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Cresce na Embrapa o movimento para que o futuro presidente continue pertencendo aos quadros da estatal. Se depender do corpo de funcionários, o vencedor já tem um nome: Cléber Soares, atual diretor de Inovação e Tecnologia. Soares terá que disputar mais dois indicados, escolhidos em uma lista de doze candidatos. O temor dos funcionários é o filtro final dos concorrentes, que passarão pelo crivo da Casa Civil. A seleção pode ter outras motivações além do critério técnico. A bancada ruralista no Congresso faz pressão pela escolha de Francisco Graziano, ex-chefe de gabinete de Fernando Henrique Cardoso em seu primeiro mandato. Um exemplo de como o Palácio do Planalto é mais cioso dos cargos estatais e do que da democracia nas corporações públicas foi a eleição da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. Mesmo tendo sido aclamada, Nísia sofreu forte resistência de Moreira Franco e cia. Chegou a ser submetida a uma sabatina no Palácio do Planalto, no melhor estilo dos ameaçadores inquéritos aplicados pelo prefeito para Congregação da Doutrina da Fé – sucessora da Ordem do Santo Ofício – cardeal Joseph Ratzinger, que viria a ser, posteriormente, o doce e suave papa Bento XVI. Moreira não faz por menos, intimida para valer. Os legionários da Embrapa – assim como a Fiocruz, um modelo de excelência entre as empresas estatais – estão pronto para repetir o movimento de resistência, caso seja necessário.
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