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O Hilton Worldwide está aguardando o suspiro da Olimpíada para tomar a decisão de encolhimento das suas operações no Brasil. Quem garante é uma fonte histórica do RR que conhece cada centímetro quadrado do grupo no país. Os norte-americanos ancoravam todas as suas expectativas de recuperação dos resultados no mercado brasileiro nos Jogos Olímpicos. Mas, a julgar pelos números à mão até o momento, a medalha do aumento da rentabilidade não virá. No centro do problema, o hotel da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, bairro que receberá boa parte das competições da Rio 2016. A menos de seis meses dos Jogos Olímpicos, o índice de reservas fechadas para agosto seria de apenas 50% – o Hilton esperava chegar a fevereiro com uma taxa de ocupação projetada acima dos 70%. A decepcionante performance da unidade da Barra da Tijuca é mais um problema de um empreendimento que já nasceu torto e começou a dar prejuízo antes mesmo de abrir as portas. O valor de construção ficou 20% acima do orçamento original, de R$ 150 milhões. Em apenas dez meses após a inauguração, os custos operacionais cresceram 25%. O cenário é tão preocupante que a Carvalho Hosken , dona do imóvel onde está instalado o hotel, já cogita até mesmo a hipótese de romper o contrato com a rede norte-americana. Segundo o RR apurou, a receita da construtora com o aluguel do edifício varia em função dos resultados do hotel. Com mais de 4,3 mil hotéis em 100 países e um faturamento de US$ 10 bilhões/ano, o Hilton não consegue replicar nem uma fração desse poderio no mercado brasileiro. Sua operação no país vem encolhendo seguidamente. Nos últimos cinco anos, os norte-americanos desativaram hotéis em Belém, São Paulo e Minas Gerais. Sobraram apenas a operação da Barra da Tijuca e o Hilton São Paulo Morumbi. As promessas de duplicar o número de quartos no Brasil até 2017 ficaram no passado. À exceção da Barra da Tijuca, os novos projetos não saíram do papel, a maioria pela inapetência do próprio Hilton, quando não por golpes inusitados do destino. Em 2013, por exemplo, o grupo assinou um contrato com a HDauff, incorporadora de J. Hawilla, dono da Traffic e hoje “exilado” em Miami, para a construção de um hotel em São José do Rio Preto (SP). No entanto, o Hilton rompeu o acordo depois que Hawilla foi incriminado pela Justiça americana no escândalo do “Fifagate”. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Hilton e Carvalho Hosken.
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