Tag: Gabinete de Segurança Institucional

Política

Lula deve encontrar protestos na Bahia

17/01/2024
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O Gabinete de Segurança Institucional vai reforçar a vigilância para a visita de Lula à Bahia nesta quinta-feira. O presidente é popular no estado, porém, foi detectado que os trabalhadores da Caraíba Metais preparam uma grande manifestação em Camaçari, por ocasião da cerimônia de implantação do Centro de Tecnologia Aeroespacial da Bahia. Em recuperação judicial, a empresa vem atrasando o pagamento de salário dos empregados, inclusive o décimo-terceiro. A empresa admite dificuldades, mas atribui ao fato de que a sua controladora, a Paranapanema, não conseguiu se desfazer de ativos que permitem capitalizá-la, para retomar o fôlego produtivo. A empresa opera com cerca de 30% de sua capacidade. A Caraíba é o única forte smelter de cobre no Brasil, mas os sócios não estão dispostos a colocar mais dinheiro na empresa, o que agravou a sua situação. Aliás, a Caraíba é um case de dificuldade empresarial desde a sua privatização. Ou seja, a suposta receita para todos, às vezes não dá certo para alguns.

Em contato com o RR, o GSI afirmou que “no cumprimento de suas competências legais, adota todas as providências para zelar pela segurança das autoridades protegidas, com a colaboração dos órgãos de segurança pública federais e estaduais”.

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Caminhoneiros no radar do GSI

15/07/2021
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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) intensificou o monitoramento dos sindicatos de caminhoneiros. Fonte da área de Inteligência informou a RR que o GSI acompanha, desde o último fim de semana, líderes da categoria. Eles têm discutido a possibilidade de uma greve de advertência. A probabilidade de uma paralisação vem crescendo entre os sindicalistas. Seria uma reação ao aumento médio de R$ 0,10 nos preços do diesel anunciado na semana passada. As atenções do GSI estariam voltadas, sobretudo, para São Paulo e Rio Grande do Sul, onde os caminhoneiros, nos últimos tempos, têm se mostrado mais hostis ao governo. Foram os dois estados que articularam a fracassada tentativa de paralisação da categoria no fim de janeiro. Procurado pelo RR, o GSI informou que “não irá se pronunciar, positiva ou negativamente, por se tratar de assunto de Inteligência de Estado”.

Por falar em caminhoneiros – e em “monitoramento”, a decisão de Jair Bolsonaro de demitir Roberto Castello Branco da Petrobras teve menos relação com a política de preços da estatal e mais a ver com a antipatia do presidente pelo executivo. Desde que o general Joaquim Silva e Luna assumiu o comando da estatal, em abril, os valores dos combustíveis subiram, na média, 2%. Bolsonaro sempre implicou com o estilo sofisticado e independente do ex-presidente da Petrobras. Castello acreditou na promessa de Paulo Guedes de que teria autonomia na gestão da empresa. Bulhufas! Para subir ou descer os preços dos combustíveis, quem quer que seja, tem de pedir benção a Bolsonaro. Na verdade, ao tirar Castello Branco do comando da Petrobras, Bolsonaro buscou infiltrar na empresa um quadro fiel aos seus interesses. Talvez já de olho na maior verba de comunicação do país para as eleições de 2022…

#Gabinete de Segurança Institucional #Jair Bolsonaro #Petrobras

Governo estuda criar “gabinete permanente de intervenção” na segurança pública

11/01/2019
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Está sendo discutida dentro do aparelho de Estado, notadamente entre o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o Ministério da Defesa, a proposta de criação de uma espécie de “gabinete permanente da intervenção”. O projeto parte da premissa de que será inexorável, no futuro próximo, uma maior ingerência do governo federal sobre a segurança pública nos estados. Os cenários traçados no âmbito do GSI e da Defesa contemplam a possibilidade cada vez maior de a Presidência da República ter de decretar intervenções – eventualmente simultâneas – em unidades da federação para enfrentar o crime organizado.

As recentes erupções de violência no Ceará, Espírito Santo e Pará são bons exemplos. Esta nova instância ficaria dentro do Exército. Um dos motivos para o surgimento deste gabinete seria acomodar a hierarquia e geopolítica da intervenção. Procurado pelo RR, o GSI informou que “desconhece tal proposta de criação de um ‘gabinete permanente de intervenção'”. Também consultado, o Ministério da Defesa disse que “devido às demandas com a passagem de Comando do Exército, não será possível atender no tempo solicitado”. O Exército também não se pronunciou até o fechamento desta edição.

Reza o protocolo que a chefia das operações cabe ao Comandante Militar da respectiva região. Assim foi no Rio de Janeiro, onde as tropas militares que atuaram na segurança pública foram lideradas pelo General Braga Netto, chefe do Comando Militar do Leste. No caso, por exemplo, de intervenções concomitantes no Ceará, Pará e Espírito Santo, este novo gabinete teria um caráter transversal dentro do aparato de Segurança. Sua missão seria fazer o liason entre os Comandos Militares do Nordeste, Norte e Leste, além da interação com as demais esferas de governo envolvidas diretamente com a questão, notadamente GSI, Defesa e Ministério da Justiça.

Um dos nomes cotados para ser este “secretário da intervenção” dentro da estrutura militar é o General Richard Nunes. O oficial carrega a experiência do Rio de Janeiro. Foi o Secretário de Segurança do estado durante a intervenção federal ao longo de 2018. Segundo a fonte do RR, na avaliação do GSI e da Defesa, os ataques registrados no Ceará, Pará e Espírito Santo estão longe de ser tratados como uma questão trivial.

Pode até parecer teoria conspiratória, mas a área de Inteligência do Exército vê fortes indícios da participação de grupos terroristas internacionais, notadamente sul-americanos, nos atos de violência verificados nos três estados nas últimas semanas. Consultado especificamente sobre a ação de terroristas, o GSI disse que “não se pronuncia a respeito de assuntos que envolvam a Inteligência”. No aparelho de segurança do governo, o entendimento é de que existe um risco considerável de que esses ataques se alastrem de forma rápida e orquestrada para outras regiões.

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