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Empresa
Enquanto Ternium e Benjamin Steinbruch duelam, Nippon Steel contabiliza suas perdas
2/08/2024Está difícil segurar a irritação dos japoneses da Nipon Steel com os rumos da Usiminas. Nem poderia ser diferente. Enquanto Ternium e Benjamin Steinbruch se digladiam, a empresa derrete em seu próprio alto-forno, com seguidos prejuízos e queda de receita. Nesse ritmo, os ítalo-argentinos e Steinbruch vão acabar brigando por um pedaço de tarugo. O que se diz no setor é que a Nippon Steel está insatisfeita também com a gestão do CEO da Usiminas, Marcelo Chara, homem de confiança da Ternium – o executivo foi presidente da subsidiária do grupo no Brasil. Por essas e outras, os japoneses já diminuíram sua fatia societária na Usiminas, com a venda de 9,3% para os próprios ítalo-argentinos, em março de 2023. E flertam com a ideia de reduzir ainda mais a sua posição na companhia – vide RR. Cabe lembrar que das quatro grandes siderúrgicas que atuam no Brasil, a Usiminas é aquela que apresenta os piores resultados financeiros da última década, quando comparada com CSN, ArcelorMittal e Gerdau – conforme levantamento feito pelo RR.
Destaque
Nippon Steel quer reduzir sua exposição ao “risco Usiminas”
9/02/2024Nova mudança à vista no bloco de controle da Usiminas. O RR apurou que a Nippon Steel avalia reduzir ainda mais sua participação na empresa, hoje de 22,7% do capital total. Em março de 2023, os japoneses venderam o equivalente a 9,7% para a Ternium, maior acionista da siderúrgica mineira. Se, no passado, os dois principais sócios da companhia protagonizaram um dos grandes contenciosos empresariais do país, hoje suas intenções parecem convergir.
De um lado, está a Ternium, com a sua fome de comprar; do outro, a Nippon Steel, com a vontade de vender. Ao que tudo indica, para o grupo asiático, a importância estratégica de ter uma parcela expressiva da Usiminas se tornou relativamente menor vis-à-vis os custos envolvidos. No setor, a empresa mineira é tida como a mais frágil entre as grandes siderúrgicas do país. Sua reduzida diversificação de produtos a torna mais vulnerável a circunstâncias conjunturais adversas.
A companhia é uma das mais afetadas pelo aumento da entrada de aço chinês no Brasil – no mês passado, o CEO, Marcelo Chara, falou publicamente da possibilidade de desligamento do alto-forno 2 de Ipatinga por conta da concorrência com o produto asiático. Das grandes siderúrgicas nacionais, a Usiminas é também a que apresenta seguidamente os menores resultados financeiros – como mostra levantamento publicado recentemente pelo RR (https://relatorioreservado.com.br/noticias/usiminas-e-a-lanterninha-do-aco-brasileiro/). Outro fator que pesa na balança é o risco jurisdicional que a Usiminas carrega – o que, em boa parcela, também pode ser chamado de “Risco Benjamin Steinbruch”. Com 14% das ações ordinárias, o dono da CSN é um enclave societário na companhia mineira basicamente com uma função: criar instabilidade e tensão.
Há anos, Steinbruch cobra o suposto direito de tag along. O imbróglio remonta a 2011, quando a Ternium comprou a participação do Votorantim e da Camargo Corrêa. Em março do ano passado, o STJ decidiu que a operação não configurou troca de controle e, portanto, não disparou a necessidade de Oferta Pública de Aquisição (OPA).
A CSN recorreu e o assunto segue ricocheteando nos tribunais. Na paralela, em novembro a 11ª Vara Cível de Belo Horizonte determinou que a empresa de Benjamin Steinbruch deve vender sua participação na Usiminas em até 12 meses. E ainda tem o Cade, que proibiu a CSN de exercer direitos políticos na siderúrgica mineira.
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Benjamin Steinbruch, perdeu, playboy
21/03/2022O setor de siderurgia no Brasil parece uma fênix: morre para renascer e renasce para morrer. Há coisa de uma década, dizia-se à boca comum que a indústria nacional ia acabar. Foi naquele momento que se chegou a cogitar uma onda de consolidações, na qual o líder natural seria o “Barão do Aço”, Benjamin Steinbruch. A verdade é que Steinbruch foi bem além da intenção e buscou movimentos consistentes para ampliar os seus domínios, mais precisamente o que seria uma fusão CSN-Usiminas.
O empresário entabulou diversas conversas com a siderúrgica mineira e chegou a comprar um naco expressivo de ações da companhia. O negócio não prosperou devido à resistência da Nippon Steel e da Ternium, os dois maiores acionistas da Usiminas. Além da consolidação das usinas, havia ainda um negócio de razoável interesse para ambas as companhias: as suas respectivas operações de minério de ferro, então mantidas à margem e que devidamente reunidas poderiam dar uma origem a uma “Valezinha”, para não citar os ativos portuários próprios, entre outros negócios. Mas não deu.
Se esse projeto tivesse sido levado adiante, hoje a CSN-Usiminas seria um mastodonte, com uma competitividade brutal. As duas juntas somam 16 milhões de toneladas de capacidade instalada na siderurgia, uma receita anual superior a R$ 60 bilhões e Ebitda em torno de R$ 17 bilhões – a números de 2021. Não seria nada incomum, não fossem o Cade e óbices regulatórios, que esse tiranossauro rex passasse a comprador da Gerdau e da Arcelor Brasil.
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Minoritários da Usiminas são só um detalhe
27/02/2020A reeleição de Sergio Leite para a presidência da Usiminas tornou-se um case de “desgovernança” corporativa. Nippon Steel e Ternium, que dividem o controle da siderúrgica, teriam anunciado a recondução de Leite ao cargo sem referendo do Conselho e sem comunicação prévia aos empregados da empresa, também acionistas e com dois representantes no board. Foi por esta razão que, dois dias depois, a companhia correu para desdizer o que havia dito, informando que a indicação de Leite ainda não foi aprovada. Consultada pelo RR, a Usiminas limitou-se a dizer que “as informações sobre o tema constam dos comunicados divulgados”.
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Anglo American joga detritos do Minas-Rio no colo da Techint
3/04/2018O quase permanente estado de litígio com a Nippon Steel na Usiminas periga se tornar o menor dos problemas da Techint no Brasil. O grupo ítalo-argentino está às portas de um contencioso com a Anglo American, tendo como pano de fundo o acidente ambiental nas instalações da mineradora em Santo Antonio do Grama, na Zona da Mata mineira. Os anglo-australianos já encontraram o “culpado” pelo sinistro: segundo o RR apurou, deverão acionar judicialmente a Tenaris, controlada pela Techint, responsabilizando-a pelos dois vazamentos de polpa de minério ocorridos no intervalo de apenas 20 dias.
A Anglo American teria identificado uma trinca no mineroduto supostamente em razão de uma falha no processo de fabricação do tubo, fornecido pela Tenaris. Nos bastidores, o “duto” entre as duas empresas já estourou. De acordo com a fonte do RR, na semana passada teria ocorrido uma série de reuniões entre executivos e engenheiros da Anglo American e da Tenaris, marcadas pelo tom beligerante e por mútuas acusações. Consultada pelo RR, a mineradora informou que “as causas dos vazamentos ainda estão sendo investigadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas e Universidade Federal de Minas Gerais”.
Disse ainda que, “neste momento não há estimativa dos impactos financeiros decorrentes dos incidentes.” Já a Tenaris não quis se pronunciar. A Justiça determinou o bloqueio preliminar de R$ 10 milhões da Anglo American para cobrir as primeiras ações de contenção do acidente. Por ora, no entanto, as consequências do duplo vazamento são incalculáveis, seja do ponto de vista ambiental, financeiro ou reputacional. Anglo American e Tenaris travam uma queda de braço não apenas para mitigar o risco jurídico e os custos econômicos, mas também para reduzir as fissuras sobre a sua imagem institucional.
Herança da MMX, de Eike Batista, o mineroduto Minas-Rio é o maior do mundo, com seus 530 quilômetros. Trata-se de um “cartão postal” tanto da Anglo American quanto da Tenaris, agora manchado pelos mais de 500 m3 de polpa de minério despejados, até o momento, na corrente fluvial da região de Santo Antônio do Grama. Os herdeiros do mítico industrialista italiano Agostino Rocca – o aliado de Mussolini que fugiu para a Argentina após a Segunda Guerra Mundial e lá criou a Techint – parecem viver seu inferno astral no Brasil. O acidente no Minas-Rio, o iminente contencioso com a Anglo American e a pecha de sujismunda do meio ambiente ameaçam aumentar o grau de criminalização dos ítalo-argentinos no país. A Techint, não custa lembrar, está envolvida na Lava Jato. O grupo foi declarado inidôneo pelo TCU por participar do esquema de propinas na construção da usina nuclear de Angra 3.
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Pax mineira
14/11/2017Para o lamento de dirigentes sindicais, concorrente e alguns acionistas – a exemplo de Benjamin Steinbruch – nos últimos dois meses tem reinado a paz entre a Techint e a Nippon Steel na Usiminas. Vai ver é a proximidade do Natal.
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Fato raro na Usiminas
17/04/2017Entre um round e outro da disputa entre Techint e Nippon Steel, uma boa notícia para a Usiminas. Segundo projeções da companhia, o Ebitda do primeiro trimestre poderá bater nos R$ 350 milhões, contra R$ 50 milhões em março de 2016. Obra e graça do aumento dos preços do aço.
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Usiminas declara guerra à Sumitomo
2/03/2017Em um raro momento de sintonia entre Nippon Steel e Ternium, a Usiminas vai entrar na Justiça contra a Sumitomo. O contencioso tem origem na Mineração Usiminas (Musa), joint venture entre a siderúrgica e a trading japonesa. Dona de 30% da mineradora, a Sumitomo vetou a proposta de redução em R$ 1 bilhão do capital da empresa apresentada pela Usiminas – detentora dos 70% restantes.
A siderúrgica mineira acusa a sócia de abuso de poder. A Sumitomo, por sua vez, alega que a operação só pode ser realizada com a anuência dos dois acionistas. Os japoneses já deixaram claro que não estão dispostos a financiar, por via indireta, as dívidas da Usiminas. Na prática, a redução do capital da Musa geraria R$ 700 milhões de caixa para a siderúrgica mineira.
Procurada, a Usiminas nem confirmou nem negou a ação judicial. Limitou-se a informar que “acredita que terá acesso aos recursos de sua subsidiária Musa no prazo acordado com os credores”. O pragmatismo falou mais alto. Em permanente estado de conflito, Nippon Steel e Ternium identificaram na Sumitomo um oponente em comum. O veto à redução do capital social da Musa é um duro revés.
Os recursos são fundamentais para o esforço de repactuação do passivo da Usiminas. A companhia pretende usar os recursos para amortizar débitos bancários, notadamente com BNDES, BB e Itaú Unibanco. Inicialmente, a direção da Usiminas cogitou entrar com um processo de arbitragem. Mas a intransigência da Sumitomo fez com que a siderúrgica se decidisse por levar o caso diretamente à Justiça.
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Divisão panzer
2/01/2017O investidor e minoritário Lírio Parisotto está decidido a retornar ao Conselho da Usiminas. Promessa de mais lenha na fogueira da Ternium e da Nippon Steel. A balança de Parisotto pende para o lado dos japoneses.
Acervo RR
Divisão panzer
2/01/2017O investidor e minoritário Lírio Parisotto está decidido a retornar ao Conselho da Usiminas. Promessa de mais lenha na fogueira da Ternium e da Nippon Steel. A balança de Parisotto pende para o lado dos japoneses.
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Redenção siderúrgica
7/04/2016Benjamin Steinbruch dá como favas contadas seu ingresso no bloco de controle da Usiminas se a cisão entre a Ternium e a Nippon Steel se confirmar. Esse movimento pode significar a redenção da siderúrgica mineira e da CSN.
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Usiminas
12/01/2016Os acionistas da Usiminas encontram problemas em todas as áreas. Além da grave crise na atividade siderúrgica, Techint e Nippon Steel ainda não receberam qualquer oferta pela Usiminas Mecânica, à venda há quase um ano. Sobre o assunto a Usiminas diz apenas que “está atenta às oportunidades de mercado”.
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CSN e Usiminas fazem duelo de perdedoras
20/10/2015Por mais de uma década, CSN e Usiminas disputaram o rali do protagonismo no setor de aços planos. No caminho, Benjamin Steinbruch chegou a cogitar a aquisição da concorrente – ficou com 17% fora do bloco de controle, que acabou se tornando parte do problema e não da solução. As duas empresas mantêm a sina de concorrer entre si, mas agora competem em outra modalidade, o enduro das desgraçadas, uma corrida às avessas na qual o objetivo é chegar em segundo, ou melhor, jamais cruzar a linha fatal. O cronômetro também gira na contramão, numa contagem regressiva que entra em seu momento crucial. No curto prazo, CSN e Usiminas terão de enfrentar situações decisivas para o seu futuro, como endividamento, redefinições estratégicas, venda de ativos e mudanças societárias. A premissa para o reequilíbrio financeiro das duas empresas é a repactuação de seus massacrantes passivos. A Usiminas tem um caminho menos pedregoso; claro, no comparativo com a CSN. A dívida líquida chegou a R$ 4,8 bilhões em agosto – 3,7 vezes o Ebitda. Esse índice ultrapassou os covenants acordados com os credores (3,5 vezes). Por ora, os bancos concederam um waver à Usiminas e não vão pedir a liquidação antecipada das dívidas ou executar as garantias. Ou seja: a siderúrgica está nas mãos dos credores como nunca esteve. Mas não tanto quanto a CSN. O endividamento líquido da CSN é de R$ 22 bilhões, ou 5,6 vezes o Ebitda. Vai piorar. Bancos de investimentos ja soltaram relatórios indicando que esse índice deverá chegar a sete vezes até o fim do ano. A recente renegociação dos débitos com BB e Caixa apenas descomprimiu o curto prazo, empurrando vários pagamentos para o período entre 2018 e 2022. Há quem questione se a CSN saiu mesmo ganhando, pois já tinha R$ 17 bilhões em compromissos que vencem nesse intervalo. Para os males causados pelo alto endividamento, a dupla do aço derretido só tem o remédio da venda de ativos. A CSN tem mais lenha para queimar, incluindo a Usiminas. Avaliações preliminares apontam que a venda dos 17% da siderúrgica mineira, do excedente de ações na MRS , do Tecon Sepetiba e de duas hidrelétricas, além de outros ativos, poderia render cerca de R$ 5 bilhões. Ainda restaria a Steinbruch a hipótese de se desfazer de sua pedra mais preciosa: os ativos de mineração. O problema é o timing: essas participações estão muito depreciadas, a começar pela Usiminas – no ano, suas ações caíram 30%. Se, nesse aspecto está ruim para a CSN, imaginem para a Usiminas que praticamente só tem a si própria como ativo. A CSN tem outra vantagem: é empresa de um dono só. O que Steinbruch decidir está decidido. Já Minas Gerais é um território conflagrado. A Usiminas é uma empresa rachada ao meio entre Nippon Steel e Techint, inimigas, o que torna praticamente impossível qualquer decisão corporativa de maior peso. Não por acaso, muitos defendem que o soerguimento da companhia depende da mudança do controle. O fato é que as diferenças entre Usiminas e CSN mais aproximam do que afastam. Quanto mais aceleram maior a sensação de que uma está acorrentada à outra e suas raias se cruzarão definitivamente em algum ponto. Neste pega ao reverso, é grande a probabilidade de que o vencedor, na verdade o perdedor, caia na rede do perdedor, neste caso o real vencedor, viabilizando, por uma via invertida, a mais lógica e esperada fusão da siderurgia nacional. Seria uma associação de aleijados, em que um se escoraria no outro. Que outra solução?
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Ternium já está com um pé na porta da Usiminas
25/05/2015A Ternium está prestes a se tornar o HSBC da siderurgia. O grupo já não consegue mais manter entre quatro paredes as discussões em relação ao seu futuro no Brasil. Por uma fresta da Usiminas vaza a informação de que os ítalo-argentinos amadurecem a ideia de vender sua participação e deixar o país. As semelhanças com o banco inglês, é bom ressaltar, param por aí. Se o maior adversário do HSBC no Brasil sempre foi o próprio HSBC e sua impressionante letargia, no caso da Ternium o inferno são mesmo os outros. Poucas vezes uma corporação conseguiu reunir contra si um exército de inimigos tão poderoso: Nippon Steel, Benjamin Steinbruch, minoritários e empregados da Usiminas e o governo. Cada um a seu modo, todos odeiam a Ternium e trabalham para ejetá-la da companhia mineira. Por maior que sejam a musculatura financeira e a disposição para o embate dos herdeiros do mítico siderurgista Agostino Rocca, como duelar com uma conjunção de forças dessa magnitude? Para os ítaloargentinos, está difícil encontrar uma solução que não seja uma honrosa saída do front. Os ataques a Ternium vêm de todos os lados. A Nippon Steel usa farta munição para fazer valer a sua histórica posição na Usiminas. Trata-se de um negócio absolutamente estratégico, que transcende as fronteiras corporativas e carrega forte simbolismo. O desembarque na empresa, ainda na década de 50, foi um dos primeiros grandes investimentos do Japão na área de siderurgia após a Segunda Guerra Mundial. A associação é tratada por Tóquio como um assunto de Estado. O primeiro-ministro Shinzo Abe tem feito intensas gestões junto ao governo brasileiro para salvaguardar os interesses da Nippon Steel na Usiminas. Além do apoio de importantes minoritários da Usiminas, como Lírio Parisotto, a Nippon Steel tem a seu lado Benjamin Steinbruch. O empresário manobra de um lado para o outro da pista com o objetivo de driblar os obstáculos impostos pelo Cade. Dona de 12% das ONs da companhia mineira, a CSN está impedida de exercer seu voto no bloco de controle e ainda terá de se desfazer da sua participação até 2018. Seria um impeditivo intransponível não fossem as pressões que vêm do Olimpo. O governo também não morre de amores pela Ternium. Até porque a contrapartida para a desafeição é das mais convenientes: a saída do grupo ítaloargentino e o aumento da participação de Steinbruch abririam espaço para a associação entre a CSN e a Usiminas e a criação de uma grande produtora de aços planos. Seria um cavalo vencedor a feição das políticas praticadas pelo BNDES. Não satisfeita em ter tantos rivais, a Ternium também arruma os seus próprios problemas. Os sucessores de Agostino Rocca, um homem forjado na Itália de Mussolini, não são os anjos da Capela Sistina. A imagem do grupo ítalo-argentino no Brasil está vinculada ao que há mais de reprovável na história recente da Usiminas: manobras jurídicas abaixo da linha da cintura, gastos demasiadamente altos com gestores que ela própria indicou, denúncias de superfaturamento na venda de aço. Há quem diga que a própria tática da Ternium de estressar ao máximo a contenda com os demais acionistas teria como objetivo aumentar o problema para valorizar o preço da solução, ou seja, a venda de suas ações na companhia. A convivência se tornaria tão insuportável que o ágio a ser cobrado compensaria, e muito, a redução do valor patrimonial. A conferir.
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Mais um round no MMA da siderurgia
5/03/2015Mais um round no MMA da siderurgia: se a Nippon Steel exige que os três executivos indicados pela Ternium e afastados da gestão – Julián Eguren, Paolo Bassetti e Marcelo Chara – devolvam os bônus que receberam de forma supostamente irregular, os ítalo-argentinos cobram o retorno de parte dos valores pagos pela siderúrgica mineira aos japoneses a título de transferência de tecnologia. A Usiminas desembolsava cerca de R$ 50 milhões por ano até 2013.
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Show de mímica
2/01/2015Pergunta que não quer calar na Usiminas: os três ex-dirigentes – Julián Eguren, Marcelo Chara e Paolo Bassetti – que entraram na Justiça contra o atual presidente do Conselho de Administração, Paulo Penido, falam por conta própria ou apenas dublam a voz da Ternium em mais um ataque contra a Nippon Steel, responsável pela nomeação de Penido?
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Usiminas
18/12/2014A erosão dos preços do minério e a guerra societária entre Nippon Steel e Ternium mandaram o Projeto Compactos para a geladeira. Na Usiminas, não se ouve sequer um sussurro sobre a empreitada, que previa o aumento da produção própria de minério de 10 milhões para 17 milhões de toneladas/ano. Oficialmente, a empresa garante estar “aprofundando os estudos de engenharia” para definir a viabilidade do projeto.
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Brasil e Japão abençoam união de CSN e Usiminas
9/12/2014A mais esperada consolidação do setor siderúrgico nacional está se tornando uma questão de Estado. Aliás, uma dupla questão de Estado. A fusão entre a CSN e a Usiminas entrou na agenda bilateral dos governos do Brasil e do Japão – que recentemente, aliás, elevaram suas relações ao status de “parceria estratégica global”. Na esteira de uma série de outros investimentos conjuntos, em áreas como infraestrutura e construção naval, o primeiro ministro Shinzo Abe já manifestou seu apoio a associação entre as duas siderúrgicas. A operação é vista pelos japoneses como a melhor forma de salvaguardar os históricos interesses da Nippon Steel no Brasil. Neste caso, Benjamin Steinbruch é o homem certo no lugar certo. O ponto de partida seria a compra pelo empresário da participação da Ternium na Usiminas. Não custa lembrar que Benjamin já tem um pé fincado na siderúrgica mineira, com 14% das ações ordinárias e 20% das preferenciais. A saída dos ítalo-argentinos não apenas significaria o fim da sanguinolenta disputa societária na Usiminas – hoje na fronteira entre o noticiário econômico e o policial – como abriria caminho para a posterior fusão com a CSN. Neste caso, Benjamin e Nippon Steel passariam a controlar um grupo com capacidade de produção anual de 14 milhões de toneladas de aços planos, o equivalente a quase um terço do parque siderúrgico nacional. A rigor, a aproximação entre Benjamin Steinbruch e Nippon Steel poderá resultar não apenas em uma, mas em duas fusões. O acordo entre ambos abriria espaço também para uma combinação entre os ativos de minério de ferro da CSN e da Usiminas. Na prática, esta associação representaria um avanço em relação a reorganização societária da Namisa, em curso neste momento, e a retomada de uma parceria interrompida em 2011. Na ocasião, a Nippon Steel deixou o braço de mineração da CSN, um prenúncio da longa temporada de divergências entre Benjamin e seus sócios que viria nos anos seguintes e somente agora parece estar sendo debelada. Há menos de um mês, a CSN anunciou um acordo com o pool de siderúrgicas e tradings do Japão, Coreia do Sul e Taiwan que detém 40% da Namisa. O retorno da Nippon Steel ao palco daria um gás ao projeto de fusão entre a Namisa e a Casa de Pedra, o grande ativo mineral de Benjamin. O caminho natural seria a posterior associação desta nova empresa com a Usiminas Mineração, subsidiária que congrega as quatro jazidas da empresa mineira. Peneira daqui, peneira dali, esta tríplice associação daria origem a uma companhia com capacidade de produção de 70 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Todos estes movimentos passam pelos gabinetes de Tóquio e de Brasília. Se, do lado japonês, há todo o empenho do governo Shinzo Abe em desatar o imbróglio societário da Usiminas e fortalecer a presença da Nippon Steel no Brasil, do lado brasileiro estas operações poderão selar a reaproximação entre Benjamin Steinbruch e o Planalto. As relações esfriaram consideravelmente depois que o empresário adotou uma postura dúbia e sinuosa durante a campanha eleitoral. Agora, o momento pede pragmatismo, até pela necessidade do governo de reconstruir suas pontes com o empresariado. O apoio do BNDES a Benjamin para a compra da participação da Ternium na Usiminas permitiria a criação de um grande grupo siderúrgico e o fortalecimento do capital nacional no setor.
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Paridade
13/11/2014Ao câmbio do dia, será que o apoio de Benjamin Steinbruch a Nippon Steel na contenda societária da Usiminas não vale um aporte de capital dos japoneses na Namisa, o braço de mineração da CSN?
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Elo perdido
31/10/2014O presidente interino da Usiminas, Rômel de Souza, é uma estrela que sobe em meio ao caos societário da empresa. Ele tem sido um importante interlocutor entre a Nippon Steel e a Techint. É o único que consegue colocar panos molhados sobre a incandescente sociedade.
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Invasão asiática
30/10/2014O cluster asiático no capital da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) deverá ganhar mais dois integrantes. As japonesas Sojitz e Jogmec negociam sua entrada no império de nióbio dos Moreira Salles, onde já estão as conterrâneas Nippon Steel e JFA, a coreana Posco e cinco companhias chinesas.
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Usiminas
16/10/2014No meio da roupa suja que está sendo lavada publicamente entre a Nippon Steel e a Techint, controladoras da Usiminas, surgiram agora denúncias de superfaturamento na venda de aço. Se forem confirmadas, é como se a Usiminas também tivesse seu Paulo Roberto Costa.
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Brasil trata sua abstinência em terras raras
27/12/2013O Marco Regulatório para a Exploração e Mineração das Terras Raras foi, enfim, aprovado pelo Senado Federal, ainda que com mais de cinco décadas de atraso. Esses valiosos minérios que atendem por nomes esotéricos, como tório, lantânio, cério, samário, disprósio, itérbio e gadolínio, entre outros, são papa fina no mercado. Parte deles, como o césio e o tório, é radioativa, com potencial de uso em artefatos nucleares; outros têm utilização na eletroeletrônica de ponta. A lentidão brasileira na compreensão desta riqueza nacional permitiu que os chineses, hoje praticamente monopólicos na exploração desses minerais, com as maiores reservas do mundo, colocassem um pé no mercado brasileiro, através do consórcio comprador de parte da Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM). O potentado mineral foi um presente dado no governo militar, mais precisamente no período Médici, a Walter Moreira Salles – o embaixador gostava de dizer que o melhor negócio em suas mãos não era o banco, mas o nióbio, matéria-prima estratégica para a metalurgia de ligas de aço de alta resistência. Ingressaram no capital da CBMM com participação minoritária as japonesas Nippon Steel e JFA, a coreana Posco e as chinesas Citic Group, Anshan Iron & Steel Goup Corporation, Baosteel Group Corporation, Shougang Corporation e Tayuan Group Corporation. Reza a lenda que os chineses detêm a maior participação no consórcio, que, por sua vez, teria uma opção de compra do controle por uma fábula de dinheiro. O negócio vale cada dobrão investido, não somente por se tratar do maior complexo industrial e mineral de nióbio do mundo, mas também por estar encravado em um continente de terras raras. Em outra ponta, a Vale é quem se organiza para explorar suas reservas do minério. Na compra da Fosfertil junto a Bunge, a “princesinha da mineração” levou de lambuja uma imensa jazida de terras raras envolvida com o papel de embrulho do fosfato abundante na região de Araxá (MG). Esse descaso com a riqueza quase custou a degola de cabeças no alto comando da Bunge. Paciência, agora é tudo da Vale, que pretende também atrair um parceiro minoritário para o projeto, conforme tem sido a política do presidente Murilo Ferreira de diluir os riscos. Deposita-se, inclusive, na Vale a grande expectativa de vingar tantas décadas de leniência com as terras raras, que, em meados do século passado, eram levadas junto com a areia monazítica para servir de “lastro” em embarcações estrangeiras.
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Benjamin Steinbruch é o Kill Bill da Techint
24/09/2013Benjamin Steinbruch deve se olhar no espelho e dizer: “O Rocca aqui sou eu”. Para os não versados, a imagem refletida é a de Milanesi Agostino Rocca, fundador do Grupo Techint, mais conhecido no Brasil por controlar a Usiminas. Todos os principais negócios dos ítalo-portenhos no país têm esbarrado em Benjamin. É o caso da investida sobre a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). O grupo, que tratava a compra da CSA como a sua grande aposta de crescimento no Brasil, foi jogado para fora da estrada pelo barão do aço, hoje o principal candidato a aquisição da usina fluminense. Benjamin parece uma assombração perseguindo os descendentes dos Rocca com um fino estilete de aço forjado na CSN. Nas últimas semanas, os ítalo-portenhos tentaram negociar um cessar fogo com o empresário no bilionário contencioso envolvendo a Usiminas. O litígio envolve a posição de Benjamin na siderúrgica, leia-se a participação de 12% no capital ordinário, e o ingresso da Techint no bloco de controle da empresa, no início de 2012. O empresário entrou na Usiminas para ser dono, mas foi preterido pelos japoneses da Nippon Steel, também sócia da siderúrgica, em favor da Techint. Na ocasião, o coro mundial dos analistas perguntava: “Oh, o que Benjamin vai fazer com uma operação de portfólio?”. Pouco mais de um ano depois, a resposta está dada: o dono da CSN alega que o desembarque da Techint na Usiminas configurou mudança de controle. Portanto, exige dos ítalo-argentinos o pagamento do tag along. Com base no valor que o grupo desembolsou pelas suas ações, o espeto pode chegar a R$ 5,3 bilhões – só Benjamin ficaria com aproximadamente R$ 1,8 bilhão. Até aí, grande parte da história já foi contada, de uma forma ou de outra. Mas o RR apurou, de primeiríssima mão, que a Techint acenou com o pagamento de até 40% do valor exigido por Benjamin e pelos demais minoritários. O barão não quis nem saber. A mesma fonte garante que ele fará a última geração dos Rocca sangrar aço líquido fervente. Ou seja: nada de acordo. A Techint vai ter de pagar a cifra reclamada, a não ser que aceite uma convivência bem mais próxima com Benjamin. Restaria convencer os japoneses de que uma consolidação CSN/Usiminas, com minério de ferro saindo pela janela, seria um bom negócio para todos. Tanto a Techint quanto os nipônicos sabem que essa associação não só agradaria ao governo brasileiro como permitiria ganhos de sinergia de toda ordem. E, principalmente, tiraria Benjamin Steinbruch de cima do seu cangote. O empresário opera dentro da Usiminas como se fosse uma versão da NSA voltada ao setor siderúrgico. Em tempo: em pelo menos um front, Techint e Benjamin Steinbruch estão empatados: ambos figuram no índex do governo do Rio de Janeiro. A transferência da sede da CSN de Volta Redonda para São Paulo nunca foi perdoada pelas autoridades do estado. Assim como é provável que o governo fluminense jamais perdoe a decisão da Techint de abandonar o projeto de instalação de uma siderúrgica no Porto do Açu. Não há empresa que saia ilesa após uma desfeita como essa, sobretudo em ano pré-eleitoral. Esse empate, no entanto, pode ser efêmero. Se levar a CSA, Benjamin volta a ser queridinho pelo governo do Rio. Já a Techint dificilmente conseguirá virar esse jogo.
Acervo RR
CSA e Usiminas puxam as peças do xadrez siderúrgico
26/07/2012A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) pode ser o pivô do redesenho da indústria siderúrgica nacional, que hoje vive o risco de ficar povoada de mausoléus ? leia-se usinas obsoletas, com baixa escala e reduzida perspectiva de investimento. A Usiminas é o melhor exemplo das siderúrgicas que estão virando sucata e cujo futuro depende de uma rearrumação das peças do setor. A companhia mineira é um buquê de ineficiências. Tem problemas de defasagem tecnológica, abriu frentes em demasia, sofre com a baixa capacidade de comercialização e tropeça em um esquema de logística fragmentado, com dificuldades junto a parceiros. A lista de corrosivas limitações da Usiminas inclui ainda a reduzida escala para os atuais padrões de competitividade do mercado e uma rentabilidade minguante e inferior a da concorrência. No ano passado, seu lucro já havia despencado 74% em relação a 2010. Nos primeiros três meses deste ano, sua performance degringolou. Entre janeiro e março, a empresa amargou prejuízo de R$ 70 milhões, contra perdas de R$ 26 milhões em igual período em 2011. Para efeito de comparação, a CSN também teve um declínio em seu desempenho, mas, ao menos, conseguiu ficar no azul no primeiro trimestre – o lucro caiu de R$ 617 milhões para R$ 110 milhões. Não bastassem esses atributos negativos, a grande aposta da Usiminas – a compra da J. Mendes, que permitiria o autossuprimento de minério de ferro – revelou-se muito aquém da expectativa. O minério é de baixo teor e seu custo de frete, um despropósito. Para se ter uma ideia, a Vale paga cerca de US$ 3 por tonelada no transporte da commodity. A Usiminas gasta dez vezes mais, algo próximo dos US$ 30 a tonelada. Quem chora pitangas com essa operação siderúrgica é a Ternium, que comprou caro uma siderúrgica enferma. O melhor dos mundos para o grupo ítalo-argentino seria voltar no tempo, mas, como este pacto com Cronos não é possível, a segunda boa hipótese é deixar o controle da Usiminas. Uma alternativa idealizada para a Ternium e a Usiminas seria uma dança das cadeiras envolvendo CSN e CSA. O grupo ítalo-argentino venderia sua participação na siderúrgica mineira a Benjamin Steinbruch, que já está apinhado de ações da empresa, mas não conseguiu entrar no bloco de controle. Ressalte-se que a CSN preenche as principais lacunas da Usiminas. Tem minério de boa qualidade e logística inteiramente equacionada. O ônus de quem fica, notadamente a Nippon Steel, seria conviver com Benjamin no Conselho. A incorporação da CSA, por sua vez, permitiria a Ternium criar o grande bloco de empresas siderúrgicas do Sudeste, partindo- se da premissa de que os ítalo-argentinos têm o compromisso e vão construir um smelter com capacidade para oito milhões de toneladas no Porto do Açu, no Norte Fluminense. Não faltariam ao grupo nem minério – leia-se a Vale, sócia da CSA – nem logística, nem escala. A montagem dessa engenharia é complexa. E, como toda a negociação de grande porte na indústria brasileira, passaria pelo BNDES. De qualquer forma, parece fazer mais sentido do que a hipótese de compra da CSA pela Ternium e pela Nippon Steel, trazendo a reboque no consórcio a enferrujada Usiminas. Se as partes se guiassem pela lógica, o que não necessariamente é intrínseco ao mundo dos negócios, o troca-troca começava já. Em tempo: neste tabuleiro, haveria, sim, a hipótese Jorge Gerdau. Mas, como se sabe, ele sempre quer levar tudo de graça.
Acervo RR
Abílio, Adriano, Benjamin e Silvio
3/08/2011Há um pouco de Abílio em Schincariol e de Adriano em Diniz. Porém, existem exceções. Se, por um lado, Abílio conseguiu detonar antes a família para só então se arriscar em ousadas operações com o Pão de Açúcar, por outro Adriano vendeu seu quinhão sem ser exposto em praça pública, não obstante seguir com a parentada da oposição dentro de casa. Diferença fundamental pró- Adriano: ele negociou o que era seu, e não espuma com colarinho grosso, o que o supermercadista tem para dar e vender. —Benjamin Steinbruch avança na Usiminas. Dono de 10,8% das ordinárias, está prestes a fisgar, de uma só vez, um lote de 3% pertencente a um fundo de investimentos. Se os japoneses da Nippon Steel enxergassem um pouco além do Pacífico, compravam quilos de antidistônico para consumo próprio, aceitavam Benjamin em núpcias e saiam gritando “Tora, Tora, Tora!”. Essa aparente lisergia valeria nada mais, nada menos do que o prêmio de ver a ArcelorMittal bem longe nos espelho retrovisor. — Diante das câmeras, Silvio Santos abre o tradicional sorriso e insiste em dizer que não vende a fabricante de cosméticos Jequiti. Na coxia, no entanto, conversa, entredentes, com Avon e Hypermarcas. As duas empresas já manifestaram, inclusive, o interesse de que o empresário permaneça no capital da empresa como minoritário. Ao manter o cordão umbilical com Silvio Santos, Avon e Hypermarcas entendem que será mais fácil garantir que o apresentador siga como garoto-propaganda da Jequiti em seus programas no SBT.
Acervo RR
Gerdau e Usiminas é aço forjado no próprio Planalto
25/03/2011Jorge Gerdau está cumprindo missão. A investida da Gerdau sobre as ações dos funcionários da Usiminas e os planos de fusão com a Açominas são apenas da missa a metade. Por trás deste enredo, há um chamamento do Planalto para uma operação muito maior. Para aqueles que se arrepiam com a estratégia do BNDES em criar conglomerados com inserção competitiva no exterior, vem aí mais um capítulo. O projeto do governo é fomentar a associação entre a Gerdau e a Usiminas e criar um agente consolidador do setor siderúrgico não apenas no Brasil, mas, sobretudo, com perspectiva internacional. Juntas, as duas empresas poderiam disputar a compra de empresas no exterior. Um dos alvos seria a Ternium, braço siderúrgico do grupo ítalo- argentino Techint, que também chegou a se candidatar a aquisição das ações dos funcionários da Usiminas. Juntas, as três empresas formariam um conglomerado com produção anual de 35 milhões de toneladas de aço, plantas no Brasil, Estados Unidos, México, Argentina e Colômbia, e faturamento equivalente a R$ 60 bilhões. Curiosamente, há pouco mais de um mês, a própria Usiminas vendeu sua participação de 14,2% no capital da Ternium. . Para que a associação com a Usiminas seja concretizada, a Gerdau terá de avançar também sobre as ações da Camargo Corrêa e dos Ermírio de Moraes no bloco de controle da Usiminas. No entanto, esta operação não será apenas um acordo entre compadres do baronato empresarial. Toda esta engrenagem tem ainda duas peças fundamentais: o BNDES e a Nippon Steel. O banco entraria na operação com duplo chapéu: como acionista, ingres sando no bloco de controle da Usiminas, e como financiador da própria compra da Ternium ou de outras siderúrgicas no exterior. Os japoneses, por sua vez, cederiam parte de suas ações para o desembarque da Gerdau e do BNDES no controle da siderúrgica mineira. Guardadas as devidas proporções, a Nippon teria uma condição semelhante a da Mitsui na Vale. A siderúrgica japonesa permaneceria com uma posição estratégica na empresa mineira. A redução da sua fatia societária seria amplamente compensada pela participação em um grupo de porte ainda maior. Mal comparando, seria uma negociação a la Oi, em que todos cederiam um pouco daqui e dali em nome de uma operação de grande envergadura. Para Jorge Gerdau, este projeto seria a concretização de um sonho. O empresário, que sempre teve complexo por ser chamado de fabricante de vergalhão e arame, entraria no segmento de aços planos. Seria uma promoção de tenente para marechal. Se, na visão do Planalto, a Gerdau deve ser o cavalo vencedor, o páreo já começa com um grande perdedor. A intenção do governo de estimular a associação entre a Gerdau e a Usiminas é um tiro na femoral de Benjamin Steinbruch, que também alimenta a pretensão de comprar a siderúrgica mineira. Como de hábito, o empresário pecou pelo estilo. Benjamin entrou no negócio dando uma tesoura voadora. Comprou participações da companhia em mercado, soltou um comunicado sobre o seu interesse em ingressar no bloco de controle da Usiminas e desdenhou conversar com os japoneses. Não bastasse a ausência de tato, faltou ainda o principal: contar com a simpatia do governo.
Acervo RR
Benjamin Steinbruch reencontra o óbvio perdido
3/02/2011A investida da CSN sobre a Usiminas é uma operação capaz de mover placas tectônicas não apenas na siderurgia, mas também em outros três importantes setores da economia: as áreas de cimento, de mineração e de energia. Tudo em razão dos personagens e do modelo emvolvidos na negociação. Benjamin Steinbruch estaria disposto até a abrir mão de seus ativos na área cimenteira para ingressar no bloco de controle da Usiminas e se transformar no maior player siderúrgico do país. Steinbruch aceita colocar suas usinas de cimento sobre a mesa em uma negociação para a compra das participações da Camargo Corrêa e da Votorantim, as únicas portas de entrada no controle da companhia mineira ? uma vez que a Nippon Steel não tem qualquer interesse em se desfazer de sua posição estratégica na siderúrgica. Os ativos da CSN dariam liga a formatos híbridos de negócio. Um deles envolveria parte do pagamento cash e parte com a transferência das fábricas de cimento. Em outro modelo, a Camargo Corrêa e o Votorantim teriam acesso a escória gerada na aciaria da Usiminas, garantindo matéria-prima para a produção de cimento. CSN e Usiminas protagonizam uma crônica da fusão anunciada há mais de uma década. O namoro começou na época das privatizações. Posteriormente, quando ainda estavam no bloco de controle da usina mineira, Bradesco e Vale passaram a ser vistos como janela para o ingresso da CSN no capital da empresa. Mais recentemente, a frente do BNDES, Carlos Lessa tentou emplacar a fusão entre as duas siderúrgicas, também sem sucesso. Steinbruch tem moeda de troca e dinheiro em caixa para ressuscitar o projeto. Em jogo, a possibilidade de se tornar o maior siderurgista do país. Juntas, CSN e Usiminas produzem 10,5 milhões de toneladas por ano. Com os planos de expansão da siderúrgica mineira e o projeto de duplicação da usina de Volta Redonda, a nova empresa atingiria uma capacidade superior a 16 milhões de toneladas em até quatro anos. Deixaria para trás a ArcelorMittal, cuja produção está na casa dos 13 milhões de toneladas. Para completar, Benjamin estaria sentado sobre uma significativa reserva de minério de ferro, juntando-se Casa de Pedra com as quatro jazidas da siderúrgica mineira em Serra Azul (MG). Além de redesenhar o equilíbrio de forças no setor siderúrgico, a operação teria impacto na área cimenteira. Ao herdar os ativos da CSN, incluindo os projetos para a construção de três novas fábricas, o Votorantim ficaria ainda mais folgado na liderança do setor. A Camargo Corrêa, por sua vez, teria um trunfo na disputa que trava com o Grupo João Santos e a Holcim pelo segundo lugar no ranking. Completando o seu múltiplo efeito, o movimento da CSN teria o poder ainda de rearrumar as peças no tabuleiro da energia elétrica, criando mais um grande grupo no setor. Com os recursos amealhados com a venda de suas ações na Usiminas, a Camargo Corrêa ganharia ainda mais musculatura para disputar a compra da Neonergia, abrindo caminho para a sua posterior fusão com a CPFL. Estima-se que os herdeiros de Sebastião Camargo precisariam de quase R$ 9 bilhões para consumar a operação. Ressalte-se ainda que a associação entre a CSN e a Usiminas conta com a simpatia do governo, notadamente do BNDES. Além de permitir a criação de um grande grupo siderúrgico de controle nacional, a negociação possibilitaria a redução das importações de aço, assunto que tem mobilizado o governo.
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Usiminas
26/03/2010Só a milenar paciência oriental contém os japoneses da Nippon Steel de transformar a Usiminas em uma Pearl Harbor siderúrgica. Aquilo está uma bagunça só.