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Agro
Há pressões de grandes pecuaristas para que o governo reveja os prazos de implantação do Plano Nacional para Identificação de Bovinos e Búfalos. A data limite fixada é 2032, no entanto os produtores entendem que a meta é inexequível por conta do volume do rebanho brasileiro, mais de 235 milhões de cabeças, e a extensão territorial do país. Na conta do Ministério da Agricultura há ainda um terceiro fator que dificulta o processo: a resistência, para não dizer má vontade, de muitos pecuaristas. Basta dizer que o Sisbov (Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos), implantado em 2002, é considerado um grande fracasso. O governo está entre a cruz e a espada. Se, de um lado, há bolsões hostis à medida entre grandes proprietários de rebanho, do outro os maiores frigoríficos do país cobram maior rigor e fiscalização na implementação do Plano Nacional para Identificação de Bovinos e Búfalos. É na carne dessas empresas que doem os boicotes internacionais, notadamente da União Europeia, à compra de produtos derivados de gado em áreas de desmatamento.
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