Um fundo de esperança para a gestão de Regina Duarte

  • 12/05/2020
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A secretaria de Cultura, Regina Duarte, pescou uma ideia em meio ao monumental esculacho que o roqueiro Lobão lhe aplicou nas redes sociais. Calou fundo em Regina a possibilidade de liderar um ambicioso projeto que juntasse arrecadação de fundos para a classe artística, que está à míngua – inclusive, et pour cause, com casos de suicídio – e entretenimento para os que se encontram confinados. A iniciativa seria inspirada no programa Criança Esperança, da TV Globo.

Ela envolveria verbas do governo, apoio do setor privado e participação de varias mídias, notadamente televisivas. Trata-se da realização do festival brasileiro de arte e cultura. O evento duraria uma semana. Cada dia seria dedicado a uma manifestação: música, teatro, cinema, circo, poesia etc. Os recursos seriam carreados para o fundo “Artista é Esperança”, destinado a apoiar profissionais das varias artes que se encontram em dificuldades. A ideia é mesmo boa.

Mas, viabilizá-la é que são elas. Reunir os veículos televisivos – Globo, Record, SBT – em um projeto comum é uma missão que exige raro poder de galvanização. E sensibilizar os artistas de diferentes matizes políticas exige trânsito e liderança junto à classe artística, algo que, se um dia teve, Regina perdeu com a desastrada entrevista para CNN, na qual tratou a tortura como um ato trivial. Mas, o exército de Brancaleone da Cultura está debruçado sobre a ideia, estudando formas de realizá-la. Tomara que avance na intenção. A classe artística – não confundir com os superstars do setor – é uma das maiores prejudicadas com a pandemia. Como diz o Grande Lobo, as artes são a alma de uma Nação. Um projeto grandioso desses talvez, e ressalte-se a duvidança, fosse capaz de redimir em parte a barbaridade cometida pela ex-namoradinha do Brasil.

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