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É grande o apetite da Minerva Foods pelo chamado mercado halal. A empresa estuda montar um centro de produção no Oriente Médio para atender aos países de população muçulmana, que tem padrões próprios par ao consumo de proteína animal. O projeto seria conduzido com parceiros locais. Ressalte-se que há cerca de três meses o CEO da Minerva, Fernando Galetti de Queiroz, esteve em Dubai, onde teria mantido contatos com potenciais investidores. Sob certo aspecto, a empresa vai seguir os passos da BRF, agora Marfrig, que tem uma fábrica na Arábia Saudita, com capacidade para produzir cerca de 50 mil toneladas de alimentos processados por ano.
Além da sua importância per si, a investida no mercado halal teria uma função geoeconômica para a Minerva: ajudaria a compensar, ao menos em parte, eventuais tremores no comércio com a China. No quarto trimestre do ano passado, por exemplo, a empresa teve um prejuízo de R$ 25 milhões (contra um lucro de R$ 150 milhões em igual período em 2021), pressionada pela queda da demanda chinesa. Os resultados do primeiro trimestre deste ano devem ser ainda mais fracos, devido ao recente embargo de Pequim à carne bovina brasileira, após a confirmação de um caso de “vaca louca” no Pará, em fevereiro.
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