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A francesa Total prepara um pacote de investimentos em energia renovável no Brasil. Um dos projetos mais ambiciosos em estudo seria a entrada no segmento de geração eólica em alto-mar. O grupo teria planos de construir um cinturão de energia em torno de suas plataformas offshore. Os franceses detêm participação em 18 blocos de petróleo e gás em sete bacias da costa brasileira, em 10 dessas áreas como operadores.
Procurada, a Total não quis se pronunciar. O Brasil é peça importante no tabuleiro do padrão ESG da Total. O grupo se compromete a zerar suas emissões de carbono até 2050. A meta dos franceses é chegar a essa data com 40% do seu faturamento provenientes da geração de energia elétrica, notadamente de fontes renováveis. Hoje, a empresa já tem uma capacidade instalada de 12 GW, sendo 7 GW oriundos de usinas eólicas e solares.
A Total deverá buscar parceiros para os seus investimentos no Brasil. Quem sabe não poderia ser a senha para os franceses reabrirem conversações com a Petrobras? Em 2019, as duas companhias romperam uma joint venture para investimentos conjuntos em geração eólica e solar. De lá para cá, cada um tomou um rumo diferente. A Total avançou em energia verde no Brasil: hoje, soma cerca de 300 MW, contabilizando-se projetos já em operação e em construção. A estatal, por sua vez, vive um curioso stop and go and stop no segmento de renováveis. Nos últimos meses, a fase é de “stop”. A Petrobras vendeu participações em usinas eólicas e praticamente restringiu seus investimentos em novas fontes de geração à área de pesquisa e desenvolvimento – ver RR edição de 19 de maio.
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