Caixa Econômica lidera tour de force na energia renovável

  • 7/04/2014
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No momento em que o fantasma do desabastecimento de energia arrasta correntes pelo Brasil, uma tropa de choque composta por investidores privados e estatais deverá se unir para financiar projetos de geração renovável. A operação é capitaneada pela Caixa Econômica Federal. O banco estaria criando um fundo de investimentos em participações (FIP) voltado a  construção de usinas eólicas, solares ou biomassa. Além da própria Caixa, os principais cotistas do FIP seriam fundos de investimento administrados pelo holandês Rabobank e pelo alemão KfW Bakengruppe. Quem também deve se unir a  empreitada é o InfraBrasil, private equity que reúne o BNDES e uma fieira de fundos de pensão, notadamente Previ, Petros e a própria Funcef. Segundo informações filtradas junto a  Caixa, o objetivo do banco seria captar cerca de R$ 1 bilhão. Caso esta meta seja batida, o FIP já nascerá como uma das maiores fontes de financiamento de projetos de energia renovável do país. Em tempo: na paralela, o KfW Bankengruppe pretende também abrir uma linha de crédito para financiar a venda de equipamentos para usinas que operam com fontes alternativas. O fundo, que terá a própria Caixa como gestora, deverá ser formalmente lançado até julho. Já na partida, há dois fortes candidatos a receber recursos do FIP: a espanhola Elecnor e a Renova. O grupo ibérico procura um sócio para a controlada Ventos do Sul, dona de dois complexos de energia eólica, localizados nas cidades gaúchas de Osório e Palmares do Sul. A associação com o futuro fundo administrado pela CEF permitiria a  Elecnor tirar do papel o antigo projeto de construir duas usinas no Nordeste ? provavelmente no Maranhão e no Piauí. O custo total está orçado em mais de US$ 500 milhões. Ressalte-se que os espanhóis também têm planos de investir em energia solar no país. A Renova, por sua vez, pretende montar um colar de usinas eólicas também no Nordeste. Há projetos engatilhados para o Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Neste caso, em vez de entrar diretamente no capital da empresa, o FIP poderia se associar especificamente a algumas destas geradoras por meio da criação de SPEs. Controlada pela Cemig e pela RR Participações, leia-se os investidores Renato Amaral e Ricardo Delneri, a Renova já controla o maior parque de energia eólica da América Latina. Localizado no interior da Bahia, o complexo de usinas tem capacidade instalada em torno de 300 MW.

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