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Intramuros, Lula tem dado sinais de insatisfação com o Minha Casa, Minha Vida. O que se diz nos gabinetes do Palácio do Planalto é que, no entendimento do presidente, o programa está incompleto e pode se tornar motivo para que ele seja chamado de mentiroso.
Em 2023, Lula anunciou com aquele seu estilo de quem cumpre milagres que, além dos quatro incentivos fiscais para estímulo aos investimentos no Minha Casa, Minha Vida, as unidades seriam entregues com custo de energia zerado.
O benefício seria possível com a adoção de painéis solares em cada residência. A iniciativa foi dita, não foi desdita, porém acabou não sendo cumprida. O presidente agora quer não mais anunciar, ou, no caso, “reanunciar”, a medida, mas apresentar um lote de bom tamanho de casas que cumpram o requisito.
Ainda que o sol não brilhe para todos, ao menos que o governo entregue um número razoável de imóveis com a conta de luz já “paga”, para não passar por embusteiro.
A Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar) afirma que é possível tornar pelo menos dois milhões de casas independentes de conta de luz com a adoção dos painéis solares. E isso pode ser feito “para ontem”.
Para Lula, preocupado com a sua popularidade, uma pequena fração dessas residências sem a cobrança de energia ao beneficiário já cairia dos céus. O Minha Casa, Minha Vida é uma das ações políticas mais estimuladas pelo ministro chefe do Gabinete Civil, Rui Costa, que detém a chave do PAC. As casas estimulam a construção civil, geram empregos e têm impacto direto sobre a qualidade de vida das pessoas.
Tudo isso combinado tem o poder de tonificar a aprovação do governo. Cortar as faixas de inauguração das obras é sempre um fruto a ser lançado no balaio de iniciativas para a reeleição em 2026
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