Maersk seca investimentos na cabotagem

  • 27/06/2016
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 No momento em que o ministro dos Transportes, Mauricio Quintella, fala de medidas para estimular a navegação de cabotagem, uma das maiores companhias do setor navega na direção contrária. A Maersk estaria transferindo para a Ásia mais da metade dos investimentos previstos para o Brasil. Significa dizer que cerca de R$ 250 milhões estariam singrando para longe. A empresa dinamarquesa seguirá atuando no Brasil – e nos demais países da América do Sul – com quatro navios, incluindo o já anunciado Mercosul Itajaí, encomenda que escapou dos cortes no país. Consultada, a Mercosul Line, braço de navegação da Maersk, confirmou o desembolso de R$ 200 milhões na nova embarcação, mas não se referiu a futuros investimentos. O assoreamento dos planos de expansão da Mercosul Line para o Brasil se deve fundamentalmente a mudanças na estratégia global da empresa: a prioridade de momento é ampliar a operação em outros países da Ásia que não apenas a China. Como se não bastassem as razões de ordem geoeconômica, o cenário do mercado brasileiro é desestimulante. Nos últimos dois anos, o volume de carga transportado por cabotagem cresceu, em média, apenas 1%. Para este ano, por conta da retração econômica, o declínio já é dado como certo.

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