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A intenção do ministro Paulo Guedes de transformar parcela dos precatórios em moeda de privatização remonta aos primórdios das vendas das grandes estatais (Caraíba Metais, Vale). À época, foi autorizado o uso de “moedas podres” para aquisição das empresas, notoriamente a Embraer, que ainda não tinha virado o foguete da aviação internacional. Os privatistas de raiz, inclusive, diziam que a empresa ia acabar só produzindo bicicletas devido à defasagem tecnológica.
Era preciso passar o elefante branco voador sob pena dele ficar desmilinguido nas mãos dos Estado. Muita gente mordeu a língua, como se viu depois. A maior parte das “moedas podres” eram títulos da Sunaman. Foi, então, que o superbanqueiro de investimentos Julio Bozano raspou as moedas desconsideradas pelo mercado para trocá-las pelo orgulho da indústria aérea nacional. Sabe Deus o tamanho do deságio que Bozano conseguiu nos títulos da Sunaman.
Ao que se sabe, agora quem está carregado de “moedas podres” é o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, ex-sócio do ministro Paulo Guedes e que o teve como “mentor”. Com a sinalização para que os precatórios sirvam de moeda de privatização, não se sabe se serão abertas, no mesmo percurso, novas janelas para abatimento da dívida ativa ou mesmo títulos como os do Banco Econômico, quebrado e que ficou com sua carteira pendurada entre o BC e uma carcaça do próprio banco baiano. Esteves comprou um caminhão desses ativos podres do Econômico a deságios de fazer corar as maiores piranhas do mercado.
E, criou uma empresa só para adquirir os “títulos-Zumbi”, a Enforce. O RR não está sugerindo que Paulo Guedes tenha interesses ou qualquer conexão entre precatórios, moeda podre e privatizações. Mas, somente apresentando fatos. Aliás, como é fato que o último sócio de Guedes, antes de ingressar em sua aventura junto com Bolsonaro, foi exatamente o eterno banqueiro d’affaire, Julio Bozano. O que pode não dizer nada. Ou muito, dependendo qual for a solução com os precatórios.
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