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O presidente Michel Temer está se autocoroando como peça central da eleição de 2018. Ou para ser mais preciso: de vetor decisivo na campanha para impedir o “Lula lá”. Temer tem certeza de que será um cabo eleitoral fortíssimo, esgrimindo a caneta mais cheia de tinta da República. Acha que tem bons candidatos em cada uma das mãos, ou seja, Rodrigo Maia e Henrique Meirelles – com preferência para este último, mais identificado com sua gestão. E arrisca afirmar que estão germinando as condições para a sua reeleição, uma hipótese implausível até então. Ou seja: Temer estaria em todas. Mas como pode um presidente com uma popularidade de somente 3% almejar a manutenção do cargo?
Os entusiastas do “Fica Temer” acreditam que os bons resultados da política econômica ainda não foram percebidos pela população. Os preços caíram tremendamente, mas é preciso uma permanência mais longa nesse patamar para que os consumidores acreditem que eles estão sob controle. A equipe econômica acredita que os juros mais baixos da Selic surtirão efeito maior sobre a economia por volta de março. É a inércia sempre aludida pelos monetaristas. Os laboratoristas eleitorais do Planalto, por sua vez, acreditam que a taxa de ocupação terá uma alta progressiva durante todo o ano de 2018.
O target dos“temeristas” seria um desemprego na faixa de 10%, gatilho para o lançamento da sua candidatura. Para efeito do discurso eleitoral, o presidente teria vencido todos os principais inimigos da economia popular – inflação, juros e desemprego –, herança do lulopetismo. O segundo round seria costurar uma grande aliança com o DEM e os partidos fisiológicos da sua base aliada, parte mais fácil da empreitada.
Nas contas dos “temeristas”, conforme divulgado na imprensa, se o presidente chegar a 12% do eleitorado em meados do próximo ano, dá para entrar firme no certame. A claque de Temer também desconsidera os problemas do presidente com a Lava Jato. Os adversários também estão no mesmo barco.
Pesa ainda uma pesquisa recente que revela o pouco caso do eleitor com a pecha de corrupto dos políticos. “Afinal, qual deles não é?”, seria a conclusão da sondagem. Para os lulistas e tucanos, esse desfecho, com a glorificação de Michel Temer, é uma obra de Stephen King, na qual haveria mais desejo do que inspiração na realidade. De qualquer forma, a despolarização da contenda clássica PT versus PSDB pode vir a ser a grande novidade da disputa presidencial, com uma inesperada vitória do patrimonialismo hiperprofissional pela via do voto democrático.
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