Tag: Ministério da Defesa

Institucional

Militares brasileiros são convocados para resolver crise aérea no Peru

19/02/2024
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O RR apurou que, nos próximos dias, um grupo de militares brasileiros especialistas em tráfego aéreo vai aterrissar no Peru, onde passarão três meses. A missão será treinar aproximadamente 50 oficiais da Força Aérea local. A viagem decorre de um pedido formal do governo peruano ao Ministério da Defesa brasileiro. O pano de fundo é a grave crise no sistema de transporte aéreo do país, que se agravou nas últimas semanas. Dezenas de voos foram cancelados por falta de controladores de tráfego de aeronaves.

#Força Aérea #Ministério da Defesa

Destaque

Múcio ou Amorim na Defesa? Eis uma questão ainda sem resposta

19/01/2024
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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, confidenciou a uma fonte próxima que ficará no cargo somente durante o ano de 2024. Múcio disse ser difícil a permanência. E os motivos para a decisão? O ministro afirma que são de ordem pessoal e que o presidente Lula está a par. E mais nada revela. Múcio é muito respeitado nas Forças Armadas. Teve um importante papel no episódio golpista de 8 de janeiro do ano passado. Foi um algodão entre cristais.

O RR fuçou o assunto e apurou que o nome de Celso Amorim seria a primeira opção para o cargo. Amorim já foi ministro da Defesa no governo do PT. É um conciliador por natureza. Hoje é secretário especial de Lula para assuntos externos. Um poderoso “ministro sem Pasta”.

Uma eventual indicação de Celso Amorim para o cargo poderia representar uma inflexão na estratégia de fortalecimento das Forças Armadas. Amorim é talhado para a “diplomacia dos militares” brasileiros no exterior e, quem sabe, até para angariar recursos e acordos internacionais lá fora.

#Celso Amorim #José Múcio #Ministério da Defesa

Política

Mais uma isca para jogar os militares contra as urnas eletrônicas

23/11/2022
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O deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS) quer empurrar o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA) para o imbróglio das urnas eletrônicas. Pede que o Instituto se manifeste formalmente sobre o assunto, o que é forma de contestar a competência técnica do TSE. Os técnicos do ITA realmente participaram da inspeção das urnas e da produção do relatório do Ministério da Defesa. Mas a responsabilidade institucional sobre assunto cabe à Pasta da Defesa, que já se manifestou de forma definitiva sobre o tema. A tentativa de politizar o ITA é mais um péssimo movimento com o intuito de atrair os militares para o projeto de contestar as eleições.

#Instituto de Tecnologia da Aeronáutica #ITA #Ministério da Defesa #TSE

Política

Secura orçamentária atinge fornecimento de água no Nordeste

23/11/2022
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Problema que muito provavelmente vai cair no colo do governo Lula: os Ministérios da Defesa e do Desenvolvimento Regional estão com dificuldades para pagar a contratação de carros-pipa, responsáveis pela distribuição de água potável no semiárido da Região Nordeste. A questão vem se agravando desde o início do mês, com a secura orçamentária das duas Pastas. E nem adianta olhar para os céus. Apesar das chuvas que vêm caindo em diversos estados, a água acumulada nos açudes não é própria para o consumo, pois não passa por tratamento. No orçamento da União para este ano foram destinados cerca de R$ 300 milhões para o programa de carros-pipas, verba insuficiente para atender a todos os municípios que participam do projeto. 

#Lula #Ministério da Defesa

Política

Exército acompanha de perto a saúde do seu futuro comandante em chefe

22/11/2022
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O comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e o ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira, fizeram chegar a Lula e família, através do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, o pedido para que oficiais médicos possam visitar e acompanhar a evolução do estado de saúde do futuro presidente. Tradicionalmente as Forças Armadas seguem em detalhes o tratamento prestado ao seu (futuro) comandante em chefe. No caso de Lula, faltam 39 dias para ele assumir a Presidência. Os boletins médicos são aparentemente tranquilizadores. Mas preveem no mínimo 15 dias de silêncio ao futuro chefe da Nação. Pode não significar nada. De qualquer maneira não é uma informação agradável. Ao menos, o câncer do presidente, segundo as informações médicas, está curado. E sua atual e demasiada rouquidão ficaria melhor do que antes da cirurgia. Procurados pelo RR, o Exército e o Ministério da Defesa não se pronunciaram até o momento desta publicação.

As Forças Armadas consideram o estado de saúde do seu mandatário como uma questão de Estado, portanto, boletins médicos à parte, acompanham de perto o diagnóstico e tratamento do paciente. Os militares, constitucionalmente ou não, trazem para si a responsabilidade da garantia da posse do futuro comandante em chefe. Uma lembrança que se quer bem distante, mas está escrita nos anais da história, foi o acompanhamento em tempo integral de Tancredo Neves pelo general Leônidas Pires Gonçalves durante o seu calvário. Teria sido Leônidas, o último general emblemático do Exército, o responsável, juntamente com o jurista e chefe da Casa Civil do governo Figueiredo, Leitão de Abreu, pela garantia da posse do então vice-presidente eleito José Sarney no posto máximo da República. Os tempos mudaram. Lula, por todas as indicações, não sofre de comorbidade séria. Não há ameaça de caráter institucional a sua posse. E os militares já deixaram claro que “quem venceu leva”. E se, alguns nutrem dúvidas do compromisso das Forças Armadas com cada letra da Constituição, não há questionamento quanto à preocupação em relação aos compromissos com hierarquia e a transição de poder. Simpatia por Lula é outra coisa. Mas o petista tira esses protocolos de letra. Já foi presidente duas vezes. 

#Exército #Geraldo Alckmin #Lula #Ministério da Defesa

O intrincado xadrez de Lula no tabuleiro militar

14/04/2022
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A nomeação do general Paulo Sergio Nogueira para o Ministério da Defesa deu um nó nos planos de Lula. Segundo fonte próxima ao petista, o ex-presidente vinha engendrando a ideia de, uma vez eleito, manter os atuais comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Seria um gesto de “pacificação”. O objetivo de Lula seria distensionar o ambiente junto às Forças Armadas. No entanto, a peça Paulo Sergio desencaixa todo esse mosaico.

A questão é o que fazer com um ex-comandante do Exército. Seu retorno à Força, para a reserva, criaria um constrangimento natural dentro do estamento militar. Há sensibilidades envolvidas, questões de ordem hierárquica e simbólica. Nesse cenário, Lula correria o risco de gerar um efeito contrário, ou seja, de criar tensões desnecessárias dentro do Exército. A presença do general Paulo Sergio na Defesa, portanto, é uma variável nova que estaria sendo analisada por Lula à luz da intenção de manter os comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha.

Uma hipótese aventada seria a permanência do oficial à frente do Ministério da Defesa. Há, no entanto, contraindicações a essa solução. Lula teria não só de abrir mão de escolher um ministro de Estado como praticamente transformar em regra a exceção aberta por Michel Temer e mantida por Jair Bolsonaro: a de colocar um militar na Pasta da Defesa. Antes de Temer, que nomeou o general Joaquim Silva e Luna, o cargo havia sido ocupado apenas por civis. Há ainda outro óbice para a permanência de Paulo Sergio no Ministério em um eventual governo petista: o oficial seria praticamente um “quarto” comandante militar – ou primeiro -, tamanha a sua representatividade e prestígio entre os seus.

Basta dizer que o general foi praticamente escolhido pelos próprios pares para assumir o Comando do Exército em um momento de razoável turbulência institucional, quando da saída do general Edson Pujol, em março de 2021. Não deixa de ser curioso: ainda que de forma involuntária – mesmo porque a possível manutenção dos comandantes militares é apenas uma hipótese guardada a sete chaves no “Forte Apache petista” -, Jair Bolsonaro acabou criando embaraços aos planos de Lula para as Forças Armadas. Não só pela nomeação de Paulo Sergio Nogueira para a Defesa, mas também com a escolha do general Marco Antonio Freire para a chefia do Exército. Para o petista, a hipótese de seguir com os atuais comandantes militares representaria manter um general mais alinhado a Bolsonaro, como é o caso de Freire. É uma curva a mais nesse labirinto.

#Edson Pujol #Jair Bolsonaro #Lula #Ministério da Defesa #Paulo Sergio Nogueira

Uma “Operação Acolhida” para os ucranianos

5/04/2022
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A questão dos refugiados ucranianos tem mobilizado cada vez mais as autoridades brasileiras. Os Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores discutem a hipótese de o governo disponibilizar estruturas temporárias, provavelmente instalações do próprio Exército, para abrigar os imigrantes. Guardadas as devidas proporções, seria algo nos moldes da “Operação Acolhida”, voltada ao recebimento dos venezuelanos que atravessam a fronteira.

Desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, cerca de 60 ucranianos entraram no Brasil formalmente na condição de refugiados. Esse número, no entanto, não dá a exata dimensão do problema. Estima-se que mais de 300 imigrantes já tenham desembarcado no país sem se declararem refugiados.

Isso porque o governo brasileiro autorizou a permanência de ucranianos em território nacional por até 90 dias sem a necessidade de visto. Com a continuidade dos ataques russos, esse contingente tende a aumentar consideravelmente: no Itamaraty, segundo o RR apurou, há previsões de que mais de 400 refugiados ucranianos cheguem ao país até o dia 15 de abril.

#Ministério da Defesa #Ministério das Relações Exteriores #Ucrânia

Bolsonaro deve recriar Pasta da Segurança Pública

6/10/2021
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O presidente Jair Bolsonaro pretende recriar o Ministério da Segurança Pública, a partir da cisão da atual Pasta da Justiça – de acordo com uma fonte do Palácio do Planalto. No círculo mais fechado de colaboradores de Bolsonaro, o maior entusiasta da ideia seria o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. A pro- posta conta também com o apoio do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Nem é preciso dizer por quê. Mas, as motivações para a recriação do Ministério iriam além da pressão do Centrão por mais cargos.

A medida seria uma sinalização de Bolsonaro a uma de suas bases eleitorais mais fiéis, as forças policiais. Significaria também o resgate da bandeira do combate à criminalidade, mote da sua campanha em 2018. Procurada pelo RR, a Presidência da República não se pronunciou sobre o assunto. Uma das ideias discutidas entre os assessores palacianos é a de que o relançamento da Pasta fosse acompanhado do anúncio de um plano nacional de segurança pública. Além dos órgãos diretamente subordinados ao governo Bolsonaro, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Nacional e a Força Nacional de Segurança, esse plano contemplaria também a distribuição de verbas para os estados.

O repasse ficaria condicionado ao uso dos recursos exclusivamente na área de segurança pública, notadamente no aparelhamento das Polícias Militar e Civil. A proposta tem seus méritos – além de possíveis dividendos eleitorais para Bolsonaro. O difícil mesmo seria o governo encaixar esse plano nacional de segurança pública no Orçamento, já pressionado por precatórios, pelo Auxílio Brasil e pela terceira rodada de vacinação contra a Covid-19. Seria como se fosse um tradeoff entre o teto de gastos e a violência. A solução para essa algema fiscal ficaria no limiar de uma PEC emergencial do crime. Noves fora o apetite do Centrão por mais Ministérios, no que dependesse exclusivamente de Jair Bolsonaro o titular do Ministério da Segurança seria um general. Bolsonaro tem no próprio governo um nome talhado para o posto: o general Braga Netto. Foi ele quem comandou a intervenção militar no Rio em 2018, chefiando, na ocasião, as polícias militar e civil do estado. Ocorre que, neste momento, Braga é praticamente intransferível e insubstituível no Ministério da Defesa.

#Jair Bolsonaro #Ministério da Defesa #Ministério da Segurança Pública #Polícia Militar

Militares estão tragados pela política. E não vão sair

26/07/2021
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  • Há efervescência, sim, nos quartéis, mas sem qualquer indício de desobediência ou disposição para manifestações públicas de insatisfação.
  • A palavra “golpe” está banida entre o oficialato de baixa patente e a soldadania das Forças Armadas. Ninguém quer saber disso.
  • Nos Altos-Comandos, apesar do que se comenta nos meios políticos, também há profunda aversão a qualquer iniciativa nessa direção.
  • No entanto, os militares estão, de fato, excitados com as recorrentes notas oficiais do Ministério da Defesa, hoje uma interseção explícita entre o Palácio do Planalto e as Forças Armadas.
  • Os comunicados da Defesa carregam sempre um tom dúbio: os militares batem continência à Constituição, mas ameaçam à democracia.
  • Essa estratégia “morde e assopra” das notas oficiais da Defesa – algumas assinadas também pelos comandantes militares – vai continuar.
  • Ainda que coloquem em dúvida o que não deveria ter dúvida, os comunicados do Ministério da Defesa devem ser lidos como são: não passam de mecanismo de dissuasão.
  • A ordem do general Braga Netto é não recuar no posicionamento da Defesa diante de declarações ou fatos políticos que coloquem em dúvida o compromisso das Forças Armadas com a democracia.
  • Os militares, contudo, não aceitam ser enxovalhados. Não raras vezes, confundem os ataques à gestão Bolsonaro com algo que se estende a eles. Até porque Jair Bolsonaro criou essa simbiose entre as Forças Armadas e seu governo.
  • Mesmo que isso não tenha transparecido, em seu pronunciamento recente, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Baptista Junior, falou em nome dos 320 mil militares ativos em armas e 140 mil da reserva.
  • A entrevista do comandante Baptista Junior, ressalte-se, teria sido previamente acordada com o ministro Braga Netto.
  • Os fatos recentes aguçaram o espírito de corpo dos militares. Esse senso de unicidade criou uma indisposição até mesmo em relação aos generais que se manifestaram politicamente contra oficiais a serviço do governo, como Eduardo Pazuello.
  • Os generais Santos Cruz e Sergio Etchegoyen são exemplos do incômodo dos militares com declarações defendendo publicamente a punição de um colega de farda. Isso seria assunto para ser tratado somente pelos Altos-Comandos.
  • Se há algo que deixa os quartéis eriçados é o noticiário frequente envolvendo a participação dos militares na política. Com as redes sociais, o mundo político invade diariamente o estamento das armas.
  • A transferência de Braga Netto para a Defesa criou uma certa insatisfação entre os Altos-Comandos, devido à imiscuição da Pasta em assuntos políticos.
  • Exemplo: por mais que a posição de Braga Netto pró-voto impresso fosse a de um ministro de Estado apoiando o presidente, não é dessa forma que a opinião pública enxerga a questão. Aos olhos de todos, é como se fosse um posicionamento das Forças Armadas.
  • Jair Bolsonaro caiu nas graças dos quartéis. Os militares relevam as declarações e atitudes disparatadas e a permanente falta de decoro em função dos afagos frequentes feitos por Bolsonaro.
  • Bolsonaro diz “O meu Exército”. E os militares pensam com os seus botões: “É o meu presidente”.
  • Essa liga entre Bolsonaro e os militares é reforçada pelo fator ideológico. Ninguém tira da mentalidade da corporação a fantasia de que existe uma ameaça comunista no Brasil.
  • A politização das Forças Armadas incomoda profundamente os militares. Porém, incomoda muito mais a ideia de Lula voltar a ser presidente da República.

#Eduardo Pazuello #Forças Armadas #Ministério da Defesa

Bolsonaro realimenta a ideia de um golpe de Estado

30/03/2021
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Jair Bolsonaro parece ter esperado, caprichosamente, a véspera do 31 de março para substituir o general Fernando Azevedo e Silva no Ministério da Defesa. Com a medida, Bolsonaro reacende o fantasma do golpe de Estado, que dormitava praticamente esquecido e até desacreditado. A questão mais delicada não são as motivações por trás da saída de Azevedo – quer tenha sido um decisão pessoal do ministro ou uma demissão por parte do presidente da República. O problema é a descarga elétrica que ela provoca. A mudança gerou, de imediato, uma onda de boatos onde não pode haver uma onda de boatos.

Quando se trata da área militar, as especulações jamais devem ser maiores do que os fatos. Ontem, circulavam rumores de que Azevedo já estava demitido desde a última sexta-feira, após uma conversa entre Bolsonaro e os ministros Braga Netto e Augusto Heleno. Os boatos atingiram ainda o comandante do Exército, general Edson Pujol, que também seria afastado do cargo. O mesmo vendaval soprava a informação de que os generais Braga Netto e Heleno estariam tentando convencer Bolsonaro a não substituir o Comandante do Exército.

Ainda assim, em Brasília, já se especulava até o nome do sucessor de Pujol: o general Marco Antonio Amaro, atual chefe do Estado Maior do Exército. Uma eventual troca no Comando do Exército, logo após a saída de Azevedo da Pasta da Defesa, acentuaria um quadro de instabilidade. Por volta das 20h, pouco antes do fechamento desta edição, a boataria chegou ao ponto de propalar a renúncia conjunta dos três comandantes das Forças Armadas. Outra especulação é que Bolsonaro queria um posicionamento do general Azevedo e Silva em relação às notícias de que o Exército estaria disposto a assumir o controle do combate à pandemia.

A informação não é de todo despropositada. Ressalte-se que o general Paulo Sergio, chefe do setor de recursos humanos da Força, deu declarações de que o Brasil “deverá enfrentar uma terceira onda da pandemia em dois meses” e que “desde fevereiro do ano passado, o Exército percebeu que enfrentaria um dos maiores desafios de saúde do século”. Bolsonaro enfiou a mão em um vespeiro. A não ser que flerte com a ideia de um “auto-golpe”.

#Edson Pujol #Exército #Jair Bolsonaro #Ministério da Defesa

Exército marcha na direção do Acre

9/03/2021
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O RR apurou que o governo cogita enviar tropas do Exército para o Acre nos próximos dias. No Ministério da Defesa, há uma crescente apreensão com o agravamento da situação no estado. A pandemia e a elevada concentração de refugiados têm formado uma combinação inflamável em uma região sensível do ponto de vista da segurança de fronteira.

Nos últimos dias, a tensão entre imigrantes e forças policiais se acentuou, com episódios de violência. No dia 16 de fevereiro, cerca de 500 haitianos romperam um cordão de isolamento e invadiram o território peruano, entrando em choque com policiais do país vizinho na cidade de Iñapari. Todos foram forçados a voltar para o Brasil. Consultado, o Ministério da Defesa não se pronunciou até o fechamento desta edição. Há também um significativo fluxo de africanos para a cidade de Assis Brasil.

Investigações apontam que uma quadrilha internacional especializada no “despacho” de imigrantes ilegais para os Estados Unidos estaria usando o Acre como escala para refugiados egressos de países como Senegal, Congo e Gana. De acordo com a mesma fonte, além do iminente envio de militares para a região, o Ministério da Justiça deverá estender a presença da Força Nacional de Segurança no Acre – inicialmente prevista para durar até 18 de abril. O pedido teria partido do próprio governo do Acre. Consultado pelo RR, o Ministério diz que “esse prazo poderá ser prorrogado, se necessário”.

#Acre #Exército #Força Nacional #Ministério da Defesa

Uma estatal meio aérea

11/01/2021
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Até agora, a NAV Brasil, estatal criada por Jair Bolsonaro para concentrar toda a atividade de navegação aérea do país, é um ponto cego no orçamento do Ministério da Defesa. Não se sabe quanto terá de verbas e tampouco o número de funcionários.

#Ministério da Defesa #NAV Brasil

Petroleiros venezuelanos entram no radar da Marinha

20/10/2020
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O Ministério da Defesa e, mais especificamente, a Marinha monitoram uma estranha movimentação de petroleiros provenientes da Venezuela no Oceano Atlântico, próximo ao litoral da Guiana Francesa e da Região Norte do Brasil. Segundo informações obtidas pelo RR, a área de Defesa identificou que algumas destas embarcações estariam navegando com o transponder – equipamento de comunicação e localização – desligado. Trata-se de uma prática que, a priori, sempre levanta suspeições, característica de navios em condições irregulares que querem “sumir” dos sistemas de vigilância. Diante das informações colhidas, o governo brasileiro poderá entrar com uma representação junto à OEA (Organização dos Estados Brasileiros) pedindo explicações formais à Venezuela. Em uma medida mais aguda, embarcações irregulares eventualmente avistadas em águas brasileiras poderiam vir a ser apreendidas pela Marinha. Consultado pelo RR, o Ministério da Defesa não se pronunciou.

A maior preocupação das autoridades é o com o risco de um novo acidente ambiental de grandes proporções que caia novamente na conta do governo brasileiro. As manchas que se espalharam pelo litoral do Nordeste no ano passado ainda respingam na reputação da gestão Bolsonaro. Investigações sigilosas conduzidas pela própria Marinha, com o auxílio da Petrobras, identificaram características do óleo venezuelano na enorme mancha negra que se espalhou por 138 pontos ao longo do litoral dos nove estados nordestinos. À época, duramente criticado pela comunidade internacional pela demora do governo brasileiro em conter o derramamento, o presidente Jair Bolsonaro levantou a suspeita de ação criminosa da Venezuela. Na ocasião, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, acusou “embarcações fantasmas, que navegam em águas brasileiras sem autorização legal”. Em setembro deste ano, o assuntou voltou à tona: durante seu pronunciamento na Assembleia Geral da ONU, Bolsonaro voltou a acusar os venezuelanos pelo vazamento de óleo.

Ressalte-se que os casos de acidente ambiental envolvendo a indústria petroleira da Venezuela têm se acumulado nos últimos meses. O petroleiro venezuelano Nabarima naufragou no Caribe, próximo a Trinidad e Tobago, com uma carga equivalente a 1,3 milhão de barris. Em setembro, uma tubulação da PDVSA rompeu-se, provocando derramamento de óleo também no mar caribenho.

#Marinha #Ministério da Defesa

Mercado de trabalho retraído

22/09/2020
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Um sinal menos convencional da retração econômica: desde janeiro, 114 oficiais pediram desligamento das Forças Armadas – número confirmado ao RR pelo Ministério da Defesa. A três meses do fim do ano, dificilmente a marca de 2019 será igualada – no ano passado, 210 oficiais deixaram o Exército, Aeronáutica e Marinha. Um indício de que os convites da iniciativa privada a militares para cargos bem remunerados reduziram.

#Forças Armadas #Ministério da Defesa

Submarino ao mar

2/06/2020
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Mesmo com a pandemia, o Ministério da Defesa conseguiu garantir o orçamento para que o Humaitá, uma das unidades do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha, seja lançado ao mar ainda neste ano.

#Ministério da Defesa

Reforço pelos ares

1/11/2019
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O lento trabalho de combate ao derramamento de óleo no litoral do Norte e do Nordeste vai receber reforços. O Ministério da Defesa utilizará aeronaves do recém-criado Primeiro Esquadrão de Helicópteros da Marinha, em Belém. A principal atribuição da nova divisão é exatamente a inspeção de rios e mares. Chegou em “boa” hora.

#Ministério da Defesa

Extradição de sargento da FAB divide governo

10/07/2019
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O que fazer com o sargento da Aeronáutica Manuel Silva Rodrigues? A questão está longe de um consenso dentro do governo. Segundo o RR apurou, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, é favorável a que o Brasil faça gestões mais agudas
junto às autoridades da Espanha para a transferência imediata do sargento, preso em Sevilha depois de transportar 39 quilos de cocaínaem um avião da FAB. Seu retorno ao país seria fundamental para o avanço das investigações conduzidas pela Aeronáutica, sobretudo para averiguar o eventual envolvimento de outros militares no caso.

Por ora, no entanto, segundo uma fonte do Palácio do Planalto, a comitiva de militares que irá à Espanha para interrogar Rodrigues não deverá levar um pedido de extradição da Justiça brasileira, hipótese que chegou a ser discutida pelo governo nos últimos dias. Neste caso, vai prevalecer a recomendação de Sergio Moro. O ministro da Justiça entende que, ao menos neste momento, qualquer esforço pela extradição do sargento será infrutífero. Dificilmente a Justiça da Espanha concordará em entregar o prisioneiro ao Brasil antes de levá-lo a julgamento.

O país é conhecido por aplicar um dos mais severos sistemas penais contra o tráfico de drogas em toda a Europa. Consultado pelo RR, o Ministério da Defesa informa que “não se manifestará sobre as investigações atualmente em curso na Espanha e no Brasil.” A Pasta ressalta ainda que a “condução do processo e eventuais desdobramentos cabem exclusivamente à Justiça espanhola e à Justiça brasileira.” Por sua vez, o Ministério da Justiça não se pronunciou até o fechamento desta edição.

#FAB #Ministério da Defesa #Ministério da Justiça

Vizinhança perigosa acelera investimentos no Sisfron

15/04/2019
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O governo vai concentrar esforços para acelerar a implantação do Sisfron – Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras –, um dos maiores projetos da área militar em curso no país. De acordo com a fonte do RR, a ideia seria liberar ao longo dos dois anos cerca de R$ 2 bilhões para o Ministério da Defesa – o orçamento total do projeto gira em torno de R$ 12 bilhões. O desafio é recuperar o tempo perdido com os seguidos cortes de verba e atrasos que se acumulam desde o governo de Dilma Rousseff. Em 2018, na gestão Temer, o valor repassado ao Ministério da Defesa foi inferior a R$ 150 milhões, uma redução de 40% em relação à já achatada verba do ano anterior.

Consultado, o Exército informa que o citado valor adicional “não consta na previsão orçamentária”. Na avaliação das Forças Armadas, há dois pontos nevrálgicos nas bordas territoriais do país que tornam o Sisfron ainda mais prioritário e urgente. No Norte, toda a convulsão causada pela crise venezuelana, com o intenso fluxo de refugiados e toda a tensão em Roraima. Mais abaixo, o problema é a fronteira com o Paraguai, passarela para a maior parte da droga que entra no país.

Estima-se que a entrada de entorpecentes pelo país vizinho tenha sextuplicado ao longo da última década, na esteira da tomada do país vizinho pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A facção já é responsável por mais de 80% do tráfico de cocaína entre os dois países. O Sisfron é uma rede integrada de monitoramento em tempo real das fronteiras, a partir de informações enviadas por radares, satélites, aeronaves e mesmo postos de vigilância em terra. Toda a operacionalização ficará concentrada na 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, chamada de Brigada Guaicurus, na cidade de Dourados (MS). As restrições orçamentárias mandaram o cronograma original para o espaço.

A previsão para a implementação completa do sistema saltou de 2021 para 2035. O Exército confirma o novo prazo, “quando estará concluída a 9ª fase de implantação do Programa”. Ainda assim, a Força esclarece que essa meta “dependerá do fluxo orçamentário.” Segundo a fonte do RR, o aporte adicional ainda não contemplado no orçamento permitiria ao Exército mais do que triplicar a área coberta até o final de 2021. Dos 17 mil quilômetros de fronteiras terrestres do Brasil, a faixa total atendida no projeto piloto não chega sequer a 800 km. Segundo o Exército, as “próximas fases do programa preveem ampliar a cobertura em aproximadamente 1.950 km.”

#Forças Armadas #Ministério da Defesa #Sisfron

Conta-gotas

22/02/2019
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O Ministério da Defesa deverá desembolsar aproximadamente US$ 15 milhões para o conserto das asas de três aeronaves P-3 Orion. Utilizados na vigilância das fronteiras marítimas, os aviões da FAB acusam avançados efeitos da maresia.

#Ministério da Defesa

Sucessão na Defesa é uma farpa nas relações entre Planalto e Forças Armadas

9/05/2017
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A saída de Raul Jungmann do Ministério da Defesa para disputar a reeleição à Câmara dos Deputados, já anunciada dentro do Planalto, está produzindo uma ranhura na superfície lisa do relacionamento entre o governo Temer e o Exército Brasileiro. As gestões têm como pano de fundo as aspirações embrionárias das Forças Armadas de que o futuro titular da Pasta seja um militar, quebrando uma tradição de 18 anos. Desde a sua criação, no governo FHC, foram dez ministros, incluindo Jungmann, todos civis.

O Ministério da Defesa sempre foi tratado como uma espécie de concessão dos militares, vigiada de perto. No entanto, a situação parece estar mudando diante das circunstâncias, que combinam crise política e as suspeições que cercam boa parte do Executivo e do Legislativo. Da parte das Forças Armadas, há ainda uma questão interna tão relevante quanto delicada: o “fator Villas Bôas”.

Por conta do seu estado de saúde, há uma considerável probabilidade de que o General Eduardo Villas Bôas tenha de se afastar do Comando do Exército antes mesmo de uma mudança no Ministério da Defesa. Hoje, o General Villas Bôas é visto como o principal fator de tranquilidade no aparelho das Forças Armadas diante do quadro de entropia política e institucional. Para todos os efeitos, Raul Jungmann terá até abril de 2018 para se desincompatibilizar do cargo – procurado pelo RR, o ministro não quis se pronunciar. No entanto, nada que envolva as Forças Armadas é feito de sopetão: as peças já começaram a circular pelo tabuleiro da sucessão.

Um candidato mais do que natural seria o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, hoje tido como o segundo nome mais importante e influente do Exército. No entanto, existem alguns pruridos para a sua indicação. Sua escolha criaria um embaralhamento hierárquico à medida que ele ficaria em um cargo superior ao do comandante do Exército – hoje, mesmo no GSI, que tem status de ministério, ele é um subordinado ao General Villas Bôas dentro dos critérios do Exército.

É bem verdade que se tratando dos oficiais em questão, uma eventual troca de posições formais não seria um problema, dada a excelente relação entre ambos. De toda forma, o mais provável é que o General Etchegoyen permaneça no GSI. Tanto ele quanto Temer compartilham da opinião de que sua presença no Palácio tem sido estratégica para dar fluidez às relações entre a Presidência e as Forças Armadas. Não obstante, Etchegoyen ser guardado como uma reserva técnica para ocupar o próprio cargo de comandante do Exército.

Outro nome egresso do estamento militar cogitado para substituir Raul Jungmann é o do Secretário-Geral do Ministério da Defesa, o General-de -Exército Joaquim Silva e Luna, ex-chefe do Estado-Maior do Exército. Quando Temer assumiu a presidência ainda provisoriamente, em maio de 2016, o General Silva e Luna esteve cotado para a Pasta. O fato é que, na hipótese de nomeação de um militar para a Defesa, com a permanência de Etchegoyen no GSI e a forte liderança do comandante Villas Bôas à frente do Exército, Temer teria ao seu redor uma espécie de Junta Militar.

Seriam três generais de quatro estrelas formando um cinturão em torno dos ministros civis do Planalto e do próprio Temer, todos citados na Lava Jato. Sabe-se lá se é apenas coincidência, se uma manobra para garantia institucional, se o objetivo é o de tutela disfarçada ou se a intenção é preventiva, uma alternativa a uma atitude de força maior, aquela mesmo que nem “nós” nem “eles” ousam sequer pronunciar o nome. Vade retro! A questão, ressalte-se, não está fechada a priori.

As gestões em curso preveem também a hipótese de continuidade da linhagem civil no Ministério da Defesa. O nome de Nelson Jobim, que já ocupou o cargo, é constantemente lembrado no Palácio do Planalto. Porém, pesa contra ele uma bruta contraindicação: sua atual estadia como sócio do BTG Pactual, onde está ao lado de um banqueiro citado na Lava Jato.

#Eduardo Villas Bôas #Ministério da Defesa #Raul Jungmann

Raul Jungmann marcha para uma nova missão

29/09/2016
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 O ministro da Defesa, Raul Jungmann, iniciará no mês de outubro uma série de viagens ao exterior. Entre outros países, há visitas programadas à França e à Rússia. A missão é negociar parcerias tecnológicas para a execução de projetos das Forças Armadas, muitos deles emperrados por restrições orçamentárias.

#Forças Armadas #Ministério da Defesa #Raul Jungmann

Estreitando novas relações

23/06/2016
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 A russa Rosoboronexport , que tinha ótimo trânsito no governo de Dilma Rousseff, está tentando reconstruir suas pontes em Brasília. Representantes da empresa vêm mantendo tratativas com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, na tentativa de emplacar a venda de blindados para o Exército. Sobre a mesa, um pacote de financiamento de bancos russos. Para a Rosoboronexport, o que está em jogo é a sua própria operação na América Latina. A companhia acaba de levar um petardo na Venezuela, ao perder boa parte dos contratos de US$ 3 bilhões com as Forças Armadas locais

#Forças Armadas #Ministério da Defesa #Raul Jungmann #Rosoboronexport

Foguete

29/03/2016
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 Se o projeto chegará a ser disparado, são outros quinhentos, mas o governo planeja privatizar a Base de Alcântara, no Maranhão. O futuro parceiro teria 51% do capital. Para arrefecer eventuais resistências das Forças Armadas, o Ministério da Defesa permaneceria com a gestão da plataforma e teria preferência no lançamento de satélites. Procurado pelo RR, o Ministério da Defesa não comentou o assunto.

#Forças Armadas #Ministério da Defesa

O pouso forçado da Rosoboronexport

24/03/2016
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  A asfixia do governo Dilma Rousseff praticamente decretou o “impeachment” da russa Rosoboronexport no Brasil. Um a um, os principais projetos da fabricante de equipamentos bélicos para o país estão caindo por terra, levando junto investimentos potenciais da ordem de US$ 2 bilhões. Tudo na Rosoboronexport é anticlímax. A abertura de um escritório de representação em São Paulo foi suspensa. A empresa reduziu a equipe que trabalha baseada na Embaixada da Rússia em Brasília – pelo menos dois executivos já voltaram para Moscou.  A companhia suspendeu as tratativas com o governo do Rio Grande do Sul para a construção de uma fábrica de blindados no estado. Interrompeu também as negociações com o Exército para a venda de sistemas de defesa aérea Pantsir-1. Simultaneamente, engavetou os planos de parceria com Empresas Estratégicas de Defesa (EED) brasileiras. Neste caso, o revés vai também para a conta da Avibrás. A Rosoboronexport chegou a abrir tratativas com a empresa paulista para acordos de transferência de tecnologia ou mesmo a criação de uma joint venture, mas as conversas ficaram pelo caminho.  O revés está diretamente ligado à crise econômica e política no Brasil: de um lado, os severos cortes no orçamento das Forças Armadas; do outro, a paralisia nas negociações dos tratados bilaterais entre o Brasil e a Rússia – nenhum dos acordos para a área de defesa discutidos entre Dilma e Vladimir Putin em julho do ano passado saiu do papel. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Rosoboronexport e Ministério da Defesa.

#Forças Armadas #Ministério da Defesa #Rosoboronexport

Ajuste fiscal torpedeia submarino nuclear da Marinha

20/11/2015
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  O comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Ferreira, tem se reunido regularmente com o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, com o objetivo de discutir medidas capazes de destravar a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro. Jaques Wagner, que até o mês passado comandava a Pasta da Defesa, acompanha de perto todas as gestões em torno do assunto. As Forças Armadas têm se mostrado flexíveis na busca de soluções para o financiamento do enriquecimento de yellow cake com gás – única das etapas de todo o processo de beneficiamento do urânio que o Brasil não domina. A ponto, inclusive, de renegar antigas convicções. Não há da parte da Marinha objeções à mudança na legislação de forma a permitir a participação minoritária de investidores privados em toda a cadeia de beneficiamento do urânio. A questão é que faltam dotações orçamentárias, a situação piorou bastante e o ministro Joaquim Levy não faz deferência entre setores estratégicos ou não.  Além do já anunciado corte de 41% no orçamento do Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos) para este ano, que tem gerado uma série de atrasos nas obras, há outro problema. Não existe qualquer definição de onde sairão os investimentos necessários para o enriquecimento do yellow cake com gás no país, uma etapa fundamental do projeto. Os recursos escassearam desde que o governo decidiu suspender a construção das quatro novas usinas nucleares que seriam incluídas no Plano Decenal de Expansão de Energia 2024. Os investimentos previstos para o enriquecimento de yellow cake – com tecnologia da Marinha desenvolvida no Centro Experimental Aramar, na região de Sorocaba (SP) – estavam atrelados à implantação das novas geradoras atômicas. Hoje, esta etapa é feita na França e no Canadá, o que encarece consideravelmente os custos do combustível nuclear. Para a Marinha, a vinculação de um projeto ao outro é um erro estratégico que não se justifica. Do ponto de vista das Forças Armadas, o yellow cake não é apenas um combustível para a gera- ção de energia, mas uma questão de segurança nacional. Portanto, o ritmo do Prosub não deveria ficar amarrado à política do governo para o setor elétrico. Isso para não falar, logicamente, do descontentamento já causado pelo ajuste fiscal: não consta que o altocomando da Marinha tenha estudado economia na Universidade de Chicago.

#Forças Armadas #Jaques Wagner #Ministério da Defesa

Tiros de festim

24/09/2015
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Executivos da Rosoboronexport estiveram reunidos com o ministro da Defesa, Jaques Wagner. Apresentaram garantias firmes de financiamento de bancos russos para a venda de equipamentos às Forças Armadas brasileiras. Com orçamento militar à míngua, Wagner ouviu, ouviu e apenas ouviu.

#Forças Armadas #Jaques Wagner #Ministério da Defesa #Rosoboronexport

O estaleiro sul-coreano DSME

27/04/2015
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 O estaleiro sul-coreano DSME candidatou-se ao fornecimento de 11 navios de superfície para a Marinha do Brasil, dentro do Programa de Obtenção de Meios de Superfície (Prosuper), um contrato que pode chegar a US$ 4,3 bilhões. O grupo pretende entrar no negócio de mãos dadas com a holandesa Damen. Os sul-coreanos acenam ainda com a garantia de financiamento de um pool de bancos asiáticos. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas até agora não há qualquer previsão para a licitação. O próprio ministro da Defesa, Jaques Wagner, já anunciou que dificilmente o projeto vai zarpar ainda neste ano por conta do ajuste fiscal.

#DSME #Forças Armadas #Jaques Wagner #Ministério da Defesa

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