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Segundo informações filtradas do próprio Ministério da Agricultura, até o momento os produtores brasileiros de grão só venderam, a futuro, o equivalente a 15% da safra de grãos 2022/23. No ciclo anterior, nesta mesma época do ano – ou seja, setembro de 2022 – os contratos fechados já correspondiam a quase 70% da produção. O gap reflete uma postura mais pragmática dos agricultores.
A hora é de esperar, não de vender. Neste momento, a soja, por exemplo, está sendo negociada a R$ 187 a saca no Porto de Paranaguá. Os produtores vislumbram um preço próximo a R$ 200 – em março, a cotação chegou a R$ 197. É a chance do agronegócio recompor parte das margens corroídas pela disparada dos custos de produção.
As despesas com a compra de fertilizantes chegaram a subir 90% na comparação com a safra anterior, na esteira da guerra entre Rússia e Ucrânia. A tendência de elevação dos preços dos grãos nos próximos meses é alimentada, sobretudo, por questões de ordem climática. O Brasil atravessa uma quebra da safra nos estados do sul e do Mato Grosso do Sul em razão das secas causadas pelo fenômeno La Niña.
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