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O governo Romeu Zema está retomando o processo de desmobilização de ativos da Cemig. O RR apurou que a estatal mineira abriu conversações para a venda da sua participação na Taesa, dona de uma das maiores carteiras de ativos em transmissão do país – são 12 mil km de linhas já em operação e outros dois mil km em construção. A Cemig detém 37% das ações ordinárias. Sua fatia estaria avaliada em aproximadamente R$ 2 bilhões. Um dos candidatos à aquisição é a colombiana ISA, que já é a segunda maior acionista da Taesa, com 26% do capital votante. De acordo com a mesma fonte, quem também está no páreo é a China Southern Power Grid (CSPG). Trata-se da segunda tentativa dos chineses de entrar no mercado de transmissão no Brasil em menos de um ano. Em meados de 2022, a China Southern participou do bid para a compra de um pacote de ativos da Quantum, braço da Brookfield. No entanto, a colombiana Argo Energia venceu a disputa.
O governo mineiro quer acelerar a venda de ativos da Cemig considerados não-estratégicos, de olho em um projeto maior, já sinalizado por Romeu Zema: a transformação da empresa em uma “corporation”, com capital pulverizado em bolsa. Com a força de uma reeleição e a nova composição da Assembleia Legislativa, menos hostil politicamente, Zema está convicto que, dessa vez, terá o aval dos deputados estaduais tanto para a desmobilização de ativos da Cemig quanto para uma posterior oferta de ações em Bolsa. Além da Taesa, a estatal mineira pretende se desfazer das suas participações nas hidrelétricas de Santo Antônio e de Belo Monte. Quer também deixar o capital da Aliança Energia, joint venture com a Vale.
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