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Sindicatos e indústria se unem para frear banimento de produtos plásticos

  • 1/11/2023
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O senador licenciado e atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, conseguiu unir o capital e o trabalho em torno da mesma causa. Grandes representações sindicais estão se juntando a entidades da indústria em uma ofensiva pela reformulação do projeto de lei nº 2524/2022, de autoria de Prates. O PL estabelece o banimento de diversos produtos plásticos de uso único, como canudos, talheres, pratos, copos etc. CUT, Força Sindical e organizações sindicais do setor – notadamente a Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ) – têm feito gestões junto a parlamentares da base aliada para impedir a aprovação do atual texto do projeto. Os sindicalistas reivindicam um tempo maior, de até dez anos, para a retirada dos produtos de circulação e a adequação da indústria à nova legislação – o projeto original de Jean Paul Prates propõe uma transição de apenas dois anos, considerada insuficiente pelos trabalhadores.

As lideranças sindicais pleiteiam ainda que o Ministério do Trabalho seja designado para conduzir a mediação e o planejamento desse período de adaptação. As entidades tentam evitar que, junto com utensílios plásticos, o projeto de lei represente também o banimento de milhares de empregos. De acordo com um estudo que circula entre os sindicatos, as medidas previstas no atual texto do PL colocam sob risco aproximadamente 200 mil dos mais de 340 mil postos de trabalho na cadeia de transformação do plástico, o equivalente a uma massa salarial da ordem de R$ 6,7 bilhões.

Em contato com o RR, a CNQ confirmou que “nós instamos aos legisladores a considerarem essas preocupações e a trabalharem em conjunto com as partes interessadas para suavizar o impacto do PL 2524/2023.” A entidade ressalta “a importância de garantir uma transição justa para os trabalhadores da indústria química”. A Abiplast, por sua vez, defende “a necessidade da reformulação do PL 2524/2022, destacando os impactos econômicos que a supressão de uma gama de produtos pode acarretar para a economia e para toda a sociedade.”.

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