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Destaque

Cemig e ISA se enroscam nas linhas de transmissão da Taesa

27/05/2024
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Há alguns nós na fiação societária da Taesa, uma das maiores empresas de transmissão de energia do Brasil. No setor, correm feito eletricidade relatos de divergências entre a Cemig e a colombiana ISA – as duas principais acionistas, respectivamente com 36% e 26% do capital votante. O trade off entre mais dividendos ou mais investimentos é apontado como o principal motivo de fricção. Ou seja: guardadas as devidas proporções, uma espécie de “dilema Petrobras”, em referência ao imbróglio decisivo para a queda de Jean Paulo Prates.
Há informações de que a ISA defende um freio na distribuição de lucros ainda maior do que o anunciado na semana passada, com o objetivo de fazer caixa para financiar um projeto de expansão mais arrojado. A proposta, no entanto, não encontra ressonância na Cemig, que parece ter outras prioridades. Nesse caso, a empresa estaria enxergando a questão não exatamente pelos próprios olhos, mas, sim, pelos do seu acionista controlador. Mais dividendos da Taesa significam mais dividendos da própria Cemig, que, por sua vez, significam uma transferência maior de recursos para o Tesouro de Minas Gerais.
Procuradas, Cemig e ISA não se manifestaram.
Na semana passada, o Conselho de Administração da Taesa aprovou a troca da base de cálculo dos dividendos – o lucro líquido regulatório substituiu o IRFS (padrão internacional de contabilidade). Com isso, a estimativa é o que o dividend yeld caia de 11% para 8% neste ano. Ainda assim, no entendimento de analistas – e provavelmente da própria ISA – o ganho de caixa gerado com a mudança não será suficiente para suportar uma ampliação dos investimentos no nível necessário.

De um lado, a Taesa tem sobre si o peso de uma alavancagem razoavelmente alta – a relação dívida líquida/Ebitda é de quase quatro vezes, índice que tende a crescer neste ano por conta dos projetos em desenvolvimento; de outro, a empresa vive uma espécie de “vai ou racha” em relação ao seu planejamento de mais longo prazo. Muito em razão das limitações de caixa, a Taesa não participou dos últimos dois leilões de transmissão da Aneel, o que cria um vácuo no “rejuvenescimento” da sua carteira de ativos. O tempo médio restante das suas concessões é o menor entre as grandes empresas de transmissão do país – 14 anos. Das 43 licenças de transmissão, 13 vencem em oito anos, sendo quatro delas em apenas seis anos. Ou seja: se não houver uma ampliação do portfólio, a Taesa corre o risco de ter uma “barriga” em sua receita já a partir de 2030. Mas, até lá, é possível que isso não seja mais um problema da Cemig.
A atual posição da distribuidora mineira na Taesa é uma incógnita.
A Cemig tem um pé dentro e outro fora da empresa. A estatal já anunciou a intenção de se desfazer da participação dentro do seu plano de desinvestimento. A informação é que teria, inclusive, sondado possíveis candidatos, o que talvez não passe de um jogo de pôquer para dourar a pílula. A ISA é vista no setor como a mais forte candidata à compra da participação. Há até quem diga que o assunto é objeto de conversas entre a estatal mineira e o grupo colombiano já faz pelo menos um ano. Assim como os dividendos, seria mais uma pauta de dissenso entre ambos.

#Cemig #ISA #Taesa

Negócios

Venda da participação da Cemig na Taesa está por um fio

11/05/2023
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O RR apurou que a Cemig está em negociações avançadas para a venda da sua participação na Taesa para a colombiana ISA, também acionista da empresa de transmissão. Tomando-se como base apenas o valor de mercado, a fatia da estatal mineira – 21,6% do capital total – está avaliada em aproximadamente R$ 2,5 bilhões. De acordo com a mesma fonte, a Cemig foi sondada por outros grupos da área de transmissão, como a chinesa State Grid, e por fundos de private equity. Mas a ISA pretende exercer sua opção sobre a participação da sócia. Com a operação, assumirá o controle da Taesa, saltando de 26% para 52% das ações ordinárias.  

A Cemig tem acelerado o processo de alienação de ativos considerados não estratégicos. No mês passado, vendeu para Furnas/Eletrobras as hidrelétricas Retiro Baixo e Baguari Energia, por R$ 600 milhões. Em agosto, vai leiloar um pacotão com 15 PCHs. Os recursos serão destinados a investimentos em negócios nos quais a Cemig tenha controle acionário, sobretudo em geração renovável. 

#Cemig #Eletrobras #Furnas #ISA #Taesa

Energia

ISA pretende entrar pesado no leilão da Aneel

17/02/2023
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Segundo fonte ligada à empresa, a colombiana ISA é nome certo no primeiro leilão de transmissão do governo Lula, marcado para 30 de junho. A incógnita é se o grupo entrará sozinho na disputa ou por meio da Taesa, da qual é acionista. O que, aliás, suscita uma segunda dúvida: será que a Cemig ainda estará na companhia até lá? Conforme o RR já informou, a estatal mineira busca um comprador para a sua participação na Taesa. Pode ser a própria ISA, que, assim, assumiria, sozinha, o controle da empresa de transmissão.  

#ISA #Leilão #Lula #Taesa


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Transmissão societária

22/01/2020
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A Cemig abriu tratativas com a colombiana ISA para vender sua participação na Taesa. Os valores sobre a mesa giram em torno de R$ 2 bilhões. Ao fechar negócio, a ISA se tornaria o maior acionista da empresa de transmissão, saltando de 14% para 35% do capital total.

#Cemig #ISA #Taesa


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Alta tensão

9/07/2019
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A State Grid deverá avançar mais algumas jardas no setor elétrico brasileiro. Os chineses estariam em negociações para a compra da participação de 51% da colombiana ISA CTEEP na linha de transmissão do Rio Madeira.

#CTEEP #ISA #State Grid


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Cemig e ISA em campos opostos

15/08/2018
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A colombiana ISA e a Cemig são duas correntes elétricas em sentido contrário no controle da Taesa. O distanciamento diz respeito ao fôlego financeiro de cada uma e aos planos para a empresa de transmissão. A ISA prega uma política de expansão mais agressiva. Na alça de mira, a compra de cinco linhas de transmissão da Eletrobras e a entrada no próximo leilão da Aneel. Já a Cemig está em outra sintonia, premida pelas circunstâncias. Só pensa em vender ativos – vide a recente negociação da Cemig Telecom – e reduzir sua dívida de quase R$ 13 bilhões. Sinal de divórcio à vista? A Cemig afirma que “o seu relacionamento com a ISA, na condição de acionistas da Taesa, é completamente alinhado”. Está feito o registro. A ISA, por sua vez, não quis se pronunciar. Mas, segundo informações filtradas da própria Taesa, os planos dos colombianos para o Brasil passariam ao largo da estatal mineira. Em um mundo ideal, a ISA, controladora da CTEEP, promoveria a fusão da companhia com a Taesa, dando origem à maior holding privada de transmissão do país.

#Cemig #ISA


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ISA faz contrapeso à State Grid na transmissão de energia

1/06/2017
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Há poucos anos se o CEO da colombiana ISA, Bernardo Vargas Gibsone, quisesse fazer negócios com a Cemig teria de passar por um ritual de iniciação. Uma das etapas, invariavelmente, seria uma conversa com Aécio Neves, uma espécie de chanceler da estatal. Sem o “Mineirinho” – Apud planilha da Odebrecht – Gibsone poderá ir direto a quem de direito e tratar sem rodeios do seu objeto de interesse: a compra da parte da Cemig na Taesa.

A fatia da distribuidora mineira está avaliada em aproximadamente R$ 1,8 bilhão. Com a aquisição, a ISA assumiria o controle da companhia de transmissão, pulando de 26% para 68% do capital votante – no início do ano, o grupo comprou as participações dos fundos Coliseu e Taurus. Seria uma antessala para o grande projeto dos colombianos no Brasil: costurar a fusão da Taesa com a CTEEP – já controlada pela ISA.

A ofensiva da ISA conta com a simpatia do governo – ainda que, a esta altura, já não se saiba se isso joga a favor ou contra os colombianos. A área de Minas e Energia e, mais especificamente, a própria Eletrobras consideram fundamental o surgimento de uma terceira força no segmento de transmissão, capaz de contrabalançar com o célere avanço da State Grid. O objetivo é evitar que os chineses tenham um peso excessivo na precificação do custo de transporte de energia no país.

Esta preocupação foi compartilhada com o próprio Gibsone, que, em fevereiro deste ano, cumpriu uma agenda de encontros com autoridades brasileiras. Na prática, a consolidação entre a CTEEP e a Taesa já começou – não obstante o fato de a ISA ainda manter uma participação minoritária nesta última. No leilão de transmissão realizado pela Aneel em abril, as duas empresas arremataram em conjunto o lote 1 de concessões.

É apenas a parte mais visível do amálgama. Segundo o RR apurou, desde o início do ano CTEEP e Taesa mantêm grupos de trabalho integrados em diversas áreas – financeiro, análise técnica de projetos e compras, entre outras. Já existem também negociações conjuntas para a contratação de empresas de engenharia e compra de equipamentos.

#Cemig #ISA #Taesa


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ISA entra com apetite redobrado nos leilões de transmissão

24/03/2017
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A colombiana ISA está montando uma operação de guerra para o leilão de transmissão da Aneel de 24 de abril. A companhia quer arrematar o maior número possível dos sete lotes de concessões em São Paulo, um pacote que totaliza investimentos de R$ 4 bilhões. Para isso, numa postura agressiva, está disposta a receber o menor valor da Receita Anual Permitida (RAP) para as licenças, fixado em R$ 2,7 bilhões. A ISA vislumbra na operação uma oportunidade sob medida para dar ainda mais escala à controlada Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP).

#Aneel #CTEEP #ISA


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Desistências em série no leilão de transmissão

25/02/2016
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 O próximo leilão de linhas de transmissão já tem data marcada, 13 de abril. Agora só falta o principal: investidor. Alguns dos maiores grupos do setor, que tradicionalmente batem ponto nas licitações da Aneel, não deverão participar desta rodada. Segundo o RR apurou junto à alta fonte do Ministério de Minas e Energia, a colombiana ISA, dona da CTEEP, a Copel e a Cemig já sinalizaram que não entrarão no leilão, mesmo com as mudanças nas regras exigidas pelo TCU. A esta lista some-se também a Abengoa, que enfrenta graves problemas financeiros – o mais provável, inclusive, é que os espanhóis se desfaçam de alguns de seus negócios no país.  A tentativa do governo de estimular a entrada de novos investidores no setor de transmissão também tem sido um tiro n´água, vide o road show comandado pelo presidente da EPE, Maurício Tolmasquim em dezembro. De acordo com a mesma fonte, a EDF, ex-controladora da Light, e a inglesa National Grid foram procuradas e disseram não ter interesse em investir no setor. O governo tem menos de dois meses para preencher essas lacunas.

#Abengoa #Aneel #Cemig #Copel #CTEEP #EDF #ISA #Light #National Grid


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Empresas de transmissão encostam governo contra a parede

7/01/2016
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  O governo está no meio de uma queda de braço que afeta seus planos de fomentar uma temporada de sucesso nos leilões de concessões na área de infraestrutura. As companhias de transmissão pressionam o Ministério de Minas e Energia e a Aneel a mudar as regras do regime de indenizações instituído em 2015, uma contrapartida oferecida aos grupos que aceitaram renovar suas licenças antecipadamente. A Associação Brasileira das Empresas de Transmissão (Abrate) tem agido junto ao governo para que os pagamentos das indenizações sejam feitos no curto prazo. O presidente da Abrate, Mario Miranda, declarou ao RR que isso é fundamental para que as operadoras não sejam lesadas e possam fazer os investimentos obrigatórios e participar dos novos leilões.  O principal foco de atrito são os critérios empregados pela Aneel para contabilizar os ativos de cada companhia – base para o cálculo das compensações financeiras. A dispersão entre o que o Estado admite pagar e o que as empresas querem receber é razoavelmente grande. É o caso da CTEEP, controlada pela colombiana ISA. Em cima dos ativos não amortizados ou depreciados anteriores a maio de 2000, linha de corte estipulada pela Aneel, o governo comprometeu-se a pagar R$ 3,6 bilhões. Os colombianos, no entanto, alegam que a cifra correta passa dos R$ 5 bilhões. Outro exemplo de discordância: com base em laudo de avaliação dos seus ativos elaborado pela Deloitte Touche Tohmatsu, Furnas reivindica um ressarcimento de R$ 10,7 bilhões. O governo deve, não nega, mas diz que só paga R$ 9 bilhões. Outro ponto de fricção é o prazo de pagamento das indenizações. As empresas cobram que o desembolso seja feito integralmente neste ano, como rezava o acordo inicial. O Ministério de Minas e Energia, no entanto, já acenou com a possibilidade de diferir o pagamento em um período de dois a quatro anos.  As negociações entre as empresas de transmissão e o governo prometem ser tensas. Entre os investidores, há quem fale até mesmo em uma batalha jurídica. Talvez não seja para tanto. O que as gestões contêm é uma ameaça tácita das companhias de uma participação miúda no próximo leilão de transmissão da Aneel, o que não chega a ser uma novidade. As últimas quatro licitações foram um fracasso de bilheteria. Uma boa aposta é que o governo acabará cedendo para salvar as futuras concessões. Foi assim, por exemplo, no caso das licitações aeroportuárias: atendendo a um pleito dos investidores dispostos a entrar no setor, a participação obrigatória da Infraero foi eliminada.

#Aneel #CTEEP #Deloitte Touche Tohmatsu #Furnas #Infraero #ISA

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