Arquivos Congresso - Relatório Reservado

Tag: Congresso

Política

Governo tira uma arma das mãos do Congresso

21/10/2025

Ao criar o programa Município mais Seguro, que será oficialmente lançado amanhã, o…

#Congresso

Governo

Marina Silva não ganha uma no Congresso

7/08/2025
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deverá sofrer uma nova derrota política. A proposta que destina parte da arrecadação da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) a iniciativas de proteção ambiental enfrenta crescente resistência no Congresso Nacional e corre o risco de ser engavetada. Em discussão na Comissão de Minas e Energia da Câmara, o projeto de lei 1.277/2024, que prevê a destinação de 5% dos recursos da CFEM para órgãos ambientais municipais, foi retirado de pauta após divergências entre parlamentares. Embora o relator Joaquim Passarinho (PL-PA) tenha tentado um meio-termo — priorizando ações de recuperação de passivos ambientais — a reação de prefeitos, deputados da base e parlamentares da bancada da mineração foi de forte oposição.
O pano de fundo é a crescente insatisfação de lideranças políticas e empresariais com a atuação do Ministério do Meio Ambiente, acusado por alguns parlamentares de tentar impor uma “agenda ideológica” e de cercear a autonomia dos municípios mineradores quanto ao uso dos recursos da CFEM. Parlamentares pregam que a vinculação de parte da Contribuição a finalidades ambientais representaria uma interferência inaceitável na gestão local e uma camisa de força no orçamento dos municípios que dependem dos recursos.
Se confirmada, a rejeição do projeto aumentará a já robusta coleção de reveses de Marina Silva. Em 2003, logo no início do governo Lula, a estrutura do Ministério do Meio Ambiente foi desidratada, com a redução dos poderes de veto do Ibama. Na sequência, os parlamentares aprovaram uma lei que afrouxou a proteção da Mata Atlântica. Logo depois, o Congresso liberou a venda de determinados agrotóxicos até então proibidos no país. Mais uma derrota da ministra do meio Ambiente. Para não falar do marco temporal das terras indígenas. Marina trabalhou intensamente contra o projeto. De nada adiantou. A medida foi aprovada no Congresso.

#Congresso #Marina Silva

Governo

Congresso (sempre ele) pressiona por aumento do limite em free shop terrestres

15/07/2025
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Mais um embate entre o ministro Fernando Haddad e o Congresso: a equipe econômica é contra à ampliação do limite das compras em free shops terrestres. A proposta em debate prevê o aumento do teto de US$ 500 para US$ 1.000, igualando ao limite do duty free em aeroportos. O argumento dos assessores de Fernando Haddad é que a isenção representará perda direta de arrecadação, no momento em que o governo cata farelos de dinheiro em tudo que é canto. A pressão maior pelo aumento da isenção vem da bancada do Rio Grande do Sul – o estado concentra 25 free shops terrestres das 36 unidades existentes no país.

#Congresso #Fernando Haddad

Economia

Governo quer dividir com o Congresso o custo do IOF

12/06/2025
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O ministro Fernando Haddad está disposto a voltar logo na semana que vem à mesa de negociações com o Congresso Nacional para tratar do bloqueio do IOF. Conforme o RR disse, os parlamentares sabem que, se o governo espremer o limão das verbas públicas, ainda sai caldo. A ideia é manter alguma parcela do IOF, até para não dizer que o governo arregou de vez. Para isso cataria milho em alguns recursos públicos para tangenciar os lobbies considerados incontornáveis no Congresso. O esforço caracterizaria a boa vontade de ambas as partes. O governo tem alguma gordura para cortar, mas preferia aproveitar o bonde do IOF para “arrumar”, ainda que em uma pequena dosagem, a algaravia tributária que reina nos fundos de investimento. Ocorre que a pequena dosagem, na verdade uma redistribuição de recursos quase salomônica frente às necessidades orçamentárias, ainda foi suficiente para dobrar a disposição dos hegemônicos grupos de interesse que querem manter a integridade do seu quinhão. Seria uma rentabilidade intocável. Note-se que uma parcela da base do PT no congresso defende a cassação do IOF. A boa vontade manifesta pelo governo seria a solução para que ninguém saísse da contenda como derrotado. E também uma forma de poupar o ministro Fernando Haddad de uma fritura em óleo cada vez mais fervente.

Uma derrota acachapante no Congresso também faria parte dos planos da Faria Lima, que quer apertar o governo até o raiar das eleições presidenciais. Nas palavras de um banqueiro ao RR, as instituições financeiras e seus satélites não admitem a reeleição de Lula de “maneira nenhuma”. O instrumento para torturar o governo seria sua própria invenção: o arcabouço fiscal. Mas tem ou não tem dinheiro livre de contenda no orçamento? Ainda em maio, o governo mostrou o caminho das pedras: resgatou R$ 1,4 bilhão dos fundos Garantidor de Operações (FGO) e do Fundo de Garantia de Operações de crédito educativo. São apenas partículas pensando no montante necessário para compensar a metade perdida do IOF (R$ 10 bilhões em 2025 e R$ 20 bilhões em 2026) caso o Congresso aceite a proposta. Alguns gastos passíveis de corte com um mínimo de arranhão nas bancadas que dominam o Congresso completariam a contrapartida na navalhada na metade do IOF. Mas haja criatividade e lupa para construir esse mosaico. Por essas e outras, que o diretor de Planejamento do BNDES, Nelson Barbosa, um dos quadros mais inventivos do PT na área econômica, foi visto circulando em áreas decisivas para a solução do imbróglio. Mais do assunto o RR se permite o direito de não avançar.

#Congresso #IOF

Política

Bancada ruralista promete passar o trato em veto de Lula sobre o Fiagro

22/01/2025
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O governo Lula, ao que parece, comprou mais uma derrota no Congresso. O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), diz em petit comitê já ter 50 votos garantidos no Senado para derrubar o veto do presidente Lula à desoneração do Fiagros (Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas do Agronegócio). Basta maioria simples, ou seja, 41 senadores, para a sanção presidencial ser enterrada na Casa.

#Bancada Ruralista #Congresso #governo Lula

Infraestrutura

Mudança na Lei dos Portos provoca um maremoto no Congresso

11/11/2024
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Grandes grupos de navegação atracaram no gabinete de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Buscam o seu apoio para brecar a proposta de mudança da Lei dos Portos. Do outro lado do píer está o presidente da Câmara, Arthur Lira, que montou a Comissão de Juristas responsável pela elaboração do projeto. Os armadores prometem fazer barulho, seja por meio de forte lobby político, seja com a judicialização do caso. Nos bastidores, representantes das companhias de navegação sussurram que Lira joga o jogo dos operadores portuários, e a proposta teria sido feita on demand para atender o setor. De fato, até o momento, as poucas vozes satisfeitas com o anteprojeto encaminhado ao presidente da Câmara vêm dos terminais portuários. Até o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, já se manifestou contra as mudanças.

#Congresso #Ministério dos Portos #Senado

Política

Brasil sofre da “Síndrome de Reformite Aguda”

17/07/2024
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Para implementar uma das carradas de projetos reformistas sugeridos por políticos, analistas, especialistas e oportunistas que repetem serem as reformas a única salvação do país, pergunta-se: qual delas, em que prazo, com qual apoio? Sem dúvida, qualquer uma delas ajudaria a combater a disfuncionalidade do Estado. Mas, até que uma seja a eleita prioritária, é preciso alguma unanimidade sobre quem puxará o pelotão de frente. No momento, o Brasil sofre de “reformite”, uma enfermidade comum em quem cobra reformas e não tem soluções políticas para a sua implementação. Por enquanto, temos meia reforma, a tributária, e uma já feita, mas que já depreciou, a previdenciária.

Com o auxílio de ferramenta da Knewin, maior empresa de monitoramento de mídia da América Latina, o RR levantou quantas vezes o tema prioridade das reformas – federativa, administrativa, educação, saúde, fiscal e, novamente, a previdenciária – foi citado ao longo da última década. A análise abrangeu 2.040 veículos da imprensa. Pois, espantem-se: mais de um bilhão de menções – ressalte-se que as redes sociais não estão contabilizadas nesse cálculo. Caso fosse possível converter o total de registros em número de cidadãos, o contingente seria muito superior à lotação de todos os estádios de futebol do país. Portanto, brasileiros, uni-vos, se entendam, pressionem o Executivo, o Judiciário, o Congresso, façam um referendo, joguem na loteria, mas parem de dizer em vão o “santo” nome das reformas.

#Congresso #Política #Reforma

Governo

A falta que o velho Lula faz ao Lula “velho”

24/06/2024
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Ninguém diz a Lula, nem mesmo a Janja, mas há um consenso entre seus colaboradores mais próximos, dos antípodas Rui Costa e Fernando Haddad a Aloizio Mercadante e à própria desvairada Gleisi Hoffmann, que o presidente tem de falar menos para a população e mais para dentro dos Poderes no seu governo. Ele teria de ir mais ao Congresso defender o arcabouço fiscal, mostrar que entende da regra, falar sobre o horror que representa a volta da inflação; teria de se reunir com o STF em busca de declarações de apoio a princípios e medidas unânimes e urgentes; teria de se dirigir mais ao seu próprio Executivo, reforçando a mensagem que sem o ajuste fiscal hoje o ajuste futuro será muito pior. Onde está o Lula que se expunha todos os dias e dava nó em pingo d’água? O senador Jaques Wagner, um dos interlocutores mais próximos do presidente, canta a pedra: “Esqueçam. O Lula de hoje não igual ao que vocês conheceram.”
Ninguém está recomendando que Lula faça uma cirurgia nos miolos ou que abandone seus velhos e bons discursos nos palanques. Nesse aspecto, a caravana segue. Mas o presidente tem de falar para dentro do caldeirão fumegante do seu governo. A energia desse discurso é que dará a tônica ou não de uma reeleição em 2026 ou do poder de indicação de outro poste, a exemplo de Dilma Rousseff. Por enquanto, ao contrário da turma do Plano Real, que tem 30 anos de êxito para comemorar o sucesso e a unidade do governo de FHC, Lula não dispõe de qualquer efeméride ou data cheia para celebrar, e, volta e meia, até mesmo os seus lhe dão as costas. Não se trata mais da elaboração de policies, mas da tibieza do próprio presidente.

#Congresso #Governo #Lula

Institucional

STF avança sobre todos os espaços do Congresso

9/01/2024
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Ao contrário do que muitos pregam, a estratégia de Lula de governar também ao lado do Judiciário está longe de ser uma compensação por eventuais insucessos nas negociações políticas com o Congresso. A aposta no “judiciarismo de coalizão”  como diz o cientista político Christian Lynch – corrobora que o presidente da República está apenas seguindo o zeitgeist. Não adianta brigar contra o espírito do tempo: o STF consolidou-se como um personagem participativo das relações de troca inerentes à política e como um dos elementos fundamentais para sustentar o eixo de equilíbrio da governabilidade. Para além de outros quesitos, o grau de exposição da Suprema Corte pode ser tomado como uma métrica de razoável precisão para se aferir o protagonismo adquirido pela instituição nos últimos anos vis-à-vis o próprio Congresso. É o que mostra levantamento exclusivo realizado junto aos 40 veículos impressos e online mais relevantes do país, a partir do uso de inteligência artificial. Em 2015, no embalo da escalada da Lava Jato, as referidas publicações fizeram 3.968 menções à Corte. O número não significou sequer a metade da soma de citações à Câmara dos Deputados e do Senado (9.439). No ano seguinte, é possível verificar o primeiro grande salto de exposição do STF. Em 2016, o total de registros mais do que duplicou, chegando a 9.542. Ainda assim, abaixo do espaço ocupado pelas duas Casas parlamentares (13.868 referências). 

Três anos depois, em 2019, o Supremo chegou a 46.879 citações  quatro vezes mais na comparação com 2016. Além de questões jurídicas per si – a começar pela anulação de sentenças da própria Lava Jato em instâncias inferiores –, já é possível se observar um maior peso do STF no jogo político. E o então presidente Jair Bolsonaro tem muito a ver com isso, ao estabelecer um campo praticamente permanente de atrito com a Corte. Ali, mais do que convidado, o Supremo foi “intimado” a se politizar. Usando-se ainda o critério da exposição, em 2020, faltou pouco para o STF ocupar um espaço maior do que o do Congresso na mídia. Naquele ano, foram 90.130 registros sobre o Supremo, contra 98.977 do Senado e da Câmara. Se Bolsonaro “intimou”, Lula convidou. 

Em 2023, com a notória aproximação do presidente da República do Judiciário, o STF teve um volume de aparição ainda maior, chegando 114.890 – maior marca apurada desde 2010. Significa dizer que o número de citações ao Supremo cresceu 26% em relação a três anos antes. Para efeito de comparação, no mesmo intervalo, as citações à Câmara e ao Senado subiram 18%.

. A aposta no “judiciarismo de coalizão”  como diz o cientista político Christian Lynch – corrobora que o presidente da República está apenas seguindo o zeitgeist. Não adianta brigar contra o espírito do tempo: o STF consolidou-se como um personagem participativo das relações de troca inerentes à política e como um dos elementos fundamentais para sustentar o eixo de equilíbrio da governabilidade. Para além de outros quesitos, o grau de exposição da Suprema Corte pode ser tomado como uma métrica de razoável precisão para se aferir o protagonismo adquirido pela instituição nos últimos anos vis-à-vis o próprio Congresso. É o que mostra levantamento exclusivo realizado junto aos 40 veículos impressos e online mais relevantes do país, a partir do uso de inteligência artificial. Em 2015, no embalo da escalada da Lava Jato, as referidas publicações fizeram 3.968 menções à Corte. O número não significou sequer a metade da soma de citações à Câmara dos Deputados e do Senado (9.439). No ano seguinte, é possível verificar o primeiro grande salto de exposição do STF. Em 2016, o total de registros mais do que duplicou, chegando a 9.542. Ainda assim, abaixo do espaço ocupado pelas duas Casas parlamentares (13.868 referências). 

Três anos depois, em 2019, o Supremo chegou a 46.879 citações  quatro vezes mais na comparação com 2016. Além de questões jurídicas per si – a começar pela anulação de sentenças da própria Lava Jato em instâncias inferiores –, já é possível se observar um maior peso do STF no jogo político. E o então presidente Jair Bolsonaro tem muito a ver com isso, ao estabelecer um campo praticamente permanente de atrito com a Corte. Ali, mais do que convidado, o Supremo foi “intimado” a se politizar. Usando-se ainda o critério da exposição, em 2020, faltou pouco para o STF ocupar um espaço maior do que o do Congresso na mídia. Naquele ano, foram 90.130 registros sobre o Supremo, contra 98.977 do Senado e da Câmara. Se Bolsonaro “intimou”, Lula convidou. 

Em 2023, com a notória aproximação do presidente da República do Judiciário, o STF teve um volume de aparição ainda maior, chegando 114.890 – maior marca apurada desde 2010. Significa dizer que o número de citações ao Supremo cresceu 26% em relação a três anos antes. Para efeito de comparação, no mesmo intervalo, as citações à Câmara e ao Senado subiram 18%.

#Congresso #protagonismo #STF

Economia

Uma lição orçamentária que vem de fora e já tem um apoiador no Brasil

23/11/2023
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Extra! Extra! Quentinho, vindo lá da matriz, um bom tema para o nosso Congresso discutir, com as devidas adequações e derivativos:

“O Congresso dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei de financiamento temporário para evitar um shutdown (paralisação dos serviços públicos) no país, uma vez que o orçamento anual ainda não foi aprovado, e o prazo para decidir sobre 2024 deveria ter terminado em 30 de setembro, data que marca o fim do ano-fiscal americano. A medida recém-aprovada adia novamente um conflito partidário sobre os gastos federais e deixa de fora a ajuda emergencial para Ucrânia e Israel.

A alternativa para conseguir aprovar a medida foi a divisão em duas partes, com datas finais diferentes. Parte dos recursos financeiros será disponibilizado até 19 de janeiro, e a outra parte estará disponível até 2 de fevereiro.

Um total de 209 deputados democratas e 127 republicanos votaram a favor da medida na Câmara, mostrando uma divisão no Partido Republicano. No Senado, a margem de votação foi maior, com um total de 87 votos a favor e 11 contra. Agora, a medida segue para a sanção presidencial.”

Dando nomes aos bois: o texto é do Itaú

#Congresso #financiamento #projeto de lei

Bancada do Couro

14/11/2019
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Da costela da bancada do boi está surgindo um novo rebanho no Congresso: a Frente Parlamentar do setor coureiro calçadista. Primeira grande missão: conseguir o aumento da alíquota para as importações de calçados, notadamente da China.

#Congresso

“Jurisprudência”

12/11/2019
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O senado deve engavetar o projeto de lei 101/2018 que oficializa a profissão de psicanalista. O significado da medida vai além do divã. Trata-se de um indício de que o Congresso passará a seguir o entendimento de constitucionalistas de que propostas para o reconhecimento de profissão têm de ser enviadas pelo Executivo ao Congresso.

#Congresso

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