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Uma das orientações de Paulo Guedes ao presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, é a venda de todos os penduricalhos do banco. Entenda-se como desmobilizar as loterias da CEF, empresas de seguros, capitalização e também sua participação no Banco Pan, do qual é sócia junto com o BTG. A boa nova é a movimentação na XP Investimentos para aquisição da parte da Caixa Econômica no Pan (49%).
A engenharia é complexa, pois pressupõe que o BTG venda parte ou totalidade das suas ações no Pan (51%), acompanhando a Caixa. Por outro lado, a XP deveria acertar a saída do Itaú do seu capital, assumindo plenamente a função de banco múltiplo – em dezembro o BC autorizou a XP Investimentos a operar nesta modalidade. Há quem diga que essa hipótese está prevista no acordo de acionistas. O contrário seria um banco com capital tripartite, composto por BTG, Itaú e XP, que se tornariam sócios diretos e indiretos.
Essa hidra de três cabeças provavelmente ninguém deseja. A torcida da equipe econômica é que venham candidatos de fora do clube dos cinco – Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Santander e CEF. O BTG poderia ser um deles, consolidando a participação acionária hoje pertencente à CEF. Mas o banco de André Esteves tem mostrado inapetência para tocar o Pan. Já a XP é sangue novo e vibração pura. É previsível que um banco estrangeiro venha azeitar o novo X-Pan. Fala-se, inclusive, no Bank of America Merrill Lynch. A associação daí resultante produziria um player marcado para concorrer pau a pau com os grandes em um horizonte de médio prazo.
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