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Os caminhos e descaminhos para o futuro da Lupatech

  • 14/05/2013
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Recuperação judicial, venda na bacia das almas a algum fundo com estômago forte, especializado em junk bonds, ou mais um aporte emergencial dos acionistas, notadamente BNDES e Petros? O futuro da Lupatech está quase que irremediavelmente condicionado a uma destas três possibilidades. Ao menos a julgar pelas tratativas entre os próprios acionistas da empresa, que, nas últimas duas semanas, têm mantido uma intensa rotina de conversações em busca de uma saída para a crise financeira da fornecedora de serviços para a indústria de petróleo. Segundo fontes da própria Lupatech, no momento as discussões pendem para a terceira hipótese. BNDES e Petros admitem injetar mais recursos na empresa. O número que roda sobre a mesa é da ordem de R$ 400 milhões, superior, inclusive, a  capitalização feita no passado. Esta cifra permitiria a  Lupatech honrar mais da metade da sua dívida de curto prazo, na casa dos R$ 740 milhões. No entanto, de acordo com as mesmas fontes, o banco e a fundação só aceitariam a nova derrama se a GP seguir o mesmo caminho. Aí é que mora o problema. A gestora de recursos, que fez um grande negócio ao empurrar para dentro da Lupatech a cambaleante empresa de perfuração San Antonio, realizou outro ainda maior ao participar de forma residual do aporte de recursos em 2012. Na empresa, há dúvidas – ou talvez certeza – em relação a  posição da GP diante de uma nova chamada de capital. A segunda bala no tambor seria a recuperação judicial. Sempre que questionados sobre esta hipótese, os executivos da Lupatech negam. No entanto, a recente chegada de Ricardo Doebeli, que assumiu a presidência da companhia há dois meses, é sintomática. Doebeli é especialista em processos de reestruturação empresarial – trabalhou longo tempo na Galeazzi & Associados. Sua contratação já traria embutida a possibilidade de uma completa reconstrução da Lupatech a  luz de um plano de recuperação judicial. Este caminho e uma eventual injeção de capital não seriam movimentos excludentes entre si. Por fim, na hierarquia de probabilidades, a venda do controle ainda é tratada como o último dos últimos casos, a solução final e drástica. A negociação da Lupatech para um fundo-abutre configuraria um vexame para o BNDES e a Petros, isso para se dizer o mínimo. Na prática, a agência de fomento e a fundação jogariam no lixo mais de R$ 300 milhões, relativos ao aporte de capital feito no ano passado na companhia. Procurada pelo RR, a Lupatech não se manifestou sobre o assunto.

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