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No que seria uma súbita confissão de fracasso, o governo já cogita dar meia volta, volver e suspender a isenção temporária das tarifas para a importação de arroz – a princípio idealizada para durar até dezembro. No Palácio do Planalto, a avaliação é de que a medida foi um tiro no pé. Gerou forte insatisfação dos produtores nacionais, colocou a bancada ruralista na contramão do governo e tudo isso sem entregar o principal: frear a alta dos preços do cereal no mercado interno.
As razões fogem ao controle dos tecnocratas de Brasília. Os estoques mundiais de arroz estão baixos. Até o momento as cargas importadas, notadamente dos Estados Unidos, Guiana e Índia foram pequenas e não tiveram impacto no mercado brasileiro. A solução natural seria buscar arroz no mercado asiático – maior produtor global.
No entanto, a grande parcela da safra local está sendo literalmente devorada pela China, que, de janeiro a agosto, aumentou as compras da commodity em 60% na comparação com igual período em 2019. Em tempo: se os preços do arroz não subiram ainda mais, o consumidor pode agradecer principalmente ao contrabando vindo da Argentina, Uruguai e Paraguai. No próprio Ministério da Agricultura esse comércio paralelo já ganhou o apelido de “passeio noturno”. Normalmente, a mercadoria entra no país durante a madrugada, sobretudo por meio de barcaças. No mesmo dia, na parte da tarde, já está no pátio de alguma indústria brasileira.
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