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Política externa
A recusa de Emmanuel Macron ao convite de Lula para participar da Cúpula da Amazônia acendeu um sinal de alerta no Itamaraty. Não obstante a boa relação entre ambos e as palavras elogiosas de Macron ao evento, postadas no Twitter na última terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores olha não para a figura, mas para o fundo. A ausência foi interpretada como um indicativo de que Macron vai endurecer ainda mais nas negociações em torno do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O presidente francês tem sido um crítico contumaz dos países da América Latina no que diz respeito as suas políticas ambientais. A França é considerada uma peça-chave para a ratificação do acordo comercial entre os dois blocos econômicos. Tanto que entre os assessores de política externa de Lula, a começar por Celso Amorim, já há quem defenda uma nova viagem do presidente à Europa ainda neste ano, com mais um encontro tête-à-tête com Macron. Por sinal, Paris traz ótimas lembranças recentes. Foi lá que, em junho, fez um discurso histórico por ocasião da Cúpula para o Novo Pacto de Financiamento Global.
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