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João Doria está se armando até os dentes para uma guerra digital, com munição de alto calibre tanto no campo do marketing eleitoral quanto na esfera jurídica. Além do reforço do seu staff de comunicação, Doria fechou a contratação de um pelotão de especialistas em direito digital, capitaneado pelo advogado Renato Opice Blum – considerado o papa do tema no Brasil. Com a primazia do tucano no rádio e TV – mais do que o dobro do tempo de seu principal concorrente ao governo de São Paulo, Paulo Skaf –, os estrategistas de Doria consideram que a ameaça virá das redes sociais.
Seus assessores preveem uma enxurrada de ataques ao candidato, com uma profusão de fake news – e outras nem tanto. A campanha à Prefeitura de São Paulo é um case vivo na memória de todos. Na ocasião, até pela posição de liderança nas pesquisas, o tucano foi bombardeado na internet. Seus assessores dão como certo o recrudescimento da acusação de que Doria se apropriou indevidamente de um terreno contíguo a sua casa em Campos do Jordão – a Justiça determinou a devolução da área à Prefeitura, que, então, a vendeu ao próprio Doria.
Uma das missões da tropa de advogados de João Doria será evitar a viralização de informações referentes à vida pessoal e ao patrimônio do candidato, alvo contumaz de seus adversários. Na disputa pela Prefeitura de São Paulo, por exemplo, as redes sociais foram invadidas por fotografias da mansão de Doria no Jardim Europa. Meses depois, já eleito, conseguiu na Justiça retirar as imagens de circulação e excluir as menções ao seu endereço no serviço Google Maps, alegando questões de segurança. A principal ameaça vem do Twitter, atualmente a única das empresas de mídia social que ainda resiste a demandas judiciais para a retirada de conteúdo considerado ofensivo ou informações publicadas por autores anônimos.
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