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Lupatech empurra a conta do hospital para Petros e BNDES

  • 26/12/2011
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Sempre cabe mais um enfermo no amplo ambulatório da Viúva. Os controladores da Lupatech – a começar pelo fundador e atual presidente do Conselho de Administração, Nestor Perini- estão fazendo de tudo para jogar no colo de seus sócios estatais a conta da agonia financeira da empresa. Além do pedido de waver pelo descumprimento das cláusulas de dívida da segunda emissão de debêntures, que será formalizado ao BNDES nos próximos dias, a companhia bateu na porta da Petros. Segundo uma fonte da própria fundação, está tentando convencer a entidade, dona de 14,98% das ordinárias, a liderar um aumento de capital. O próprio BNDES, detentor de 11,4% das ONs, também seria um personagem fundamental da operação. De acordo com a mesma fonte, a holding Lupapar, que reúne as ações da família Perini, não atenderia a  chamada de capital, reduzindo sua participação, hoje de 25%. No BNDES e na Petros, a percepção é que os sócios da Lupatech estão tentando sair do negócio com o menor número possível de arranhões. A sensação é que a família vai queimar o único trunfo que tem na mão: os diversos contratos com a Petrobras. O risco de atraso na entrega de equipamentos para a estatal é visto como um fator que pode acabar forçando o BNDES e a Petros a aportar recursos na Lupatech mesmo que a  revelia. O banco e o fundo fazem projeções em cima de um cenário extremo. Na eventualidade de uma paralisação das atividades da empresa, dificilmente a Petrobras conseguiria remanejar as encomendas a tempo de manter o cronograma de alguns de seus projetos na área de exploração e produção. O BNDES ainda tem uma adaga extra cravada em suas costas: os quase R$ 400 milhões em crédito contra a Lupatech. A fragilização da empresa só aumenta as chances de o banco nunca mais ver a cor deste dinheiro. No momento, a Lupatech soma mais de R$ 1 bilhão em passivos de curto prazo para um patrimônio líquido em torno de R$ 70 milhões. Ao mesmo tempo em que tenta enfiar o batráquio do aumento de capital goela abaixo do BNDES e da Petros, a Lupatech prossegue em sua via crucis para fazer caixa. A empresa vai intensificar a política de se desfazer de ativos considerados não estratégicos. Há conversas com a General Electric para a venda de todas as suas operações no segmento de fabricação de válvulas, o que inclui as subsidiárias Jefferson, Vipel, Valmicro e Valbol, esta última na Argentina. Recentemente, a Lupatech vendeu a Steelinject. No momento, analisa uma oferta da HidroJet por outra de suas subsidiárias, a Microinox.

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