Indústria

Denúncia de contrabando agita negociação de preços do tabaco

  • 25/01/2024
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A gigante BAT (British American Tobacco) e outras cinco fabricantes de cigarros vão retomar hoje as negociações com representantes dos fumicultores para tratar da compra da safra de 2023-24. Até o momento, as conversações estão esfumaçadas. Por ora, apenas a Japan Tobacco International (JIT), dona das marcas Camel e Winston, fechou acordo com os produtores – conforme o RR antecipou (https://relatorioreservado.com.br/noticias/japan-tabaco-corre-para-reduzir-a-enorme-distancia-em-relacao-a-bat/). As tratativas serão reiniciadas com um fato novo, que, de alguma forma, mexe com a cadeia de venda do produto no Brasil. Na semana passada, os fumicultores brasileiros apresentaram denúncia à Receita Federal de que produtores argentinos, notadamente da região de Misiones, estão contrabandeando tabaco para o Brasil. De acordo com a acusação levada ao Fisco, o fumo trazido ilegalmente da Argentina está sendo vendido no lado de cá da fronteira em torno dos R$ 18 o quilo. Abaixo, portanto, dos preços no mercado brasileiro – para efeito de comparação, em seu acordo, a Japan Tobacco está pagando R$ 22,46 pelo quilo do tabaco tipo Virginia e R$ 20,01 pelo Burley. A BAT e outros produtores de cigarros de maior porte, como não poderia deixar de ser, passam longe do mercado ilegal. Mas fabricantes menores, de atuação regional, têm comprado tabaco contrabandeado da Argentina, causando prejuízo aos produtores brasileiros.

#British American Tobacco #Tabaco

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