Venda da Renova Energia entra em curto-circuito

  • 14/09/2015
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A venda da participação da Light na Renova Energia corre sério risco de ser eletrocutada nos tribunais. Um grupo de acionistas da Brasil PCH, subsidiária da empresa de energia renovável, se articula para entrar na Justiça com o objetivo de brecar a transferência das ações para a norte-americana SunEdison – um negócio da ordem de US$ 250 milhões. O alvo nº 1 do contencioso é a Cemig, controladora da Light e artífice da operação. Estes investidores, capitaneados pela BSB Energia, acusam a estatal mineira de ter rasgado o acordo de acionistas da Brasil PCH – dona de um colar de 13 pequenas centrais hidrelétricas no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás – ao fechar negociação com os norte-americanos. A alegação é que, antes de abrir conversações com a SunEdison ou qualquer outro pretendente, a Cemig teria obrigatoriamente de ter ofertado a participação da Light na Renova para os sócios das subsidiárias do grupo, incluindo seus parceiros na Brasil PCH. A explicação está no intrincado acordo de acionistas da companhia, que, num efeito cascata de baixo para cima, se estende a toda a estrutura societária da Renova Energia. A Renova é sócia majoritária da Chipley, que,  por sua vez, é controladora da Brasil PCH. O acordo de acionistas desta última prevê que os sócios da empresa têm direito de preferência em qualquer negociação que altere o controle da própria Renova e, por extensão, de suas subsidiárias. Para os demais  acionistas da Brasil PCH, a estatal mineira ignorou esta condição com o deliberado objetivo de promover um “leilão” em mercado e, desta maneira, amealhar um valor mais alto pela participação da Light. A Cemig enxerga os fatos de outra forma. Segundo a companhia, apenas o BNDES, acionista minoritário da Renova, tem direito de referência sobre a participação dos demais sócios.

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