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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, deverá viajar à Arábia Saudita ainda neste mês na tentativa de desarmar uma bomba-relógio que ameaça o agronegócio e a balança comercial. A missão de Maggi é reverter as exigências do governo árabe para a importação de carne de frango do Brasil. A principal imposição é o fim do uso da técnica conhecida como insensibilização elétrica. Maggi seguirá munido de relatórios técnicos para comprovar que o processo não resulta na morte das aves – o que feriria os preceitos da religião muçulmana.
Segundo o RR apurou, as autoridades árabes já sinalizaram que poderão suspender as importações a partir de junho, o que provocaria um enorme baque no setor. A Arábia Saudita é a maior compradora mundial de frango brasileiro, respondendo por 16% dos embarques nacionais, ou algo em torno de US$ 1 bilhão. O Ministério da Agricultura trata o assunto como de alta gravidade. Em março, uma primeira missão liderada pelo secretário executivo da Pasta da Agricultura, Eumar Novacki, com a presença de representantes da indústria, foi a Riad negociar com autoridades árabes a flexibilização das exigências.
No entanto, não houve acordo. Há um temor no governo de que a interrupção dos embarques para Arábia Saudita gere uma onda de demissões nos frigoríficos brasileiros. A situação se torna ainda mais delicada devido ao embargo da União Europeia a 20 frigoríficos brasileiros. Esta conjunção de fatores tem provocado um perverso efeito dominó sobre a cadeia de produção. Só em abril o preço da carne de frango caiu 8%. A cotação do milho recuou 2,3%. Os frigoríficos, por sua vez, pisam no freio.
A BRF, por exemplo, vai reduzir seus abates de frango em mais de um milhão de toneladas ao longo de maio. Três unidades da companhia entrarão em férias coletivas. Outros grandes grupos, como a Aurora, vão pelo mesmo caminho. Entre as empresas de menor porte, como não poderia deixar de ser, a situação é ainda mais delicada. Frigoríficos do Sul já acenam com demissões a partir de junho.
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