industriais, já contando as 15 da Intercement no Brasil que seriam incorporadas. Ao contrário da CSN, a empresa das herdeiras de Sebastião Camargo depende de terceiros para assegurar o suprimento de escória. Entre seus fornecedores estão a própria Usiminas, ArcelorMittal e Gerdau, além de usinas siderúrgicas de menor porte.
Ou seja: é uma permanente briga no mercado. A Intercement está mais sujeita a variações de preço e de oferta da matéria-prima. Não custa lembrar que a garantia de suprimento de escória para a produção de cimento foi uma das razões que, no passado, levaram a Camargo Corrêa e a Votorantim a entrarem no capital da Usiminas – ambas acabariam vendendo suas participações para a Ternium em 2011.
Amistosidade e diálogo não são exatamente componentes predominantes na convivência entre os acionistas da Usiminas. Por mais que esse modelo possa destravar o imbróglio societário, não se trata de uma costura simples. Há uma década, o Benjamin Steinbruch dribla a decisão do Cade e da própria Justiça, que o obrigaram a reduzir sua participação na Usiminas de 12,9% a menos de 5%.
Benjamin é vidraça, mas, como todos sabem, se sente muito mais confortável no papel de pedra. O empresário cobra da Ternium uma indenização de R$ 5 bilhões, sob a acusação de que o grupo ítalo-argentino descumpriu a lei ao entrar no capital da Usiminas e não realizar uma oferta para aquisição das demais ações da empresa. Recentemente, Benjamin teve uma vitória de peso: a Terceira Turma do STJ concedeu uma decisão favorável ao seu pleito de ressarcimento, o que só acirrou o clima entre os sócios da Usiminas. A Ternium ameaça rever seu investimento no Brasil caso perca a disputa para a CSN.
Paralelamente à questão da Usiminas, neste momento Benjamin Steinbruch joga um jogo da maior relevância para o futuro da CSN. Com a compra da Intercement, o market share da empresa no setor cimenteiro saltaria de 20% para algo em torno de 35%. O mundo e suas voltas…
Quase três décadas depois de Benjamin Steinbruch impor uma dura derrota a Antônio Ermírio de Moraes na privatização da Vale, o empresário e o clã travam uma nova disputa. A Votorantim nunca correu tanto risco de ser desbancada do topo da indústria de cimento no Brasil. Se a CSN incorporar a Intercement, a distância entre ambas ficaria no photochart. Hoje, a empresa dos Ermírio de Moraes soma aproximadamente 37% do mercado.
Há ainda um componente de ordem conjuntural capaz de acirrar ainda mais esse
embate pela pole position do setor cimenteiro. Não obstante a queda de 1,7% nas vendas em 2023, quando comparado ao ano anterior, esse é um mercado que tem tudo para crescer em um ritmo significativo nos próximos anos. O PAC, com suas quase dez mil obras, tem tudo para ser um “devorador” de cimento. Para não falar das mais de cinco mil obras públicas inacabadas em todo o país, que, segundo o presidente Lula, são prioridade do seu governo.

Empresa
Enquanto Ternium e Benjamin Steinbruch duelam, Nippon Steel contabiliza suas perdas
2/08/2024Está difícil segurar a irritação dos japoneses da Nipon Steel com os rumos da Usiminas. Nem poderia ser diferente. Enquanto Ternium e Benjamin Steinbruch se digladiam, a empresa derrete em seu próprio alto-forno, com seguidos prejuízos e queda de receita. Nesse ritmo, os ítalo-argentinos e Steinbruch vão acabar brigando por um pedaço de tarugo. O que se diz no setor é que a Nippon Steel está insatisfeita também com a gestão do CEO da Usiminas, Marcelo Chara, homem de confiança da Ternium – o executivo foi presidente da subsidiária do grupo no Brasil. Por essas e outras, os japoneses já diminuíram sua fatia societária na Usiminas, com a venda de 9,3% para os próprios ítalo-argentinos, em março de 2023. E flertam com a ideia de reduzir ainda mais a sua posição na companhia – vide RR. Cabe lembrar que das quatro grandes siderúrgicas que atuam no Brasil, a Usiminas é aquela que apresenta os piores resultados financeiros da última década, quando comparada com CSN, ArcelorMittal e Gerdau – conforme levantamento feito pelo RR.

Destaque
Licitação de novo terminal portuário começa a virar a favor da Vale e da CSN
27/03/2024Uma das principais licitações do setor portuário está provocando uma batalha nos gabinetes de Brasília – e, de quebra, um racha na siderurgia nacional. De um lado, estão Vale e CSN, as grandes operadoras de terminais de minério de ferro do país; do outro, Usiminas, controladora da Musa Mineração, e ArcelorMittal Mineração, do grupo de mesmo nome, coadjuvadas por empresas de menor porte, como J. Mendes, Minerita, Itaminas e Comisa – todas estas chamadas de “mineradoras sem porto”. A disputa envolve as regras para o arrendamento do ITG 02, o novo terminal de granéis do Porto de Itaguaí (RJ), projeto da ordem de R$ 3 bilhões. De acordo com o edital lançado pela Antaq, empresas que já detêm contratos de arrendamento ou autorização de terminais de minério só poderão entrar na licitação caso não haja propostas de outros concorrentes. No setor, essa determinação ganhou a alcunha de “trava anti-Vale e CSN”, por ter endereço certo. Ela parece ter sido feita sob encomenda para brecar a participação da mineradora e da siderúrgica na concorrência. No entanto, há sinais de que a maré começa a virar a favor das duas empresas. Existem movimentos dentro do governo para desatar as amarras que limitam a presença da Vale e da CSN na licitação. O próprio Ministério dos Portos e Aeroportos é favorável à mudança das regras e tenta, digamos assim, a persuadir a Antaq. Os novos ventos vêm também do TCU. Segundo informações apuradas pelo RR, dentro do Tribunal começa a ganhar corpo o entendimento de que as restrições do edital ferem a concorrência e podem trazer prejuízos aos cofres públicos. O assunto é analisado no processo nº 039.355/2023-3, de relatoria do ministro Walton Alencar Rodrigues. Procurado pelo RR, o TCU confirmou a tramitação da ação, limitando-se a dizer que “Não há documentos públicos ou decisão do Tribunal no momento.” O Ministério dos Portos e Aeroportos também informou apenas que o “projeto encontra-se em análise no TCU. Assim, não é possível afirmar quais serão as regras para a licitação.”
Marés não mudam de direção sozinhas. Desde que a Antaq publicou o edital, no ano passado, Vale e CSN colocaram suas estruturas de lobby em campo na tentativa de virar o curso da licitação. Segundo o RR apurou, nos últimos meses, as duas empresas têm feito intensas gestões junto ao Ministério dos Portos e Aeroportos, à Pasta de Minas e Energia e dentro do Congresso, com o auxílio da “Bancada da Mineração” – tida como uma espécie de istmo parlamentar da Vale. Na outra ponta do cabo de guerra, Usiminas, Arcelor e demais mineradoras fazem pressão para que as regras do jogo sejam mantidas. Alegam que a Vale e a CSN já detêm a primazia sobre grande parte do escoamento da produção de minério no Sudeste, mais precisamente Minas Gerais. A primeira é dona da CPBS (Companhia Portuária Baía de Sepetiba); a siderúrgica, por sua vez, opera o Tecar, terminal de grãos de Itaguaí – além do Sepetiba Tecom, de contêineres. Usiminas, Arcelor e congêneres acusam Vale e CSN de impor restrições a movimentação de minério de terceiros nos dois terminais. A queda de braço ameaça inviabilizar o leilão do ITG 02 ainda neste ano. Os dois lados jogam ainda com a carta da judicialização do processo.

Destaque
Nippon Steel quer reduzir sua exposição ao “risco Usiminas”
9/02/2024Nova mudança à vista no bloco de controle da Usiminas. O RR apurou que a Nippon Steel avalia reduzir ainda mais sua participação na empresa, hoje de 22,7% do capital total. Em março de 2023, os japoneses venderam o equivalente a 9,7% para a Ternium, maior acionista da siderúrgica mineira. Se, no passado, os dois principais sócios da companhia protagonizaram um dos grandes contenciosos empresariais do país, hoje suas intenções parecem convergir.
De um lado, está a Ternium, com a sua fome de comprar; do outro, a Nippon Steel, com a vontade de vender. Ao que tudo indica, para o grupo asiático, a importância estratégica de ter uma parcela expressiva da Usiminas se tornou relativamente menor vis-à-vis os custos envolvidos. No setor, a empresa mineira é tida como a mais frágil entre as grandes siderúrgicas do país. Sua reduzida diversificação de produtos a torna mais vulnerável a circunstâncias conjunturais adversas.
A companhia é uma das mais afetadas pelo aumento da entrada de aço chinês no Brasil – no mês passado, o CEO, Marcelo Chara, falou publicamente da possibilidade de desligamento do alto-forno 2 de Ipatinga por conta da concorrência com o produto asiático. Das grandes siderúrgicas nacionais, a Usiminas é também a que apresenta seguidamente os menores resultados financeiros – como mostra levantamento publicado recentemente pelo RR (https://relatorioreservado.com.br/noticias/usiminas-e-a-lanterninha-do-aco-brasileiro/). Outro fator que pesa na balança é o risco jurisdicional que a Usiminas carrega – o que, em boa parcela, também pode ser chamado de “Risco Benjamin Steinbruch”. Com 14% das ações ordinárias, o dono da CSN é um enclave societário na companhia mineira basicamente com uma função: criar instabilidade e tensão.
Há anos, Steinbruch cobra o suposto direito de tag along. O imbróglio remonta a 2011, quando a Ternium comprou a participação do Votorantim e da Camargo Corrêa. Em março do ano passado, o STJ decidiu que a operação não configurou troca de controle e, portanto, não disparou a necessidade de Oferta Pública de Aquisição (OPA).
A CSN recorreu e o assunto segue ricocheteando nos tribunais. Na paralela, em novembro a 11ª Vara Cível de Belo Horizonte determinou que a empresa de Benjamin Steinbruch deve vender sua participação na Usiminas em até 12 meses. E ainda tem o Cade, que proibiu a CSN de exercer direitos políticos na siderúrgica mineira.

Destaque
Siderúrgicas nacionais acusam chineses de dumping e miram até a OMC
2/02/2024A indústria siderúrgica nacional está fazendo dois novos movimentos, sincronizados, em sua ofensiva contra o aço chinês. O primeiro deles é conduzido diretamente pelas próprias companhias. Segundo o RR apurou, Usiminas, ArcelorMittal e Gerdau se articulam para entrar com uma ação conjunta na Secretaria de Comércio Exterior (Secex), mais precisamente no Departamento de Defesa Comercial (Decom). As empresas vão pedir a abertura de uma investigação antidumping contra siderúrgicas chinesas.
O trio se juntará à CSN, que saiu na frente e, no início de janeiro, protocolou duas petições no Decom também com o mesmo objetivo. Segundo informações apuradas pelo RR, há denúncias de que alguns produtos siderúrgicos chineses estariam entrando no Brasil com preços até 40% aos praticados no mercado interno. Em contato com o RR, a Usiminas informou que “a invasão de aço chinês subsidiado prejudica a cadeia de valor e os empregos no Brasil.”.
A empresa disse ainda que “Como forma de buscar a isonomia, sempre avalia as diversas ferramentas disponíveis de defesa comercial.” Gerdau e ArcelorMittal, por sua vez, não se pronunciaram. Também consultado pelo RR, o Instituto Aço Brasil afirmou que “a decisão de entrada com procedimentos antidumping, quando e se ocorrem, cabe às empresas e não há participação do Aço Brasil no processo”.
Em outro front, o setor se dedica a uma articulação mais sensível e intrincada, que passa diretamente pelo governo. As siderúrgicas teriam levado ao ministro do Desenvolvimento e da Indústria e vice-presidente, Geraldo Alckmin, o pleito de que o Brasil acione a OMC, também pela aludida prática de dumping dos fabricantes de aço chineses. A justificativa é de que o país asiático estaria descumprindo acordos e normas antidumping fixados pela própria Organização Mundial do Comércio. Difícil, muito difícil o governo Lula comprar essa briga com o maior parceiro comercial do Brasil, destino de quase 30% das exportações do país, como é o caso da China. Perguntado especificamente sobre eventuais tratativas com o governo para a abertura de um processo na OMC, o Instituto Aço Brasil não quis comentar.
Mais sensato imaginar que tudo não passaria de uma estratégia calculada. Ou seja: as siderúrgicas nacionais estariam pedindo o braço inteiro para conseguir levar a mão, leia-se o aumento das alíquotas de importação de aço. Não é de hoje que as empresas trabalham junto ao governo na tentativa de elevar as tarifas. Pelas mesmas razões de ordem diplomática, não é uma reivindicação simples de ser atendida, sobretudo nas condições almejadas pelo setor. A indústria quer subir o tributo para 25%. Seria mais do que duplicar a barreira contra o aço chinês – hoje, o imposto médio aplicado às importações de produtos siderúrgicos é de 9,6%.
Empresa
Usiminas pega carona na construção do gasoduto Nestor Kirchner
26/01/2024A Usiminas tem tudo para participar da construção da fase 2 do gasoduto Nestor Kirchner, na Argentina. Segundo o RR apurou, a Techint, controladora da siderúrgica mineira, planeja encomendar à empresa parte do aço que será usado na produção dos tubos fornecidos ao pipeline. A não ser que haja uma reviravolta no processo, o grupo argentino será o responsável pelo serviço. A Techint foi a única empresa que formalizou interesse no fornecimento de tubos ao projeto – o prazo para entrega das propostas se encerrou na última segunda-feira, dia 22.

Empresa
Usiminas é a lanterninha do aço brasileiro
27/11/2023A indústria siderúrgica brasileira sofre. Mas ninguém sofre mais do que a Usiminas. A partir de um recorte da última década, todos os principais indicadores financeiros apontam a empresa minera atrás de suas companheiras de “quadruopólio”, leia-se o quarteto que regula e comanda toda a cadeia produtiva do aço no Brasil. Para exercício de comparação – os números a seguir não estão deflacionados -, a Usiminas teve uma receita acumulada de R$ 175 bilhões de 2013 a setembro deste ano. Esse número corresponde a apenas 60% do faturamento da terceira colocada, a CSN, com um total de R$ R$ 288 bilhões no mesmo intervalo de tempo. Um pouco acima aparece a ArcelorMittal. Entre 2013 e 2022 (a empresa não divulga resultados trimestrais no Brasil), sua receita somada no país foi de R$ 331 bilhões. A líder do ranking, disparada, é a Gerdau. O grupo registrou uma receita de R$ 544 bilhões de 2013 a setembro deste ano, impulsionado pelo seu bem-sucedido projeto de internacionalização – a operação norte-americana, já responde por quase 40% das vendas.
Em termos de rentabilidade, mais uma vez a Usiminas surge no fim da fila. O lucro acumulado ao longo da última década foi de R$ 11,6 bilhões. A cifra corresponde a apenas um quarto do ganho somado da Gerdau no mesmo intervalo, de 2013 a setembro deste ano – R$ 43,8 bilhões. Por sinal, no terceiro semestre, a Usiminas foi a única integrante do top four da siderurgia nacional a fechar seu balanço no vermelho, com prejuízo de R$ 166 milhões. No quesito retorno financeiro, a segunda colocada do período é a Arcelor Brasil, com lucro somado de R$ 31,3 bilhões de 2013 a 2022 (lembrando, mais uma vez, que os resultados trimestrais de 2023 não estão disponíveis). A CSN, por sua vez, teve um ganho total de R$ 29,8 bilhões de janeiro de 2013 a setembro de 2023.
Em relação à geração de caixa, adivinhem quem ficou em último? No período analisado, a Usiminas teve um Ebitda acumulado de R$ 29,8 bilhões. Ficou a léguas de distância da terceira colocada, a Arcelor Brasil, com R$ 64,2 bilhões, entre 2013 e 2022. Há método na hierarquia financeira do setor siderúrgico no Brasil. Mais uma vez, a Gerdau desponta na primeira posição. A siderúrgica do kaiser do aço Jorge Gerdau teve um Ebitda somado de R$ 98,7 bilhões de 2013 a setembro deste ano. Neste quesito, foi seguida razoavelmente de perto pela CSN. A companhia de Benjamin Steinbruch registrou um Ebitda acumulado de R$ 90,5 bilhões em igual período.

Tributação
Siderúrgicas querem subir o sarrafo contra o aço chinês
20/04/2023Em meio aos movimentos de aproximação entre Lula e Xi Jinping, CSN, ArcelorMittal e Usiminas estão reivindicando ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Geraldo Alckmin, que a Camex não apenas renove como aumente as tarifas antidumping para o aço chinês. Hoje, as alíquotas impostas do produto variam de 30,8% a 62%. Mesmo com a sobretaxa, as grandes siderúrgicas do país temem um aumento das importações do aço chinês devido ao excedente da produção local. Neste ano, a China deverá consumir apenas 75% do aço fabricado no país. Os outros 25% vão inundar o mercado global.

Economia
Siderúrgicas vão a Alckmin por manutenção de barreiras antidumping
30/03/2023CSN, ArcelorMittal e Usiminas têm cercado o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, por todos os lados. Reivindicam a prorrogação das barreiras antidumping às importações de aço da China, Coréia do Sul e Taiwan. A medida vem sendo aplicada há cerca de uma década, em intervalos de cinco em cinco anos. O prazo atual termina no próximo mês de maio. As siderúrgicas temem que o governo Lula possa baixar a guarda tarifária como um sinal de aceno sobretudo à China. Apenas no campo das hipóteses, seria uma moeda de troca, por exemplo, para a renegociação do acordo para exportações de carne, uma cobrança dos grandes frigoríficos brasileiros – ver RR.

Negócios
Usiminas não é mais a mesma
24/01/2023
Energia
Dobradinha solar
31/10/2022A usina solar em construção na cidade de Luziânia (GO) é só o ponto de partida. Usiminas e Canadian Solar já estudam a instalação de mais dois parques geradores. Em conversa com o RR, a Usiminas confirmou que “segue avaliando várias novas possibilidades de ampliar a autogeração de energia renovável.”
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Chapa de aço
21/06/2022A diretoria da Usiminas pretende fazer um novo reajuste nos preços do aço. A empresa surfa na onda dos desdobramentos da guerra entra Rússia e Ucrânia. Os dois países, responsáveis por mais de 5% da produção mundial de placas, praticamente suspenderam as vendas internacionais.
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Inflação de aço
30/03/2022A exemplo da CSN, a Usiminas vai anunciar ao longo do mês de abril um novo reajuste dos preços do aço. A alta deve ficar acima de 18%.
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Disputa de festim
21/01/2022A sucessão de Wilson Brumer e Flavio Penido, que deixaram, respectivamente, o comando do Conselho e a presidência executiva do Ibram, tem causado algumas trepidações na entidade. Um grupo de associadas, à frente CSN e Usiminas, está tentando reduzir o poder da Vale na escolha dos substitutos. Tarefa difícil.
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O aço disparou
4/12/2020Usiminas e CSN estão convictas de que ainda há espaço para um último reajuste nos preços do aço em 2020, durante o mês de dezembro. Ao longo deste ano, o aumento acumulado do produto já está próximo dos 50%. Só nos últimos quatro meses, as siderúrgicas promoveram três reajustes.
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Aço forte
19/10/2020A indústria siderúrgica está com a corda toda. Além da CSN, o RR teve a informação de que a Usiminas fará um novo reajuste dos preços do aço para novembro. Será o terceiro aumento do ano. Imaginem sem a pandemia…
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Coreografia bem ensaiada
18/08/2020A Usiminas deverá reajustar os preços dos aços planos em setembro, a exemplo da Gerdau. Entre montadoras e fabricantes de eletrodomésticos, não será nenhuma surpresa se CSN e ArcelorMittal também anunciarem aumentos para a mesma época. A indústria siderúrgica no Brasil é um coro afinadíssimo. Parece até o preço do coco vendido nas barracas de praia.
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Minoritários da Usiminas são só um detalhe
27/02/2020A reeleição de Sergio Leite para a presidência da Usiminas tornou-se um case de “desgovernança” corporativa. Nippon Steel e Ternium, que dividem o controle da siderúrgica, teriam anunciado a recondução de Leite ao cargo sem referendo do Conselho e sem comunicação prévia aos empregados da empresa, também acionistas e com dois representantes no board. Foi por esta razão que, dois dias depois, a companhia correu para desdizer o que havia dito, informando que a indicação de Leite ainda não foi aprovada. Consultada pelo RR, a Usiminas limitou-se a dizer que “as informações sobre o tema constam dos comunicados divulgados”.
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Cabo de guerra
31/10/2019Está aberta a temporada de queda de braço entre siderúrgicas e o setor automotivo. Usiminas e Arcelor Mittal já colocaram sobre a mesa um reajuste do preço do aço para 2020 na casa dos 25%. As montadoras, por sua vez, abriram as conversas em 18%.
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Usiminas em compasso de espera
20/02/2019A venda da Mineração Usiminas (Musa) está em banho-maria. Adviser da operação, o BTG segue no encalço de potenciais compradores há quase seis meses. Até o momento, no entanto, não surgiu qualquer investidor disposto a pagar o valor almejado pela Usiminas – algo em torno de R$ 1,2 bilhão pela sua participação de 70% da mineradora. Procurada, a Usiminas garante que o “processo de avaliação estratégica do ativo com o BTG Pactual segue em andamento e que não há, neste momento, qualquer estimativa sobre valor para a possível venda da Musa”.
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Justiça do Trabalho fecha o cerco à indústria siderúrgica
12/09/2018A indústria siderúrgica nacional está na mira da Justiça Trabalhista. Há uma mobilização por parte do Ministério Público do Trabalho (MPT) para a realização de uma devassa nas grandes usinas do setor. O objetivo é averiguar as condições de segurança oferecidas aos trabalhadores, a começar por CSN e Usiminas. Trata-se de uma resposta do MPT aos seguidos acidentes, com vítimas fatais, na siderurgia. Em pouco mais de uma semana, a Usiminas contabilizou a explosão de um gasômetro nas instalações em Ipatinga (MG), com 34 feridos, e a morte de um funcionário em uma de suas aciarias. Quase no mesmo dia, um trabalhador da usina da CSN em Volta Redonda sofreu fortes queimaduras ao ser atingido por um curto circuito. A indústria siderúrgica tenta se blindar de uma investida do MPT com números. Segundo o Instituto Aço Brasil, o setor investiu de 2008 a 2017 US$ 25 bilhões em suas operações,“prioritariamente em modernização tecnológica, meio ambiente e segurança no trabalho”. Ainda de acordo com a entidade, “100% das empresas associadas mantinham comitês formais de saúde e segurança no biênio 2016/2017”. Sobre os episódios na CSN e na Usiminas, o Instituto afirma que “os acidentes mencionados estão sendo investigados, sendo prematura qualquer consideração a respeito”.
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Anglo American joga detritos do Minas-Rio no colo da Techint
3/04/2018O quase permanente estado de litígio com a Nippon Steel na Usiminas periga se tornar o menor dos problemas da Techint no Brasil. O grupo ítalo-argentino está às portas de um contencioso com a Anglo American, tendo como pano de fundo o acidente ambiental nas instalações da mineradora em Santo Antonio do Grama, na Zona da Mata mineira. Os anglo-australianos já encontraram o “culpado” pelo sinistro: segundo o RR apurou, deverão acionar judicialmente a Tenaris, controlada pela Techint, responsabilizando-a pelos dois vazamentos de polpa de minério ocorridos no intervalo de apenas 20 dias.
A Anglo American teria identificado uma trinca no mineroduto supostamente em razão de uma falha no processo de fabricação do tubo, fornecido pela Tenaris. Nos bastidores, o “duto” entre as duas empresas já estourou. De acordo com a fonte do RR, na semana passada teria ocorrido uma série de reuniões entre executivos e engenheiros da Anglo American e da Tenaris, marcadas pelo tom beligerante e por mútuas acusações. Consultada pelo RR, a mineradora informou que “as causas dos vazamentos ainda estão sendo investigadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas e Universidade Federal de Minas Gerais”.
Disse ainda que, “neste momento não há estimativa dos impactos financeiros decorrentes dos incidentes.” Já a Tenaris não quis se pronunciar. A Justiça determinou o bloqueio preliminar de R$ 10 milhões da Anglo American para cobrir as primeiras ações de contenção do acidente. Por ora, no entanto, as consequências do duplo vazamento são incalculáveis, seja do ponto de vista ambiental, financeiro ou reputacional. Anglo American e Tenaris travam uma queda de braço não apenas para mitigar o risco jurídico e os custos econômicos, mas também para reduzir as fissuras sobre a sua imagem institucional.
Herança da MMX, de Eike Batista, o mineroduto Minas-Rio é o maior do mundo, com seus 530 quilômetros. Trata-se de um “cartão postal” tanto da Anglo American quanto da Tenaris, agora manchado pelos mais de 500 m3 de polpa de minério despejados, até o momento, na corrente fluvial da região de Santo Antônio do Grama. Os herdeiros do mítico industrialista italiano Agostino Rocca – o aliado de Mussolini que fugiu para a Argentina após a Segunda Guerra Mundial e lá criou a Techint – parecem viver seu inferno astral no Brasil. O acidente no Minas-Rio, o iminente contencioso com a Anglo American e a pecha de sujismunda do meio ambiente ameaçam aumentar o grau de criminalização dos ítalo-argentinos no país. A Techint, não custa lembrar, está envolvida na Lava Jato. O grupo foi declarado inidôneo pelo TCU por participar do esquema de propinas na construção da usina nuclear de Angra 3.
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Os anéis de Benjamin Steinbruch
23/02/2018O RR apurou que a CSN abriu o processo de venda da LLC, laminadora de aços planos localizada nos Estados Unidos, mais precisamente no estado de Indiana. Segundo informações filtradas da própria companhia, o ativo já teria sido oferecido à ArcelorMittal. A usina é avaliada em aproximadamente US$ 500 milhões. Trata-se apenas de um aquecimento no plano de desmobilização de ativos da siderúrgica de Benjamin Steinbruch, às voltas com um passivo de quase R$ 30 bilhões. O lance mais aguardado é a venda da participação de 16% na Usiminas. Os anéis de Benjamin Steinbruch
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Gerdau bate em retirada do Canadá e do México
26/12/2017Os Gerdau estão desmontando o seu “Nafta da siderurgia”. Segundo o RR apurou, o Grupo Gerdau abriu conversações para a venda de suas duas usinas de aços longos no Canadá. Em outra raia, avançam as negociações para a transferência das duas fábricas no México. Neste caso, o principal candidato seria a Ternium, leia-se a ítalo-argentina Techint, sócia da Usiminas. Estima-se que a alienação das quatro unidades possa gerar mais de US$ 500 milhões. Depois da venda da espanhola Sidenor, a operação é o ponto mais agudo do processo de desmobilização de ativos da Gerdau no exterior. O eixo Estados Unidos/Canadá/México sempre foi o núcleo duro da operação internacional do grupo. Sobrarão os Estados Unidos – se bem que até por lá a Gerdau já vendeu cinco minimills.
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Uma no cravo…
28/11/2017A CSN está “empobrecendo” Benjamin Steinbruch. Desde janeiro, a companhia já perdeu um quarto do valor de mercado. Menos mal que a Usiminas, da qual Benjamin também é acionista, acumula alta de 125% no ano.
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Benjamin Steinbruch volta?
13/09/2017Benjamin Steinbruch está lustrando suas armas para investir na aquisição de ações da Vale em Bolsa. O empresário pretende montar uma participação expressiva na mineradora. O espelho é o modelo Usiminas, na qual ele é um investidor relevante com interesses em sinergias futuras com a CSN. A própria reestruturação societária da Vale criou condições mais propícias para uma investida desta natureza. A pulverização do capital aumenta a flexibilidade para que ele faça suas operações de aquisição no mercado. A engenharia montada por Benjamin Steinbruch pode envolver também a Congonhas Minérios, controlada pela CSN. Há motivações cruzadas nesta direção. Sabe-se que a Vale tem interesse no ativo; Benjamin, por sua vez, precisa gerar caixa para reduzir o a alavancagem de sua siderúrgica.
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Barreiras de aço
20/07/2017A Secretaria de Comércio Exterior deverá apresentar até o dia 31 o resultado da investigação de prática de dumping nas exportações de aços planos laminados a quente da Rússia e da China para o Brasil. Entre as siderúrgicas nacionais, a expectativa é que a Secretaria vai recomendar ao governo a aplicação de restrições à importação do produto dos dois países – Rússia e China respondem por mais de 80% dos laminados a quente que entram no país (algo como 72 mil toneladas por ano). Coincidência ou não, na semana passada a Usiminas anunciou um aumento de 10,7% nos preços do produto. Nos últimos dois anos, a indústria siderúrgica nacional se viu forçada a praticar descontos expressivos para não perder mercado para o aço importado.
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Os pesos e medidas de Benjamin
2/06/2017Benjamin Steinbruch é o alvo da vez de Lírio Parisotto, híbrido de empresário, investidor ativista e máquina de contenciosos societários. Parisotto entrou com um recurso na Justiça com o objetivo de nomear um representante para o Conselho de Administração da CSN. Em abril, a siderúrgica conseguiu barrar a participação do investidor na eleição dos novos conselheiros, sob a alegação de conflito de interesse. Parisotto também é acionista da Usiminas. Assim como o próprio Benjamin…
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Fator S11D dá um Norte à siderurgia brasileira
17/05/2017Enquanto as grandes produtoras de aços planos agonizam no Sudeste, há uma chamada para novos investimentos siderúrgicos no Norte no país. O chamado Fator S11D – maior empreendimento de exploração de ferro a céu aberto do mundo – tem as condições excepcionais para resgatar a antiga ideia de um polo siderúrgico na região. O projeto de extração mineral foi batizado com o nome do engenheiro Eliezer Batista, presidente icônico da companhia. Há um acerto de contas do destino com o personagem e aquela região: há cerca de 35 anos, Batista mostrava a dezenas de grandes empresários o “Projeto Grande Amazônia Oriental”, em evento patrocinado pelo banqueiro do Itaú Eudoro Vilella.
Sobravam engenhosidade e ambição nas maquinações do então presidente da Vale. Mas se ele tinha a escala de produção mineral e logística afiada, faltava o milagre da natureza. O teor de ferro contido no minério de S11D (66,7%), o maior do mundo, é a materialização desse milagre. Ele tem o potencial de reduzir expressivamente os custos da siderurgia nacional, segundo relatório produzido por um player internacional do setor, ao qual o RR teve acesso.
A proposta de um corredor de exportação de aços planos no Pará, mais especificamente no percurso que vai da S11D até o Maranhão é irmã gêmea do grandioso empreendimento na Amazônia Oriental, mais conhecido como “Carajazão”. A principal diferença é que a nova versão propõe um beneficiamento mais sofisticado, enquanto o “Carajazão” se concentrava na produção de ferro gusa. A alta pureza da matéria-prima de S11D é considerada uma espécie de artefato nuclear na competição pelo mercado de minério de ferro.Pode gerar muito mais riqueza para a Vale e o Brasil do que o primeiro Carajás.
Na lógica geoeconômica do projeto, o aço para exportação subiria de elevador para o Norte, aproveitando-se do Fator S11D e das condições logísticas e de suprimento de energia. Seriam construídas siderúrgicas de 20 milhões de toneladas – uma unidade representa praticamente dois terços da produção total brasileira de 30,2 milhões de toneladas – em sua grande parte com capitais chineses, sul-coreanos e japoneses. E a siderurgia do Sudeste? Teria de se reinventar, com uma inevitável consolidação e ingresso em aços siliciosos e outros especiais.
Usiminas, CSN, ArcelorMittal – à exceção da Aperam, ex-Acesita – caducam às vistas do mercado, exigindo subsídios e barreiras alfandegárias para continuarem a se manter de pé com alguma integridade. A Vale trouxe o novo e a redenção. Infelizmente, é necessária alguma destruição criativa para que a siderurgia brasileira se erga novamente. Em outros idos, o BNDES estaria estudando a oportunidade com afinco.
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Fato raro na Usiminas
17/04/2017Entre um round e outro da disputa entre Techint e Nippon Steel, uma boa notícia para a Usiminas. Segundo projeções da companhia, o Ebitda do primeiro trimestre poderá bater nos R$ 350 milhões, contra R$ 50 milhões em março de 2016. Obra e graça do aumento dos preços do aço.
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Usiminas declara guerra à Sumitomo
2/03/2017Em um raro momento de sintonia entre Nippon Steel e Ternium, a Usiminas vai entrar na Justiça contra a Sumitomo. O contencioso tem origem na Mineração Usiminas (Musa), joint venture entre a siderúrgica e a trading japonesa. Dona de 30% da mineradora, a Sumitomo vetou a proposta de redução em R$ 1 bilhão do capital da empresa apresentada pela Usiminas – detentora dos 70% restantes.
A siderúrgica mineira acusa a sócia de abuso de poder. A Sumitomo, por sua vez, alega que a operação só pode ser realizada com a anuência dos dois acionistas. Os japoneses já deixaram claro que não estão dispostos a financiar, por via indireta, as dívidas da Usiminas. Na prática, a redução do capital da Musa geraria R$ 700 milhões de caixa para a siderúrgica mineira.
Procurada, a Usiminas nem confirmou nem negou a ação judicial. Limitou-se a informar que “acredita que terá acesso aos recursos de sua subsidiária Musa no prazo acordado com os credores”. O pragmatismo falou mais alto. Em permanente estado de conflito, Nippon Steel e Ternium identificaram na Sumitomo um oponente em comum. O veto à redução do capital social da Musa é um duro revés.
Os recursos são fundamentais para o esforço de repactuação do passivo da Usiminas. A companhia pretende usar os recursos para amortizar débitos bancários, notadamente com BNDES, BB e Itaú Unibanco. Inicialmente, a direção da Usiminas cogitou entrar com um processo de arbitragem. Mas a intransigência da Sumitomo fez com que a siderúrgica se decidisse por levar o caso diretamente à Justiça.
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ArcelorMittal quer o aço dos Ermírio de Moraes
20/02/2017A ArcelorMittal estaria negociando a compra das usinas de aços longos da Votorantim Siderurgia em Resende e Barra Mansa, no sul fluminense. Segundo o RR apurou, a operação poderá envolver ainda as unidades internacionais da companhia, localizadas em Bragado, na Grande Buenos Aires, e em Boyacá, na Colômbia. O pacote estaria avaliado em aproximadamente US$ 500 milhões.
Caso seja sacramentada, a negociação lançará dúvidas sobre o próprio futuro dos Ermírio de Moraes na siderurgia. As quatro usinas somam uma capacidade da ordem de 2,4 milhões de toneladas, ou o equivalente a mais de 80% da produção da Votorantim Siderurgia. A princípio, a empresa ficaria apenas com uma usina, a Sitrel, joint venture com o empresário gaúcho Alexandre Grendene. Instalada em Três Lagoas (MS), ela tem capacidade para produzir 400 mil toneladas de aços longos.
Em 2011, os Ermírio de Moraes se desfizeram do seu principal e mais estratégico ativo na siderurgia: a participação de quase 13% no bloco de controle da Usiminas. Desde então, a permanência da Votorantim no setor tem sido alvo de especulações, alimentadas pelas seguidas sinalizações de que o grupo venderá ativos para fazer caixa e também pelos resultados cadentes da operação. Entre janeiro e setembro de 2016, a receita líquida da Votorantim Siderurgia caiu 20% em relação a igual período no ano anterior.
O prejuízo de R$ 10 milhões se transformou em uma perda de R$ 120 milhões. Ao comprar as usinas da Votorantim, a ArcelorMittal, por sua vez, aumentará ainda mais seu poder de fogo na precificação do aço longo no mercado brasileiro – primazia que já divide com a Gerdau. Isso em um momento curioso: historicamente o sobrepreço interno em relação às cotações internacionais sempre foi maior no segmento de produtos longos do que aços planos.
No ano passado, a situação se inverteu. Com a crise no setor de construção, principal destino do aço longo, as siderúrgicas tiveram de pisar no freio e sacrificar margens. Arcelor e Gerdau chegaram a oferecer descontos de até 20% sobre o preço de produtos importados para não perder mercado.
Acervo RR
Divisão panzer
2/01/2017O investidor e minoritário Lírio Parisotto está decidido a retornar ao Conselho da Usiminas. Promessa de mais lenha na fogueira da Ternium e da Nippon Steel. A balança de Parisotto pende para o lado dos japoneses.
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Divisão panzer
2/01/2017O investidor e minoritário Lírio Parisotto está decidido a retornar ao Conselho da Usiminas. Promessa de mais lenha na fogueira da Ternium e da Nippon Steel. A balança de Parisotto pende para o lado dos japoneses.
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Grampo de aço
21/12/2016O espírito de Bernardo Cerveró baixou na Usiminas. Na companhia corre a informação de que alguns dos principais executivos adquiriram o hábito de gravar conversas e reuniões de trabalho. Todos desconfiam de todos.
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Projeto maior
28/11/2016Da lista de ativos negociáveis da CSN, aquele que Benjamin Steinbruch mais reluta em se desfazer é a participação de 17% na Usiminas. O empresário não desiste da ideia de um dia mandar naquele pedaço.
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Bullets
30/09/2016“Pedro”, conforme Parente é formalmente chamado na Petrobras, tem pedido que todos os funcionários leiam os recortes do noticiário. O clipping tem sido ótimo para “Pedro”. ••• O “maior lobista do Brasil”, Jorge Serpa, está fora de combate. Como dizia o poeta austríaco Karl Kraus, a idade é a maior doença da vida. ••• Se vender parte da Congonhas Minérios para a CB Steel, Benjamin Steinbruch vai abater um bocado da dívida da CSN e comprar um outro tanto de ações da Usiminas. Ele só pensa naquilo.
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Innova vira a página da Petrobras
20/09/2016Após uma intensa exposição no noticiário policial – por conta das acusações de agressão à ex-namorada Luíza Brunet –, Lírio Parisotto quer retornar às páginas de economia. O bilhete de volta será o anúncio em sequência de novos projetos de expansão da Innova, comprada junto à Petrobras em 2014. A petroquímica iniciou entendimentos com o governo gaúcho para a ampliação da fábrica de monômero de estireno localizada no polo de Triunfo. Vai também tirar do papel o projeto de conversão da unidade de poliestireno cristal em uma planta de ABS, matéria-prima destina às indústrias de plásticos e de eletroeletrônicos, entre outras. Os investimentos somarão cerca de R$ 500 milhões. Nos dois casos, a Innova espera contar com financiamento público por meio do Fundo Operação Empresa do Estado (Fundopem), que prevê regras especiais para o diferimento do ICMS. Aliás, o que não falta entre Parisotto e o governador gaúcho José Ivo Sartori é uma boa química. Ambos são amigos de infância. Mais conhecido pelas brigas societárias que costuma comprar vestindo o figurino de investidor ativista – entre outros exemplos, assim foi na Usiminas e na Eternit – Parisotto tem sido forçado a abrir o caixa para tirar o atraso de investimentos da Innova. Nos últimos anos sob a gestão da Petrobras, os aportes secaram. No total, o plano estratégico de Parisotto para a empresa soma R$ 1,2 bilhão. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Innova.
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Redenção siderúrgica
7/04/2016Benjamin Steinbruch dá como favas contadas seu ingresso no bloco de controle da Usiminas se a cisão entre a Ternium e a Nippon Steel se confirmar. Esse movimento pode significar a redenção da siderúrgica mineira e da CSN.
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Usiminas
12/01/2016Os acionistas da Usiminas encontram problemas em todas as áreas. Além da grave crise na atividade siderúrgica, Techint e Nippon Steel ainda não receberam qualquer oferta pela Usiminas Mecânica, à venda há quase um ano. Sobre o assunto a Usiminas diz apenas que “está atenta às oportunidades de mercado”.
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Só Miguel Rossetto para salvar os empregos do ERG
6/11/2015Os empregados da Usiminas criaram jurisprudência. O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul também se mobiliza para reivindicar ao ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, a intervenção do governo federal na grave crise do Estaleiro Rio Grande (ERG). O objetivo é estancar a sangria de demissões em curso desde o início do ano e salvar o pescoço dos mais de seis mil trabalhadores da empresa, controlada pela Ecovix – leia-se Engevix. Uma a uma, todas as tentativas de garantir a sobrevivência da empresa e dos postos de trabalho estão fazendo água. No momento, mais uma dessas “soluções” caminha sobre a corda bamba, com poucas chances de se equilibrar lá no alto. As negociações em torno do arrendamento do estaleiro para um consórcio de companhias japonesas liderado pela Mitsubishi Heavy Industries recuaram algumas casas. A operação depende de um complexo acordo entre os asiáticos e os credores da empresa em relação ao passivo do ERG. Do ponto de vista jurídico, as dívidas da companhia se encontram numa zona cinzenta em que ninguém quer pisar. Os bancos, entre eles o China Construction Bank, se opõem ao arrendamento do estaleiro por entender que ele mais dificulta do que facilita o recebimento dos cré- ditos. O temor é que a encalacrada Engevix se aproveite deliberadamente da operação para se esquivar da responsabilidade legal pelas dívidas da empresa, empurrando o caso para uma conveniente – e interminável – batalha jurídica. Os credores do ERG sabem bem com quem estão lidando. A Mitsubishi também está com os dois pés atrás em relação ao arrendamento do estaleiro. Os japoneses sabem que os credores do ERG esperam apenas a assinatura do contrato para saltar na sua jugular. Segundo o RR apurou, dois renomados escritórios de advocacia contratados pela Mitsubishi desaconselharam o fechamento do negócio. De acordo com o parecer dos advogados, ainda que a operação não contemple a transferência efetiva do controle acionário e, sim, o arrendamento das instala- ções, são grandes as probabilidades de que o pool de investidores japoneses – formado ainda pelos estaleiros Imabari, Namura e Oshima Shipbuilding – seja obrigado pela Justiça a assumir os passivos do ERG. A herança em questão é uma dívida de quase R$ 100 milhões, número que não leva em consideração o passivo trabalhista, por ora uma caixa preta. No caso específico da Mitsubishi, a ameaça é ainda maior pelo fato de o grupo ter uma participação direta de 30% na Ecovix, – os 70% restantes pertencem à Engevix. Enquanto isso, os empregados do ERG seguem entre o rochedo e o mar. Desde abril, o estaleiro teria demitido mais de 800 funcionários. Boa parte destes trabalhadores ainda não teria recebido integralmente as verbas rescisórias. O desfecho desta história é previsível: no fim das contas são eles, e mais ninguém, que ficarão boiando em alto-mar.
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CSN e Usiminas fazem duelo de perdedoras
20/10/2015Por mais de uma década, CSN e Usiminas disputaram o rali do protagonismo no setor de aços planos. No caminho, Benjamin Steinbruch chegou a cogitar a aquisição da concorrente – ficou com 17% fora do bloco de controle, que acabou se tornando parte do problema e não da solução. As duas empresas mantêm a sina de concorrer entre si, mas agora competem em outra modalidade, o enduro das desgraçadas, uma corrida às avessas na qual o objetivo é chegar em segundo, ou melhor, jamais cruzar a linha fatal. O cronômetro também gira na contramão, numa contagem regressiva que entra em seu momento crucial. No curto prazo, CSN e Usiminas terão de enfrentar situações decisivas para o seu futuro, como endividamento, redefinições estratégicas, venda de ativos e mudanças societárias. A premissa para o reequilíbrio financeiro das duas empresas é a repactuação de seus massacrantes passivos. A Usiminas tem um caminho menos pedregoso; claro, no comparativo com a CSN. A dívida líquida chegou a R$ 4,8 bilhões em agosto – 3,7 vezes o Ebitda. Esse índice ultrapassou os covenants acordados com os credores (3,5 vezes). Por ora, os bancos concederam um waver à Usiminas e não vão pedir a liquidação antecipada das dívidas ou executar as garantias. Ou seja: a siderúrgica está nas mãos dos credores como nunca esteve. Mas não tanto quanto a CSN. O endividamento líquido da CSN é de R$ 22 bilhões, ou 5,6 vezes o Ebitda. Vai piorar. Bancos de investimentos ja soltaram relatórios indicando que esse índice deverá chegar a sete vezes até o fim do ano. A recente renegociação dos débitos com BB e Caixa apenas descomprimiu o curto prazo, empurrando vários pagamentos para o período entre 2018 e 2022. Há quem questione se a CSN saiu mesmo ganhando, pois já tinha R$ 17 bilhões em compromissos que vencem nesse intervalo. Para os males causados pelo alto endividamento, a dupla do aço derretido só tem o remédio da venda de ativos. A CSN tem mais lenha para queimar, incluindo a Usiminas. Avaliações preliminares apontam que a venda dos 17% da siderúrgica mineira, do excedente de ações na MRS , do Tecon Sepetiba e de duas hidrelétricas, além de outros ativos, poderia render cerca de R$ 5 bilhões. Ainda restaria a Steinbruch a hipótese de se desfazer de sua pedra mais preciosa: os ativos de mineração. O problema é o timing: essas participações estão muito depreciadas, a começar pela Usiminas – no ano, suas ações caíram 30%. Se, nesse aspecto está ruim para a CSN, imaginem para a Usiminas que praticamente só tem a si própria como ativo. A CSN tem outra vantagem: é empresa de um dono só. O que Steinbruch decidir está decidido. Já Minas Gerais é um território conflagrado. A Usiminas é uma empresa rachada ao meio entre Nippon Steel e Techint, inimigas, o que torna praticamente impossível qualquer decisão corporativa de maior peso. Não por acaso, muitos defendem que o soerguimento da companhia depende da mudança do controle. O fato é que as diferenças entre Usiminas e CSN mais aproximam do que afastam. Quanto mais aceleram maior a sensação de que uma está acorrentada à outra e suas raias se cruzarão definitivamente em algum ponto. Neste pega ao reverso, é grande a probabilidade de que o vencedor, na verdade o perdedor, caia na rede do perdedor, neste caso o real vencedor, viabilizando, por uma via invertida, a mais lógica e esperada fusão da siderurgia nacional. Seria uma associação de aleijados, em que um se escoraria no outro. Que outra solução?
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Aço derretido
24/08/2015Não há dúvidas de que Benjamin Steinbruch precisa fazer caixa o quanto antes, mas será mesmo a hora de vender a participação da CSN na Usiminas? Nos últimos dois meses, tomando-se como base o preço da ação, o valor do ativo caiu de R$ 1,7 bilhão para algo em torno de R$ 850 milhões. Sair agora é confissão de desespero.
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ArcelorMittal concentra o lucro e democratiza a crise
21/08/2015A ArcelorMittal tornou-se a malévola da siderurgia brasileira. Suspensão de investimentos, fechamento de unidades, cortes de produção, desemprego? Para os indianos, tudo isso é apenas um detalhe, uma poeira a ser varrida na estrada que leva ao lucro. No afã de remeter o maior volume possível de dividendos para a matriz e resgatar as perdas impostas pelo câmbio, a companhia está abrindo sua caixa de perversidades numa proporção que tem causado espécie até mesmo entre seus congêneres no setor. Neste mês, conforme já anunciado, a siderúrgica está desativando por tempo indeterminado uma de suas linhas de aços longos em Piracicaba (SP). É só o início. De acordo com fontes ligadas à empresa, para o mês que vem já estaria programada a interrupção da produção na usina de João Monlevade (MG). Quase simultaneamente a ArcelorMittal deverá desligar também um laminador na unidade de Juiz de Fora. Com estes cortes, a produção anual de aços longos do grupo no país cairia de 3,6 milhões para algo em torno de 2,8 milhões de toneladas. Como de hábito, medidas contracionistas trazem de arrasto a sua dose de maldade social. Segundo o RR apurou, em todas as usinas, as interrupções seriam acompanhadas da suspensão temporária de uma parcela dos contratos de trabalho e/ou demissões. No ano passado, a ArcelorMittal Brasil teve um lucro de R$ 1,4 bilhão, quatro vezes mais do que no exercício anterior. Para este ano, mesmo com a retração da demanda por aço, o resultado deverá permanecer na casa do bilhão. No quesito transferência de lucros, o confronto com a Usiminas chega a ser uma covardia. A companhia mineira não tem remetido um centavo sequer para a Mitsui e a Techint. Pelo contrário: trata-se de um sugadouro de recursos. No ano passado, ainda lucrou R$ 208 milhões. Mas, no primeiro semestre deste ano, já perdeu tudo isso e mais um pouco, com o prejuízo de R$ 850 milhões. A ArcelorMittal mantém o número guardado a sete chaves e mais algumas trancas, mas estima-se que, nos últimos dois anos, a subsidiária tenha mandado para a matriz mais de US$ 300 milhões.
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Ferro e fogo
19/08/2015O impacto do dólar sobre o passivo está triturando ainda mais as contas da Usiminas. De janeiro para cá, as perdas financeiras da siderúrgica já são cinco vezes maiores do que os valores registrados nos oito primeiros meses de 2014.
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Ternium já está com um pé na porta da Usiminas
25/05/2015A Ternium está prestes a se tornar o HSBC da siderurgia. O grupo já não consegue mais manter entre quatro paredes as discussões em relação ao seu futuro no Brasil. Por uma fresta da Usiminas vaza a informação de que os ítalo-argentinos amadurecem a ideia de vender sua participação e deixar o país. As semelhanças com o banco inglês, é bom ressaltar, param por aí. Se o maior adversário do HSBC no Brasil sempre foi o próprio HSBC e sua impressionante letargia, no caso da Ternium o inferno são mesmo os outros. Poucas vezes uma corporação conseguiu reunir contra si um exército de inimigos tão poderoso: Nippon Steel, Benjamin Steinbruch, minoritários e empregados da Usiminas e o governo. Cada um a seu modo, todos odeiam a Ternium e trabalham para ejetá-la da companhia mineira. Por maior que sejam a musculatura financeira e a disposição para o embate dos herdeiros do mítico siderurgista Agostino Rocca, como duelar com uma conjunção de forças dessa magnitude? Para os ítaloargentinos, está difícil encontrar uma solução que não seja uma honrosa saída do front. Os ataques a Ternium vêm de todos os lados. A Nippon Steel usa farta munição para fazer valer a sua histórica posição na Usiminas. Trata-se de um negócio absolutamente estratégico, que transcende as fronteiras corporativas e carrega forte simbolismo. O desembarque na empresa, ainda na década de 50, foi um dos primeiros grandes investimentos do Japão na área de siderurgia após a Segunda Guerra Mundial. A associação é tratada por Tóquio como um assunto de Estado. O primeiro-ministro Shinzo Abe tem feito intensas gestões junto ao governo brasileiro para salvaguardar os interesses da Nippon Steel na Usiminas. Além do apoio de importantes minoritários da Usiminas, como Lírio Parisotto, a Nippon Steel tem a seu lado Benjamin Steinbruch. O empresário manobra de um lado para o outro da pista com o objetivo de driblar os obstáculos impostos pelo Cade. Dona de 12% das ONs da companhia mineira, a CSN está impedida de exercer seu voto no bloco de controle e ainda terá de se desfazer da sua participação até 2018. Seria um impeditivo intransponível não fossem as pressões que vêm do Olimpo. O governo também não morre de amores pela Ternium. Até porque a contrapartida para a desafeição é das mais convenientes: a saída do grupo ítaloargentino e o aumento da participação de Steinbruch abririam espaço para a associação entre a CSN e a Usiminas e a criação de uma grande produtora de aços planos. Seria um cavalo vencedor a feição das políticas praticadas pelo BNDES. Não satisfeita em ter tantos rivais, a Ternium também arruma os seus próprios problemas. Os sucessores de Agostino Rocca, um homem forjado na Itália de Mussolini, não são os anjos da Capela Sistina. A imagem do grupo ítalo-argentino no Brasil está vinculada ao que há mais de reprovável na história recente da Usiminas: manobras jurídicas abaixo da linha da cintura, gastos demasiadamente altos com gestores que ela própria indicou, denúncias de superfaturamento na venda de aço. Há quem diga que a própria tática da Ternium de estressar ao máximo a contenda com os demais acionistas teria como objetivo aumentar o problema para valorizar o preço da solução, ou seja, a venda de suas ações na companhia. A convivência se tornaria tão insuportável que o ágio a ser cobrado compensaria, e muito, a redução do valor patrimonial. A conferir.