Cabe um general na chapa de Lula?

  • 11/03/2021
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Por mais inusitado que possa parecer, em meio a uma torrente de recomendações, Lula já ouviu o aconselhamento de que o seu vice-presidente em 2022 seja um oficial militar. Alguém como o general Santos Cruz, que teria um enorme efeito simbólico, dada a sua alta respeitabilidade nas Forças Armadas e a sua postura crítica ao presidente Jair Bolsonaro. A hipótese de um militar na chapa estaria cheia de senões: um deles seria a repetição de Bolsonaro, que tem um general como vice-presidente.

O outro obstáculo seria a aceitação da ideia dentro do próprio PT, que poderia enxergar a iniciativa como uma espécie de rendição: ou seja, uma “Carta aos Militares” em vez de ao povo brasileiro. Mesmo que a candidatura não esteja posta, as conjecturas de como seria um futuro governo já estão em marcha. Com o pronunciamento de Lula ontem, ficou claro que existem dois estamentos que serão objeto de especial atenção de sua parte: os empresários e o aparelho de segurança, leia-se as Forças Armadas, a Guarda Nacional e as polícias.

No passado, em 2002, Lula contemplou um empresário para compor sua chapa. Era preciso conquistar a Avenida Paulista. No presente, o desafio é se aproximar dos quartéis. Seria uma forma de desmontar um dos principais ativos políticos de Bolsonaro. O presidente é useiro e vezeiro em tratar as Forças Armadas como se fossem suas apoiadoras. Ainda há muita estrada pela frente para que a especulação se materialize. Mas, a fonte do RR é um conhecido interlocutor do ex-presidente Lula.

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