Ser Educacional compra o risco na área de medicina - Relatório Reservado

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Ser Educacional compra o risco na área de medicina

  • 20/08/2024
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Das duas uma: ou a Ser Educacional será obrigada a enfrentar uma leva de ações na Justiça ou o presidente da empresa, Jânyo Diniz, sabe de algo que ainda não chegou ao conhecimento dos reles mortais. Esta é percepção de investidores e analistas de mercado que têm conversado com o CEO e irmão do fundador do grupo, Janguiê Diniz.

Vide a teleconferência com analistas de mercado da última terça-feira. Quando perguntado sobre a hipótese de ter de pagar indenização a 180 alunos do curso de medicina no caso de uma eventual anulação das vagas, Jânyo foi curto e grosso: “Não cabe reparação legal porque estamos operando dentro da lei”. Há controvérsias.

No início deste ano, a Ser Educacional abriu 360 vagas em medicina, amparada por uma liminar da Justiça. Desse total, a metade já recebeu autorização do Ministério da Educação. O problema são as outras 180. Até agora, não há qualquer sinal de que o MEC dará seu imprimatur. Pelo contrário. Movimentos recentes da Pasta apontam na direção oposta.

O Ministério tem sido rigoroso na aprovação de cursos e vagas em medicina. E a própria Ser sabe bem disso. No começo de agosto, o MEC indeferiu o pedido da empresa para a abertura de uma nova faculdade de medicina em Aracaju. O mesmo aconteceu com solicitações da Cruzeiro do Sul Educacional e da capixaba Faesa. Se a Pasta de Camilo Santana mantiver o jogo duro e a liminar cair, vai ser difícil a Ser Educacional escapar de uma onda de processos movidos pelos estudantes.

Bem, os irmãos Diniz, craques da área de educação, sabem bem o que fazem. De toda a forma, Jânyo tem repetido que, em caso de cassação das vagas, a empresa irá a todas as instâncias judiciais para manter as matrículas já realizadas.

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