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Se a declaração viesse de Olavo Setúbal Jr. ou de Milu Villela, ninguém estranharia. Mas a ode ao Nubank feita por um executivo da estirpe de Alfredo Setúbal, presidente da Itaúsa, é, no mínimo, suspeita. Hoje, durante a teleconferência com analistas sobre os resultados da holding dos negócios da família, Setúbal só faltou dizer que o banco sem agências é melhor do que o dele próprio. Entre as mesuras, o banqueiro afirmou que o Nubank “é um player competente e que veio para ficar”;
“É um banco bastante consolidado e que com certeza vai entrar em outros segmentos de produtos financeiros, não tenho dúvidas disso”; “Dos bancos digitais, me parece o mais bem posicionado do ponto de vista tecnológico, de estratégia, capital, depósito.” Só esqueceu de citar as assimetrias regulatórias que favorecem o Nubank e seus congêneres em relação aos bancos convencionais, contra as quais seu próprio irmão, Roberto Setúbal, tanto chiou. E de mencionar que a fintech, ao abrir seu capital em Nova York, em dezembro de 2021, alcançou um valuation de R$ 232,4 bilhões, superior, na ocasião, ao valor de mercado do Itaú (R$ 211,9 bilhões).
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