Empresa
As diferentes estradas para a capitalização da Ecorodovias
Entre fundos acionistas da Ecorodovias, há um entendimento de que a estratégia do grupo de buscar sócios para as suas concessões será insuficiente. A leitura é que a italiana ASTM, controladora do conglomerado de infraestrutura de transporte, terá de fazer movimentos mais agudos, como a negociação de ativos considerados de menor valor estratégico ou mesmo a venda de uma participação na própria holding. Logo ali na frente, na próxima curva da estrada, a Ecorodovias terá de arcar com novas obrigações financeiras de suas concessões. É o caso da repactuação do contrato da Eco101, que deverá vir acompanhada de investimentos adicionados superiores a R$ 7 bilhões.
Outro peso é a alavancagem do grupo. Nos últimos dois anos, a Ecorodovias até conseguiu reduzir sua relação dívida líquida/Ebitda de 4,3 para 3,3 vezes. Mesmo assim, o nível do passivo ainda é um dificultador para a participação em novas licitações. Desde 2022, por exemplo, a companhia arrematou apenas uma concessão, a Nova Raposo, em São Paulo, no fim do ano passado. Junto com ela veio a obrigação de investir R$ 8 bilhões. Procurada, a Ecorodovias não se manifestou.
#Ecorodovias