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O governo pretende pendurar um contrabando na privatização da Telebras. O pingente em questão é um programa para a implantação de internet de alta velocidade nas principais regiões agrícolas do país. A ideia é exigir do futuro controlador da estatal investimentos para ampliar a conectividade em áreas rurais, com metas de aportes previstas no edital. O pedágio passaria ainda pela disponibilização da infraestrutura da empresa para viabilizar o projeto.
São 32 mil quilômetros de backbone de fibra ótica que interligam mais de 1,5 mil municípios, uma parte deles localizados em algumas das maiores fronteiras agrícolas do país. Vale pela intenção. Mas, olhando-se pela ótica dos investidores, a impressão que fica é que a privatização da Telebras sofre um downgrade. A estatal está longe de ser um ativo de primeira grandeza e entrou no programa de privatizações da Secretaria de Desestatizações meio que “para encher linguiça”. Mesmo a possível contrapartida de que o novo acionista da Telebras se remunere dos investimentos com a oferta de serviços a grandes grupos do agronegócio não chega a ser um prêmio dos mais entusiasmantes.
Não custa tentar. O que não se discute é o atraso digital do agronegócio brasileiro. O setor está no medievo. Consultado pelo RR, o Ministério da Agricultura informou que o acesso à internet alcança só 4% de todas as lavouras do Brasil. A Pasta disse ainda que “são necessárias aproximadamente 5.000 antenas para conectar as principais regiões agricultáveis do país.” Estudos indicam que a implementação da Internet das Coisas no agronegócio no país poderá ter um impacto econômico positivo da ordem de US$ 20 bilhões ate 2025. Verdade seja dita, o governo Bolsonaro é o primeiro a se fixar no assunto. Logo que assumiu, criou a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação para aumentar o acesso do setor agrícola às comunicações digitais. Mas, como tudo, falta dinheiro. Uma das poucas ações mais agudas neste sentido é o Inovagro, programa do BNDES que disponibiliza quase R$ 4 bilhões a pequenos e médios produtores rurais para a compra de computadores e sistemas de gestão e monitoramento das lavouras.
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